Ómega-7 aumenta o colesterol HDL e reduz a inflamação
Quando o assunto é nutrição, é normal ouvir-se falar dos ácidos gordos ómega – um tipo de gordura poliinsaturada que o nosso organismo necessita para manter a saúde. Os mais essenciais, e conhecidos, são o ómega-3 e o ómega-6, mas estes não são os únicos. O ómega-7 é um dos menos conhecidos, mas tem muito para oferecer.
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DIETA E NUTRIÇÃO
MUDE SUA ALIMENTAÇÃO, MUDE A SUA VIDA!
Alimentar-se nos dias de hoje é, para muitos, sinónimo de consumir produtos enlatados e processados – distribuídos estrategicamente pelas prateleiras dos supermercados para cativar o consumidor. LER MAIS
A sua falta de popularidade talvez se deva ao facto de não ser um ácido gordo essencial e indispensável como o ómega-3 ou o ómega-6. Também conhecido como ácido palmitoleico, o ómega-7 é um ácido gordo monoinsaturado que faz parte da estrutura natural da pele e das mucosas do corpo.
Segundo a nutricionista Vanesa León, estudos recentes demonstraram que a ingestão de ómega-7 melhora a hidratação das mucosas e regenera a pele, seja consumido por via oral ou aplicado topicamente. Mas as suas propriedades nutricionais não ficam por aqui.
O ómega-7 aumenta o colesterol HDL (bom colesterol) e reduz o LDL (mau colesterol; Regula a glicose – o ácido palmitoleico protege as células beta do pâncreas; Previne a resistência à insulina – melhora a sensibilidade à insulina associada à obesidade e está associada a menor acumulação de gordura no fígado; Contribui para a redução da inflamação e do stress oxidativo no corpo.
Devido às suas propriedades hidratantes e reparadoras, o ómega-7 também é utilizado em cosméticos, podendo ser encontrado em cremes e óleos para a pele ou cabelo. Isto graças ao óleo de espinheiro-marítimo, que estimula a pele, reduz cicatrizes e alivia queimaduras. Também pode ajudar a aliviar os sintomas da dermatite atópica.
O uso deste óleo ainda melhora a secura e a integridade do epitélio vaginal, o que o torna uma boa alternativa ao tratamento hormonal convencional com estrogénios.
Além de obtido de óleos vegetais, como óleo de noz de macadâmia e óleo de espinheiro-marítimo, o ómega-7 também está presente em alimentos de origem animal, e especialmente nos produtos lácteos, que contêm ácido vacénico e ruménico, e em frutas como o abacate, embora em menor quantidade. A sua extração das algas está, atualmente, em investigação como uma opção mais sustentável e económica.
Pode ainda ser obtido de alimentos como o fruto do espinheiro-marítimo. Os frutos desta planta são utilizados para obter um óleo extremamente rico, sendo uma das fontes mais utilizadas para a produção de suplementos alimentares à base de ómega-7.