Muitas vezes motivo de piadas entre amigos, a flatulência ou eliminação de gases em excesso nos intestinos, além de provocar mau cheiro, pode causar fortes constrangimentos em algumas pessoas e constituir fonte de embaraço para o paciente, mas raramente é associada a doença grave.
A eliminação de gases em excesso dos intestinos é um processo normal do organismo, habitualmente inodoro e silencioso, sendo que em média um indivíduo os elimina cerca de 20 vezes por dia, seja pelo ânus ou pela boca, por meio de arrotos. O que intriga frequentemente algumas pessoas é o facto de alguns gases terem um odor forte e desagradável e outros não.
O que determina o odor desagradável dos gases é a quantidade de derivados de enxofre presente e que tem origem no tipo de alimentos ingeridos. Sabe-se que alimentos como os ovos e cebolas, por exemplo, provocam gases com cheiros mais desagradáveis pelo facto de possuírem elevados teores de enxofre.
No entanto, apesar do odor dos gases estar fortemente relacionado com o regime alimentar e com os hábitos de vida individuais, existem outros fatores que também podem provocar a situação, como por exemplo quando a flora intestinal é alterada devido ao uso de fármacos ou por algumas patologias como infeção ou obstrução intestinal e colites, em que os gases expelidos também produzem mau cheiro.
Sedentarismo e maus hábitos alimentares podem contribuir igualmente para aumentar a produção excessiva de gases, que quando não são eliminados devido a alterações gastrintestinais ou outros fatores, pode levar ao aparecimento de sintomas derivados do excesso de flatos, sob a forma de cólicas e desconforto abdominal. Daí a importância da prática de exercício físico e dos cuidados a ter para evitar os alimentos que favorecem a formação de gases, como feijão, grão-de-bico, repolho e brócolis, por exemplo, para combater a flatulência e evitar o meteorismo intestinal.
O meteorismo é um transtorno digestivo cujos sintomas se manifestam por mal-estar intestinal generalizado e é caraterizado pela acumulação de gases no cólon, devido ao excesso de fermentação intestinal, o que nalguns casos é considerado uma consequência da aerofagia, ou seja, deglutição excessiva de ar ao comer, que ocorre quando estamos ansiosos e o fazemos muito depressa, inconscientemente.
Além de mastigação rápida ou de boca aberta, outras causas podem estar subjacentes à produção de gases no organismo, relacionadas com hábitos pessoais como, falar enquanto se mastiga ou ingerir grandes quantidades de alimentos com sofreguidão; consumir frequentemente alimentos como, leite, feijão, doces, batata, brócolos, ovos, repolho e lentilhas; ter prisão de ventre habitual, diarreia ou doença de Crohn; intolerância alimentar; sedentarismo e consumo regular de suplementos proteicos.
O inchaço do estômago, dor abdominal ligeira, flatulência frequente e distensão abdominal, são alguns dos sintomas mais comuns do meteorismo intestinal que apesar de não serem condições graves, são desconfortáveis e podem conduzir a perda de qualidade de vida. Ainda que não representem perigo, a suas causas podem gerar risco para a saúde, sendo por isso importante que seja feita uma avaliação médica.
A presença de flatulência em excesso é também frequente estre as gestantes, o que habitualmente acontece como consequência da prisão de ventre e do relaxamento muscular, que provocam redução dos movimentos intestinais e aumentam a decomposição das fezes, podendo provocar sintomas bastante desconfortáveis como, aumento do volume abdominal, cólicas, dor sob a forma de pontada e barriga dura, além da ocorrência de períodos alternados de diarreia e prisão de ventre.
Não sendo a flatulência em excesso um indicativo de problemas de saúde graves e, por isso, não haver necessidade de tratamento específico, é importante identificar a causa, a fim de se evitar o acumular excessivo de gases e impedir que a situação se agrave.
Após avaliação clínica, caso seja consequência da alimentação, é imprescindível identificar o alimento causador e evitar o seu consumo, além de se recomendarem algumas alterações nos hábitos às refeições como, evitar conversar enquanto estiver a comer, não mascar chicletes e parar de consumir bebidas com gás, elementos que favorecem a formação das flatulências.
Identificadas as causas do excesso de gases, existe uma panóplia alargada de remédios caseiros que são uma excelente opção natural para reduzir a sua produção e minimizar o desconforto abdominal. A maior parte desses remédios passa pelos chás e infusões de plantas ou raízes que otimizam o funcionamento do estômago e dos intestinos, fazendo com que as fezes sejam eliminadas mais rapidamente, evitando desse modo a formação e acumulação de gases.
Chá de hortelã-pimenta – A presença de flavonoides na hortelã-pimenta, parece inibir a ação dos mastócitos presentes em grande quantidade no intestino, que parece serem os responsáveis pela formação de gases. Além disso esta planta tem uma ação antiespasmódica, que reduz os espasmos intestinais, aliviando o desconforto.
Chá de erva-cidreira – A erva-cidreira é uma planta da família da hortelã-pimenta, muito usada na medicina tradicional, especialmente no tratamento de problemas relacionados com o sistema gastrintestinal, nomeadamente a nível gástrico e intestinal, incluindo o excesso de gases.
Chá de erva-doce - A erva-doce é uma planta medicinal tradicionalmente muito utilizada no tratamento de várias complicações digestivas, e que já provou ser um bom estimulante intestinal, reduzindo a formação de gases, além de poder prevenir o aparecimento de úlceras e aliviar os espasmos musculares provocados pela flatulência.
Chá de gengibre – Originário da Ásia, o gengibre é uma raiz utilizada para tratamento de muitos problemas na medicina tradicional, entre os quais o excesso de gases, já que facilita o funcionamento do intestino, reduz os espasmos e trata pequenas inflamações que podem contribuir para a formação de gases.
Chá de camomila – Além da sua conhecida ação calmante, a camomila é uma planta tradicionalmente usada para tratar problemas gástricos e aliviar os sintomas de desconforto gastrintestinal, prevenindo o aparecimento de inflamações e úlceras, o que também previne a produção de gases.
Além dos remédios caseiros, ou eventual uso de fármacos, é muito importante seguir uma alimentação saudável e praticar exercício físico com regularidade que em muito ajudam na melhoria dos movimentos peristálticos do esófago, estômago e intestinos, contribuindo assim para manter a saúde do sistema gastrintestinal e reduzindo a formação de gases.
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