O termo coaching (treino), hoje difundido por todo o mundo, deriva da palavra inglesa coach (treinador), para designar alguém que ajuda as pessoas a adquirir e a desenvolver um pensamento positivo e otimista que lhes permita mais facilmente alcançar com êxito os seus objetivos, pessoais ou profissionais, em determinada área de atividade ou do saber, através da motivação pessoal.
Trata-se, portanto, de um processo de desenvolvimento humano, ancorado no desenvolvimento científico e recolhendo influências teóricas de uma multiplicidade de áreas do conhecimento, que passam pela educação, gestão, ciências sociais e filosofia ou psicologia positiva e até por estratégia militar.
Apesar da prática de coaching ainda não ser reconhecida em Portugal devido à inexistência de diploma legal específico que regule a sua prática, segundo alguns especialistas em direito não se pode afirmar que exista um vazio jurídico total nesta matéria, dada a existência de vários diplomas legais e normas orientadoras que concorrem para balizar a sua prática.
Conceptualmente o coaching é tão antigo quanto o histórico da existência humana, pois desde os primórdios da humanidade se percebeu um interesse genuíno do Homem em legar os seus conhecimentos seja pela arte, história, filosofia ou ciências. Quando filosoficamente perguntamos a alguém “qual é sentido da vida?”, estamos a fazer coaching, do mesmo modo que quando desafiamos alguém a fazer mais e melhor, a ir mais além ou a pensar melhor sobre determinado assunto, estamos igualmente a fazer coaching.
O processo de coaching, ao propiciar ao instruendo (coachee), a consciência de qual o caminho que a pessoa deseja seguir, vai permitir-lhe a escolha e, por isso, ao tomar uma decisão, assume total responsabilidade pela viagem que vai iniciar e pela aprendizagem oferecida, seja boa ou má, enfrentando os seus próprios limites, superando-se a si mesmo.
Durante o processo de coach, o treinador vai ajudar o instruendo a identificar os seus pontos fortes e também os pontos que necessitam de ser melhorados, por forma a adquirir as habilidades necessárias para atingir uma posição mais elevada na sua vida pessoal e profissional. Utilizado para o aumento da performance individual e coletiva, o coaching vai contribuir para incrementar as potencialidades e diminuir, expressivamente, as possíveis interferências mentais que poderão afastar o sucesso no alcance de um objetivo.
A ordem dos psicólogos indica que existe atualmente em Portugal um número indeterminado de pessoas e instituições que reclamam o exercício de coaching, sendo, contudo, difícil identificar a sua qualificação ou a natureza das atividades que realmente exercem. Na generalidade, a ideia subjacente à prática de coaching é a promoção do potencial de alguém em determinada área pessoal, profissional ou comercial, sendo caraterizada pelo desenvolvimento de métodos que visam a autoconfiança, a concentração ou descontração, o aperfeiçoamento de certas atividades e a promoção do bem-estar em geral.
A primeira unidade de estudos de psicologia de coaching do mundo foi estabelecida por Anthony Grant e Michael Cavanagh na Universidade de Sidney, Austrália, em janeiro de 2000, instituição que continua a liderar a pesquisa, educação e prática de coaching, até hoje. A partir do trabalho de Grant e sua equipa, verificou-se um impacto significativo no campo da ciência do coaching, que foi amplamente divulgada por várias associações e revistas académicas dessa área emergente, nos anos subsequentes.
A prolífica produção de pesquisa da unidade de Psicologia de Coaching daquela instituição, inclui centenas de artigos, palestras e apresentações em conferências, divulgando muitas das inovações mais importantes no desenvolvimento da prática da atividade a nível internacional. A instituição é hoje uma das mais proeminentes na formação de coaching, através de vários programas de pós-graduação, de onde já saíram mais de um milhar de pós-graduados.
A atividade de coaching está a ganhar cada vez mais preponderância em múltiplas áreas de negócios e social, sendo frequentemente requisitada a nível profissional, pessoal, financeira, saúde e bem-estar entre outras e, ainda que para muitos seja vista como mais uma moda, não pode ser ignorada, dada a sua difusão e aceitação.
Essencialmente, a atividade de coaching foca-se no futuro, naquilo que se pretende atingir e na forma como poderemos e desejamos lá chegar, razão por que pode ser útil para os líderes em várias áreas, tal como profissionais em início da carreira ou que pretendam melhorar a sua performance no cargo que exercem bem como para equipas e organizações que procurem atingir altos níveis de realização profissional ou pessoal.
Em termos práticos, o coaching repercute-se em benefícios principalmente nas seguintes situações: tornar-se mais autossuficiente; maior satisfação com a vida pessoal no trabalho; estabelecer e tomar medidas no sentido de alcançar as metas pretendidas; para que o profissional contribua mais eficazmente para a equipa de trabalho em que se integra; assumir um grau mais elevado de responsabilização nas suas ações e compromissos; para melhorar os níveis de eficácia na comunicação para trabalhar de forma mais produtiva quando em equipa; para descobrir e aprofundar o autoconhecimento.
Independentemente de gostarmos muito ou pouco do que fazemos, encontrar motivação no trabalho é hoje um desafio permanente. A realidade de um modelo híbrido de trabalho usado durante a pandemia por Covid-19, tornou-se ainda mais complexa, mostrando ser necessária uma adaptação ao novo normal, valorizando mais do que nunca o trabalho em equipa, quer entre colaboradores quer entre superiores e colaboradores, situação em que o coaching pode ser uma ajuda preciosa.
Forma abreviada e derivada do inglês para se referir a desintoxicação, a palavra “detox” é vulgarmente utilizada para descrever a ação que permite a eliminação de toxinas e impurezas acumuladas no org...
Pesquisas diversas levadas a cabo um pouco por todo o mundo nas últimas décadas, demonstraram como o contacto com a natureza pode afetar positivamente a saúde mental e física do ser humano.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.
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