Um médico especializado em medicina interna ou internista é o profissional de saúde que se dedica ao tratamento de pacientes adultos, atuando principalmente em ambiente hospitalar. Além dos tratamentos, a especialidade abrange o estudo das doenças não cirúrgicas, não ginecológicas e não obstétricas de adultos, sendo considerada a especialidade a partir da qual se diferenciam as restantes áreas clínicas como Endocrinologia, Cardiologia, Reumatologia, entre outras.
Em Portugal, o internista deve cumprir um ano de formação geral depois de completado o curso de Medicina obrigatório e comum a todos os médicos, após o que se seguirá a Especialidade em Medicina Interna com a duração mínima de cinco anos.
Médico Internista não deve ser confundido com Médico Interno, pois este último é um médico que ainda está em formação, quer se trate de formação geral ou formação de determinada especialidade.
A designação Medicina Interna, deriva do étimo alemão innere, que originariamente se refere ao conhecimento científico intrínseco e profundo das doenças.
Para a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a especialidade tem uma vocação essencialmente cognitiva, que se distingue da Medicina Geral e Familiar por se dedicar exclusivamente ao doente adulto, estar vocacionada para a complexidade das doenças e por ser predominantemente hospitalar, sendo também referido, que a par da Cirurgia Geral, é uma das grandes especialidades hospitalares.
O médico internista, sendo um perito na abordagem clínica exaustiva de cada doente, dedica toda a sua atenção à pessoa como um todo, focando-se essencialmente não tanto na doença mas antes no paciente, ao contrário assim da maioria das especialidades médicas que se definem por se dedicarem a um determinado órgão ou sistema do corpo humano, como por exemplo as especialidades de cardiologia, ou a determinada doença como por exemplo, oncologia.
Trata-se portanto de um médico particularmente preparado para lidar com doentes portadores de múltiplas e complexas doenças, que afetam vários órgãos ou sistemas anatómicos, bem como os portadores de doenças raras ou com quadros clínicos de difícil avaliação, ainda sem diagnóstico.
É da Medicina Interna que deriva a maioria das outras especialidades médicas. Assim, quando não consegue ou não sabe atribuir as suas queixas de saúde e mal-estar a nenhum órgão ou sistema específico, se tem queixas múltiplas e variadas, sofre de várias doenças e é polimedicado ou se já procurou várias consultas sem sucesso no diagnóstico, deverá procurar um médico especializado em Medicina Interna.
Fundamentalmente a especialidade, por vezes designada por clínica médica, dedica-se à prevenção, diagnóstico e orientação da terapêutica não cirúrgica, incluindo a consulta de adultos, adolescentes e idosos, sendo que o atendimento imediato dos pacientes é realizado em ambiente hospitalar.
Se por exemplo, um paciente chega à urgência hospitalar de ambulância ou outro qualquer meio, com queixas variadas, sem que tenha sido possível determinar a origem da condição ou atribui-la a um órgão ou sistema específico, o primeiro profissional a avaliar o paciente deverá ser preferencialmente o médico internista.
O objetivo é proceder à realização de um primeiro diagnóstico, a partir de uma avaliação genérica mas completa do quadro clínico enquanto o paciente permanecer internado, encaminhando-o inclusive para profissionais de outras especialidades assim o entenda necessário.
Não significa isso um alijar de responsabilidade, pois como já referido, a clínica médica em medicina interna antecede as áreas de outras especialidades como cardiologia, reumatologia, oncologia, alergologia, endocrinologia, gastroenterologia, hematologia, nefrologia e pneumologia. Entre outras razões, é por isso que existe um consenso generalizado entre a classe de que os médicos recém-formados, antes de optarem por uma especialidade, deverão estagiar em clínica médica.
Ao encaminhar o paciente para os médicos de outras especialidades o Médico Internista tem por objetivo uma atenção mais completa ao paciente durante todo o período de internamento, desde as questões mais básicas até à monitorização do quadro clínico.
Estes procedimentos, através de exames e respetivo acompanhamento, são essencias para que o médico internista consiga fazer um diagnóstico correto da condição e possa aferir todos os aspetos do quadro de saúde do paciente.
Perante um doente com múltiplos problemas clínicos, mais do que o somatório das partes entre as várias valências, o internista é o médico do doente que compreende todos esses problemas e a sua inter-relação e que está em melhores condições para ver o todo, definir prioridades e, em colaboração com o doente, definir o plano de atuação mais adequado e eficiente para a cura.
Numa unidade hospitalar, em que os cuidados médicos específicos para cada doente, se devem organizar em torno das suas necessidades, com as equipas multidisciplinares que forem necessárias, é importante que a coordenação seja assegurada por um internista.
A Medicina Interna em Telemedicina
Na medicina interna, a qualidade de atendimento durante a avaliação inicial de um paciente, depende em muito dos exames disponibilizados na unidade de saúde, seja clínica ou hospital, e abrange o tórax, abdómen e pelve, para análise dos órgãos e sistemas, para além dos exames angiográficos por TAC ou RM.
Por isso, o médico internista responsável pelo atendimento pode estar dependente de diversos exames para realizar um diagnóstico de maior qualidade que viabilize um tratamento adequado ao paciente, de entre os quais se destacam os exames de ultrassonografia; tomografia computadorizada (TAC) e ressonância magnética (RM).
Muitas clínicas e hospitais de segunda linha, têm dificuldade para dispor de equipas completas de radiologia, com prejuízo evidente para a realização desses exames, essenciais para a medicina interna, pelo que, a possibilidade de hoje existirem serviços de parecer técnico à distância vem colmatar essa lacuna.
De facto, através de assistência remota, os exames podem ser realizados no próprio hospital por um técnico radiologista e o parecer técnico ser emitido por uma parceria especializada que pode estar localizada a milhares de quilómetros dali.
Nesse local, um especialista em medicina interna após avaliar o exame recebido em imagens de alta definição acompanhadas de um conjunto de informações complementares do paciente, emite o seu parecer técnico que transmite, através de software específico instalado em equipamento adequado para o efeito. Esse resultado é enviado pela internet e pode ser acedido por meio de qualquer das plataformas mais usuais como o computador, tablet ou smartphone, facilitando o acesso do médico internista em tempo hábil.
Através dos sistemas de telerradiologia, uma das especialidades da telemedicina, qualquer exame da área de radiologia como RM, TAC, mamografia, raio-x, densitometria óssea e outros, pode hoje beneficiar daqueles serviços e otimizar os custos, fazendo com que esses exames possam chegar a um número mais alargado de pacientes.
Com o aparecimento de novas doenças sistémicas de variada natureza, em particular as autoimunes, o espectro da medicina interna tem vindo a alargar-se, sendo por isso inevitável que tenham surgido cada vez mais médicos internistas dedicados a áreas específicas e desenvolvendo diferenciação nessas áreas, que continuam em expansão.
Dotados de uma formação generalista e de capacidade para lidar com todos os tipos de doente, em múltiplos contextos, o médico internista é um elemento imprescindível em todos os níveis de cuidados de saúde, constituindo de alguma forma o modelo que a maioria das pessoas idealiza para a profissão de médico, alguém com grande sentido ético, que escuta o doente e lhe dá atenção, tratando-o com humanidade e respeito e sobretudo conhece e atende as suas prioridades, um devoto da profissão!
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