É designada por doença autoimune quando ocorre devido ao mau funcionamento do sistema imunológico, levando a que o corpo humano ataque os seus próprios tecidos, condição da qual ainda não se conhecem os contornos que a desencadeiam.
Os seus sintomas variam de acordo com as caraterísticas da doença e a parte do organismo que é atingida, sendo geralmente necessária a realização de diversas análises sanguíneas para detetar uma doença autoimune, cujo tratamento irá depender do seu tipo e localização, e que inclui frequentemente o uso de fármacos capazes de suprimir temporariamente a atividade do sistema imunológico.
Em termos simples, o sistema imunológico humano ou sistema imune, constitui a principal defesa do nosso organismo e que, entre outras, tem por função proteger-nos de microrganismos invasores, como vírus e bactérias e de doenças em geral, através da produção de anticorpos e de determinados tipos de células, como os linfócitos, protegendo-nos assim de múltiplos agentes causadores de doenças.
Trata-se de um sistema formado por uma grande quantidade de células e moléculas responsáveis pelo reconhecimento de um antígeno, a molécula que pode ligar-se ao anticorpo e desencadear uma resposta imune efetiva perante esse estímulo. Uma outra caraterística importante do sistema imunológico é a sua capacidade de memória, sendo capaz de identificar um agente que já tenha estado em contacto com o nosso organismo anteriormente.
Essa capacidade de memória, faz com que o sistema imunológico consiga atuar de forma mais rápida perante uma ameaça já conhecida, sendo devido a essa capacidade que os investigadores são capazes de imunizar o nosso organismo contra uma determinada doença, utilizando as vacinas.
Em condições normais, o nosso sistema imunitário não ataca as células do próprio organismo. Todavia, há casos em que devido à existência de uma anomalia na qual o sistema imunitário confunde as nossas células com agentes invasores, ataca-as em vez de as proteger, daí podendo surgir as doenças denominadas doenças autoimunes que podem afetar-nos de diferentes formas.
De entre os mais de 100 tipos de doenças autoimunes conhecidos, que afetam com maior ou menor gravidade o sistema imunológico e que podem manifestar-se de várias formas, as mais frequentes são por exemplo a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso sistémico, a esclerose múltipla, diabetes tipo 1, as doenças inflamatórias intestinais, síndrome de Guillain-Barré, a polineuropatia desmielinizante inflamatória crónica, psoríase, doença de Graves, tiroidite de Hashimoto, miastenia grave e vasculite, sendo que a maioria das doenças autoimunes tem hoje tratamento, permitindo uma boa qualidade de vida.
Os principais sintomas das doenças autoimunes podem variar muito entre as pessoas, quer no tipo quer em grau de intensidade. Em algumas, podem ocorrer manifestações mais leves da doença, enquanto outras podem ter queixas severas, mas geralmente os primeiros sintomas passam por fadiga inexplicável, febre baixa, dores musculares, edemas e dor articular, sendo geralmente sinal comum da doença autoimune, uma inflamação, que se manifesta através de vermelhidão, calor localizado, dor e inchaço.
Os sintomas destas doenças são geralmente influenciadas por diversos fatores como, por exemplo o meio ambiente e estado de saúde geral. Além disso, este tipo de doenças pode ter fases ativas em alternância com fases mais adormecidas, em que os sintomas melhoram ou mesmo desaparecem.
O diagnóstico de doenças autoimunes pode ser demorado e necessitar de várias consultas, exames médicos e análises, por forma a identificar o tipo de distúrbio do sistema imunitário que está em causa, pois a maioria dos sintomas de doenças autoimunes são comuns a doenças de outra natureza. Por outro lado, o diagnóstico exige a identificação dos sintomas manifestados pelo doente em combinação com análises e exames específicos. Nos casos em que surjam sintomas como fadiga persistente ou rigidez nas articulações, sem causa aparente, deve ser consultado um médico.
Como medida de prevenção, o diagnóstico precoce é muito importante porque possibilita o tratamento antes da doença progredir e de já ter provocado efeitos por vezes irreversíveis. Por essa razão, as pessoas devem manter-se atentas aos sintomas gerais como cansaço prolongado e situações recorrentes de febre bem como a queixas mais específicas do órgão atingido, sendo nesses casos aconselhável consultar o médico.
Geralmente, as doenças autoimunes estão ligadas ao estado de saúde geral de cada pessoa. Alguns tipos de doenças autoimunes, como por exemplo o lúpus eritematoso, a artrite reumatoide e artrite psoriática, podem aumentar o risco de doença cardíaca, sendo nestes casos especialmente importante adotar algumas atitudes amigas do coração, tais como por em prática a manutenção dos valores-padrão de pressão arterial e do colesterol, seguir uma alimentação equilibrada e praticar exercício físico com regularidade, medidas que podem igualmente ter um impacto positivo nas doenças autoimunes, no sentido de reduzir a gravidade dos sintomas.
O prognóstico varia e vai depender da doença. Algumas doenças autoimunes desaparecem inexplicavelmente da mesma forma como aparecem, mas a maioria torna-se crónica, sendo com frequência necessário tomar fármacos durante toda a vida a fim de controlar os sintomas, o que não é nestes casos uma boa notícia.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.
A vertigem ou desequilíbrio é uma ilusão de movimento, normalmente rotatória, em que se tem a sensação de que nós ou o meio que nos rodeia está a girar.
Os sais minerais são substâncias inorgânicas contendo iões e catiões metálicos, indispensáveis ao organismo humano, sendo responsáveis pelo bom funcionamento do metabolismo.
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