DIABETES

Composto em rebentos de brócolos pode reduzir pré-diabetes

Um estudo levado a cabo na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, demonstrou que o composto químico sulforafano, presente em rebentos de brócolos, pode estar associado a melhores níveis de açúcar no sangue na pré-diabetes – um precursor da diabetes tipo 2 (DT2).

Composto em rebentos de brócolos pode reduzir pré-diabetes

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Os investigadores haviam identificado anteriormente o sulforafano como um agente antidiabético na DT2. Um estudo com pacientes realizado em 2017 demonstrou que as pessoas com diabetes tinham significativamente menos açúcar no sangue após ingerirem grandes doses de sulforafano extraído dos rebentos dos brócolos.

No novo estudo, publicado na revista Nature Microbiology, o professor Anders Rosengren e colegas analisaram a pré-diabetes. A condição é um precursor da DT2, com níveis de açúcar no sangue que aumentam lentamente devido à produção deficiente de insulina.

A investigação incluiu 89 pessoas com açúcar no sangue elevado em jejum, um indicador de pré-diabetes. Outros critérios incluíam participantes com excesso de peso ou obesidade e idade entre os 35 e 75 anos.
Os participantes foram aleatoriamente selecionados para receber o sulforafano ou um placebo durante doze semanas. Nem os participantes nem os investigadores sabiam a quem tinha sido atribuído um ou o outro. Um total de 74 participantes concluiu todos os estágios do estudo.

Os resultados revelaram que aqueles que haviam tomado o composto sulforafano tiveram uma redução média maior no açúcar no sangue em jejum do que aqueles que tomaram o placebo. A diferença entre os dois grupos no estudo foi considerável.

Observou-se uma diferença ainda maior ao analisar subgrupos clínicos. O grupo com a maior melhora após tomar o sulforafano apresentou sinais precoces de diabetes leve relacionado à idade, um IMC relativamente baixo no contexto do estudo, baixa resistência à insulina, baixa incidência de doença hepática gordurosa e baixa secreção de insulina.

O terceiro estágio envolveu o estudo de bactérias intestinais, com a descoberta de uma bactéria intestinal capaz de interagir com o sulforafano que poderia ser associada a uma eficácia ainda melhorada do composto dos brócolos.

No que diz respeito aos valores, as diferenças no açúcar no sangue em jejum foram de 0,2 milimoles por litro entre todos os participantes que tomaram o sulforafano em comparação com o grupo do placebo, seguido por 0,4 no subgrupo clínico em questão e 0,7 naqueles que estavam no subgrupo clínico e tinham a bactéria intestinal.

Atualmente, o tratamento da pré-diabetes está ausente em muitos aspetos, mas as novas descobertas abrem caminho para um possível tratamento de precisão usando o sulforafano extraído dos brócolos como um alimento funcional. Ainda assim, os fatores de estilo de vida continuam a ser a base de qualquer tratamento para a pré-diabetes, o que inclui a prática de exercício físico, uma alimentação saudável e a perda de peso.

Fonte: Tupam Editores

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