O sono é um comportamento fisiológico comum a toda a espécie animal e representa, em média, cerca de um terço de nossas vidas. Ainda não se conhecem claramente as funções exatas do sono, mas sabemos ser essencial para a nossa sobrevivência e que a sua privação prolongada conduz a graves sequelas físicas seguidas de perda cognitiva e eventualmente à morte.
Os distúrbios do sono têm por isso uma importância clínica significativa, porque são indicadores da maioria dos vários tipos de doenças psiquiátricas, estimando-se que cerca de metade da população mundial apresenta algum problema para dormir tranquilamente. Podem ser caraterizados em mais de cem tipos e quatro categorias principais: dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir; dificuldades para se manter acordado; dificuldades para manter uma rotina regular de sono e comportamentos incomuns durante o sono.
Cerca 350 anos a.C. Aristóteles escreveu o ensaio “Do sono e da insónia”, interrogando-se sobre o que fazíamos e porquê durante o tempo em que dormíamos. Decorridos quase 2400 anos, ainda ninguém encontrou uma boa resposta. Só recentemente, nas últimas décadas, à medida que os dispositivos de imagiologia disponibilizam informação cada vez mais profunda sobre o funcionamento interno do cérebro, é que começámos a aproximar-nos de uma resposta convincente para as perguntas de Aristóteles. Tudo o que, entretanto, aprendemos sobre o sono, sublinha a sua importância para a saúde física e mental.
Distúrbios mais comuns durante o sono
A insónia é um dos distúrbios mais comuns e pode ser transitória, tendo a duração de até duas a três semanas ou de longa duração, podendo tornar-se crónica. Pode ser desencadeada por fatores ambientais como, ruído excessivo ou excesso de luz, consumo excessivo de estimulantes como cafeína, álcool, tabaco e outras drogas, desconforto físico, sonecas durante o dia, efeitos colaterais de medicamentos e presença de patologias como ansiedade, depressão, apneia do sono, refluxo gastroesofágico, dores crónicas ou ainda devido ao processo natural de transição entre as várias fases do sono.
A sonolência excessiva é outro dos distúrbios mais observados. Permanecer acordado pode constituir uma enorme dificuldade para muitas pessoas, nas quais se manifesta uma hipersónia idiopática sem causa identificável; narcolepsia ou acesso súbito de sono profundo; apneia central e obstrutiva, parcial ou completa da respiração; movimento periódico dos membros e síndrome das pernas inquietas.
As pessoas que trabalham por turnos ou viajam frequentemente cruzando vários fusos horários, tendem a apresentar sintomas de etiologias variadas, por não conseguirem manter rotinas de sono e despertar consistentes, que minam o bem-estar e prejudicam gravemente a saúde.
Os comportamentos anormais durante o sono, com incidência significativa nas crianças, conhecidos por parassónias, são também comuns, destacando-se em particular o sonambulismo e o transtorno comportamental durante o sono REM (traduzido por verbalização indecifrável, movimentos agressivos, oscilação involuntária dos membros superiores, murros, pontapés), que segundo especialistas podem representar sonhos.
As parassónias são mais frequentes nas crianças e, embora bastante comuns entre a população, nem sempre são valorizadas, resultando em consequências para o doente, como lesões corporais, constrangimento social, diminuição da concentração e da atividade diária, incómodo e dano para o eventual companheiro de cama.
O tratamento da patologia é essencialmente comportamental, adequado à parassónia em causa, através da modificação dos hábitos de sono, medidas protetoras e treino de relaxamento entre outras, podendo em casos de maior gravidade, optar-se por terapêutica farmacológica.
A Importância do sono
O sono é fundamental para a vida humana, pois permite manter o equilíbrio físico e emocional. Apesar de passarmos um terço de nossas vidas a dormir, ainda são mal conhecidos os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos que ocorrem durante esse período.
De forma muito simplificada, durante o sono o nosso organismo realiza uma série de processos metabólicos essenciais ao nosso bem-estar, o que vai permitir manter um equilíbrio fundamental nos sistemas imunológico, neurológico e endócrino, entre outros, sendo por isso fundamental dormir bem e preservar um sono reparador para mantermos um bom estado de saúde.
Um sono irregular e ineficiente representa inúmeros malefícios comprovados, como o envelhecimento precoce, menor vigor físico, obesidade associada à carência da hormona leptina, responsável pela sensação de saciedade, a diabetes, lapsos de memória, hipertensão arterial, dificuldade de aquisição de conhecimento ou depressão.
Uma noite de sono saudável, pode variar muito entre indivíduos, mas a exigência usual é de 7-9 horas por noite. Algumas pessoas podem funcionar bem com menos de 6 horas de sono, quando outras podem precisar cerca de 12 horas.
Acordar por vezes no mesmo horário
O ritmo circadiano é o responsável por acordarmos a meio da noite, quase sempre no mesmo horário. Na realidade, todos nós acordamos diversas vezes a meio da noite, todavia a grande maioria não se recorda de o ter feito, pois o intervalo de tempo entre o despertar e voltar a dormir é tão curto que não nos lembramos no dia seguinte.
Os que acordam e se lembram, podem estar a revelar sinais de ansiedade, refluxo gastroesofágico ou apneia do sono, ou simplesmente resultar de uma reação do corpo ao processo de transição das várias fases do sono. Ressalvem-se os casos em que acordar a meio da noite, mesmo mantendo hábitos de vida saudáveis, traz consequências para o dia seguinte; nestes casos é aconselhável procurar ajuda.
Os diversos despertares durante a noite, são absolutamente normais e fazem parte da nossa matriz de sono, formada ao longo de milhares de anos para instintivamente nos proteger. Em geral, os microdespertares são rápidos e inconscientes e duram somente breves segundos, podendo ocorrer de uma a dez vezes por hora, segundo especialistas. No entanto, o que determina a ocorrência da maior parte desses microdespertares, alguns de forma regular durante todas as noites, permanece um completo mistério.
Para uma boa higiene do sono, é importante estabelecer rotinas, que vão desde o conforto do ambiente, controle de estímulos e relaxamento, alimentação e manutenção de horários regulares de sono, refeições e atividades físicas.
Na existência de condições clínicas que justifiquem os despertares noturnos, será necessário procurar a ajuda de um especialista, tendo em consideração que o que diferencia o sono normal de um patológico, é a frequência, duração e impacto dos despertares, mormente no desconforto que provocam.
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