A investigação, publicada no Journal of Clinical Oncology, provou que o teste de sangue foi 81% preciso na deteção de cancro do cólon entre pessoas com a doença. Foi ainda 90% preciso na exclusão deste tipo de cancro entre pessoas saudáveis.

De acordo com a Dra. Aasma Shaukat, investigadora principal, este teste sanguíneo pode ajudar a aumentar as taxas de triagem do cancro do cólon. Atualmente, cerca de 22% das pessoas elegíveis para a triagem deste cancro nunca a realizaram. Nalguns estados, a percentagem é maior que 40%.

O teste de triagem para o cancro do cólon é a colonoscopia, mas os pacientes devem passar por uma preparação intestinal desagradável e depois ser anestesiados durante o procedimento. Os exames de sangue oculto nas fezes também podem ser utilizados para o rastreio deste cancro mas devem ser feitos todos os anos, de acordo com as diretrizes atuais. São necessários, então, outros exames de triagem que sejam mais convenientes, seguros e fáceis de realizar.

Para o estudo, os investigadores testaram o exame de sangue experimental em mais de 40.000 pessoas com idades entre os 45 e 85 anos em 200 locais nos Estados Unidos. A equipa de investigadores recolheu o sangue dos participantes e depois todos realizaram uma colonoscopia. O resultado dos dois exames foi comparado para se descobrir quão eficaz era o exame de sangue em relação à colonoscopia.

Os resultados revelaram que o exame de sangue pode ser uma opção conveniente e eficaz para a triagem do cancro colorretal na população de risco médio dos EUA, sendo uma nova ferramenta a acrescentar às opções de triagem existentes. No entanto, os especialistas vão continuar a estudar o impacto a longo prazo de um teste baseado no sangue.