Lente de ultrassom faz imagem interna do corpo sem endoscopia
Uma nova técnica baseada no conhecido ultrassom consegue captar imagens óticas dos órgãos do corpo de forma não invasiva.
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Este novo método tem o potencial de substituir a necessidade de exames visuais invasivos usando câmaras endoscópicas, que precisam de ser inseridas no corpo, como na garganta ou sob a pele, para chegar ao estômago, cérebro ou qualquer outro órgão.
A imagem endoscópica, ou o uso de câmaras inseridas diretamente dentro dos órgãos do corpo, é uma maneira de examinar e diagnosticar doenças teciduais profundas.
Os dispositivos de imagem endoscópicos, ou câmaras na extremidade de tubos ou cateteres, geralmente são implantados por meio de um procedimento médico ou cirúrgico, a fim de atingir os tecidos profundos do corpo.
Esta nova técnica fornece uma alternativa completamente não-invasiva e não-cirúrgica.
Usando padrões das ondas ultrassónicas, os pesquisadores conseguiram efetivamente “focalizar” a luz dentro do tecido, o que lhes permitiu captar imagens nunca antes acessíveis por meios não-invasivos. O ultrassom pode ser usado para criar uma “lente” virtual dentro do corpo, substituindo o tradicional uso de uma lente física.
Além disso, o tecido biológico é capaz de bloquear a maior parte da luz, especialmente a luz na faixa visível do espectro ótico. Portanto, os atuais métodos de imagem ótica não podem usar luz para aceder a tecidos profundos da superfície.
Já o ultrassom induz uma transparência ao não ser refletido pelos tecidos, permitindo maior penetração através de meios turvos, como o tecido biológico.
“Ser capaz de capturar imagens de órgãos, como do cérebro, sem a necessidade de inserir componentes óticos físicos, será uma alternativa importante à inserção de endoscópios invasivos no corpo”, disse Maysam Chamanzar, da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, acrescentando que “este método pode revolucionar o campo da imagiologia biomédica”.