Embora sejam diferentes áreas do conhecimento e formas de tratamento de enfermidades, alopatia e homeopatia, diferem em filosofias, conceitos e aplicações, todavia, ambas têm como objetivo comum a cura de doenças e restabelecimento da saúde dos pacientes, sendo por isso, a par de outras ciências, importantes aliadas da promoção da saúde pública.
Na homeopatia, as experiências científicas são habitualmente realizadas em pessoas saudáveis, enquanto a alopatia utiliza geralmente pessoas doentes e animais, porquanto o doseamento das substâncias utilizadas nesta disciplina, encontram-se no limite da sua toxicidade, produzindo, quase invariavelmente efeitos colaterais.
A alopatia, também denominada terapia tradicional, teve início na Grécia antiga e baseava-se na medicina Hipocrática, que teve a sua aplicabilidade amplamente difundida por Cláudio Galeno (129-216 d.C.), médico romano de origem grega, hoje conhecido como “o pai da alopatia”.
Sempre que determinada pessoa se dirige a uma farmácia comunitária para adquirir um antipirético, um anti-inflamatório ou antibiótico, está a utilizar para o tratamento o método da alopatia, ou seja, o tratamento denominado por “o princípio do contrário”. Quando, por exemplo, adquirimos um anti-inflamatório, estamos a usar a terapia alopática, ou seja, um medicamento que tem atividade contrária à doença que nos atormenta e à forma como atua.
A homeopatia, é um tipo de terapia desenvolvido pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), denominado “pai da homeopatia”, que se baseia no princípio de que similia similibus curantur, isto é, semelhante cura semelhante, significando que a homeopatia trata os pacientes com medicamentos que causam sintomas semelhantes aos que provocaram a doença.
Ao basear-se no “princípio dos semelhantes” a homeopatia apresenta uma diferença filosófica bem específica, promovendo a cura de uma doença por meio de fármacos que provocam sintomas semelhantes aos que o paciente apresenta, fazendo com que o corpo potencialize a sua capacidade curativa e seja capaz de combatê-los por si só.
Por outro lado, a alopatia tem por objetivo, a neutralização ou eliminação dos sintomas apresentados pela doença, sem combater a causa específica que os originou, sendo que nestes casos, a manifestação clínica pode voltar a ocorrer, sobretudo em virtude de desequilíbrios causados entre o corpo e a mente, que são a causa mais comum de uma grande parte das doenças e que ficam geralmente ausentes do foco das terapias médica e farmacológica tradicionais. Trata-se de um método terapêutico de certo modo imediatista, baseado no atendimento coletivo, que elimina o desconforto de forma rápida e alivia o sofrimento.
O tratamento médico ou farmacológico, baseado nos princípios homeopáticos, procura efetuar tratamentos individualizados, tendo em conta um conjunto de fatores da vida do paciente, designadamente traumas que possam ter ocorrido na infância, hábitos alimentares, perceção pessoal do mundo e outros considerados pertinentes para compreender a origem do desequilíbrio do organismo, de que resultou o aparecimento de determinada doença.
Ambos os tratamentos, alopáticos e homeopáticos, possuem um sistema científico bem definido, com princípios específicos e metodologias de pesquisa própria, que comprovam a sua eficácia na promoção da saúde, podendo igualmente ser utilizados de forma complementar em boa parte das situações, uma vez que existirem diversas doenças que não são resolúveis, combatendo apenas os sintomas.
Uma das vantagens a retirar da utilização da alopatia e homeopatia, é que podem ser utilizadas de forma integrativa. Nessa circunstância, o benefício da homeopatia é evitar que a doença regresse após a interrupção do tratamento alopático, uma vez que o primeiro combate a causa do problema e o segundo trata os seus sintomas.
Nas doenças provocadas por carências nutritivas de vitaminas, proteínas ou minerais, como por exemplo o escorbuto ou má nutrição proteico-calórica, o principal tratamento passa por uma alimentação saudável e equilibrada. Em doenças parasitárias provocadas por falta de higiene adequada e saneamento, o medicamento homeopático pode proporcionar o equilíbrio do organismo, expulsando os parasitas, mas como se compreende, não pode reverter essa situação social, que lamentavelmente ainda permanece em alguns lugares, provocando endemias de difícil controle e tornando ineficazes qualquer dos tratamentos.
É importante lembrar que nenhuma das terapias por si só ou em associação, fazem milagres! Só curam o que for curável. Doenças de origem genética, como a Hemofilia, Síndrome de Down e outras, são condições que não são passíveis de cura, da mesma forma que não podemos alterar a cor dos olhos.
Porém, os tratamentos convencionais coadjuvados por tratamentos homeopáticos, podem reduzir a predisposição dos pacientes para ficarem doentes.
Quando se trate de casos de maior urgência, em que a vida de um paciente esteja em perigo e não há tempo para que a ação do medicamento homeopático se faça sentir, deve naturalmente recorrer-se ao arsenal terapêutico convencional.
A doença celíaca é um distúrbio digestivo e imunológico crónico que danifica o intestino delgado, desencadeada pela ingestão de alimentos contendo glúten.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.
Os carboidratos, também conhecidos como açúcares, glícidos ou hidratos de carbono, são macronutrientes, responsáveis por fornecer energia ao corpo humano.
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