A tiroide, étimo que deriva do grego thyreos (escudo), é uma glândula endócrina dos vertebrados, que nos humanos assume a forma de uma borboleta, sendo constituída por dois lobos interligados entre si através de uma fina faixa de tecido, designada por istmo da tiroide, situada na base frontal do pescoço e cujas hormonas são composta por iodo.
Tem como principal função produzir, armazenar e libertar na corrente sanguínea as hormonas tiroideias, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), além da hormona tiroide-estimulante (TSH), responsáveis pelo controle e regulação do metabolismo, que é o conjunto de reações químicas que ocorrem nas células do corpo.
São estas reações, as responsáveis pelos complexos processos de síntese e degradação dos nutrientes nas células, constituindo por isso a base da vida ao favorecerem o crescimento e reprodução das células, mantendo as suas estruturas e moldando as respostas aos seus ambientes.
As hormonas da tiroide influenciam a taxa metabólica e a síntese proteica, sendo esta essencial para a manutenção e crescimento celular e, nas crianças, para o seu crescimento e desenvolvimento. Neste processo, a glândula tiroide também produz a hormona proteica calcitonina, que ajuda a regular os níveis de cálcio no organismo.
Sempre que se fala em desordens funcionais da tiroide, é incontornável a referência ao hipertiroidismo e hipotiroidismo. Como os próprios nomes indicam, o hipertiroidismo refere-se à produção excessiva de hormonas da tiroide e as suas causas incluem o bócio simples ou multinodular, que contém vários nódulos com funcionamento autónomo, mas quase sempre benignos; doença de Graves, uma doença autoimune que leva ao surgimento de sintomas como nervosismo, perda de peso, olhos salientes ou palpitações cardíacas; adenoma da tiroide benigno que atinge particularmente mulheres a partir dos 40 anos e o adenoma hipofisário, um tipo de tumor igualmente benigno, que segrega a TSH em excesso.
No hipertiroidismo, verifica-se geralmente um metabolismo mais acelerado de todo o organismo, quadro em que se manifesta um aumento das dimensões da glândula, designado por bócio, perda de peso apesar de aumento do apetite, palpitações devido ao aumento da frequência cardíaca, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, tremor das mãos, insónias, intolerância ao calor, queda do cabelo e alteração das unhas, irregularidades menstruais com diminuição do fluxo menstrual e fraqueza muscular.
Já no hipotiroidismo, os níveis hormonais produzidos pela tiroide são insuficientes, comprometendo o normal funcionamento do organismo. Os seus principais sintomas passam por um anormal aumento de peso, devido à retenção de líquidos, fadiga e cansaço fácil, aumento da sensibilidade ao frio, obstipação, queda de cabelo, pele seca, irregularidades menstruais, depressão, dores musculares e formigueiro no corpo.
A insuficiência de hormona da tiroide provoca a desaceleração da generalidade das funções corporais, mas como os sintomas são muito subtis e progridem gradualmente, podem se confundidos com depressão, sobretudo em pessoas mais idosas. Daí que a doença se possa também manifestar através de alterações faciais significativas, como pálpebras caídas, olhos e a face inchados e a pele fica seca, áspera, escamada e com aspeto rugoso.
A deficiência de iodo no organismo é a causa mais comum de hipotiroidismo em todo o mundo, sendo a tiroidite de Hashimoto, uma inflamação autoimune crónica, a causa mais comum no mundo desenvolvido, segundo uma investigação do Royal Australian College of General Practitioners.
Outras causas podem incluir anomalias congénitas, doenças que provocam inflamação transitória, remoção cirúrgica da glândula, alguns tipos de medicamentos como lítio e amiodarona ou uma sarcoidose, doença de causa desconhecida que provoca lesões na pele e outros tecidos ou órgãos e de que podem resultar casos graves de mixedema.
O tratamento do hipotiroidismo implica a reposição dos níveis da hormona da tiroide, usando um dos vários fármacos disponíveis no mercado, sendo a levotiroxina sintética o mais frequentemente usado e, em caso de emergência, é comum o clínico administrar levotiroxina ou triiodotironina por via intravenosa, isoladamente ou em conjunto.
A reposição da hormona tiroxina é geralmente administrada diariamente como suplemento oral e pode levar algumas semanas até que se torne eficaz, sendo que algumas causas do hipotiroidismo como a tiroidite pós-parto e tiroidite subaguda podem ser transitórias, passando com o tempo, e outras causas como a deficiência de iodo podem ser corrigidas com suplementação dietética.
De acordo com dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as formas mais comuns das doenças da tiroide são o hipertiroidismo e o hipotiroidismo, afetam mais de um milhão de portugueses, na sua maioria mulheres, e os sintomas derivam principalmente de alterações metabólicas.
Sendo o iodo um elemento imprescindível para a síntese das hormonas da tiroide, este deve ser ingerido através dos alimentos em quantidades moderadas. Como medida de prevenção e manutenção de uma boa saúde da tiroide, devem ser usadas na alimentação fontes variadas de peixes marinhos, moluscos, marisco, algas marinhas, sal iodado e leite ou derivados, evitando ao mesmo tempo o fumo de tabaco e o consumo de bebidas alcoólicas, bem como a exposição a radiações.
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