webinar avalia desafios no tratamento do cancro do pâncreas
No âmbito do dia Mundial do Cancro do Pâncreas, que se assinala a dia 19 de novembro, o Hospital da Luz Learning Health, com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia e da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, realizam um [url-nolink=/pt/meeting-point/eventos-profissionais/2020/11/19/webinar-dia-mundial-do-cancro-do-pancreas-12319]webinar[/url] para avaliar os principais desafios associados ao tratamento do cancro do pâncreas.
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Esta é a terceira neoplasia maligna do sistema digestivo mais frequente em Portugal, logo após o cancro do cólon e do estômago, e estima-se que surjam, anualmente, cerca de 1400 novos casos.
“As previsões são que, até 2030, esta seja a segunda maior causa de mortalidade por cancro, só superada pelo cancro do pulmão. Neste sentido, este webinar constitui mais um passo para uma análise da evolução do que tem sido feito e quais as soluções para o futuro, assim como qual será a abordagem que deve ser adotada para conseguirmos garantir sucesso terapêutico.” explica Rui Maio, cirurgião, diretor clínico do Hospital da Luz Lisboa e diretor do departamento de cirurgia do Hospital Beatriz Ângelo.
Durante o [url-nolink=/pt/meeting-point/eventos-profissionais/2020/11/19/webinar-dia-mundial-do-cancro-do-pancreas-12319]webinar[/url], vai ser abordada a mortalidade do cancro do pâncreas e as suas causas, a epidemiologia e fatores de risco associados, o papel das intervenções endoscópicas no diagnóstico de pré-cancro e lesões cancerígenas, os principais desafios em estadios mais avançados, como uma explicação de quando, porque e como é que a radioterapia é útil e quando é que deve surgir a cirurgia.
O programa termina com uma análise ao estado de arte da cirurgia ao cancro do pâncreas.
“Esta sessão é fundamental pois precisamos de explorar quais são os principais avanços e caminhos no tratamento do cancro do pâncreas. Atualmente, um dos dados mais alarmantes é que o crescimento da mortalidade é mais acentuado entre os 50 e os 54 anos, o que pode significar que se esta tendência se mantiver, num futuro próximo, um número crescente de mortes por cancro do pâncreas poderá ocorrer em idade cada vez mais precoce. Além disso, como os sintomas são poucos, são muitas vezes desprezados.” destaca Jorge Paulino, especialista de cirurgia geral no Hospital Curry Cabral.
Rui Maio reforça ainda o papel de um diagnóstico precoce para garantir o sucesso terapêutico “um diagnóstico precoce permite realizar uma intervenção cirúrgica, que é a única terapêutica curativa para o cancro do pâncreas, aumentando a sobrevida do doente.”
Por outro lado, o diretor clínico do Hospital da Luz Lisboa destaca a importância da otimização dos doentes no pré-operatorio, intra-operatorio e pós-operatório dos doentes, que permite melhorar os resultados cirúrgicos.
Na altura do diagnóstico do cancro do pâncreas, apenas 20% dos doentes são suscetíveis de cirurgia direta. 50% dos tumores são irressecáveis, pelo que os doentes só podem ser submetidos a terapêutica paliativa. E cerca de 30% são borderline ressecáveis, ou seja, os doentes necessitam de fazer terapêutica neoadjuvante (quimioterapia e/ou radioterapia), de forma a terem possibilidade de intervenção cirúrgica a posteriori.