Para a investigação foram reunidos dados de 132 estudos publicados entre 1998 e 2023 que envolveram mais de 50.000 participantes com DT2. Os especialistas descobriram que a deficiência de vitamina D afetou 60% das pessoas; a deficiência de magnésio afetou 42%; a deficiência de ferro afetou 28%; a deficiência de vitamina B12 afetou 22% no geral e 29% das pessoas que tomavam metformina.

Os resultados permitiram apurar ainda que as mulheres tinham maior propensão para apresentar deficiência de micronutrientes (49%) em comparação com os homens (43%).
Curiosamente, a prevalência de deficiência de micronutrientes entre pessoas com DT2 era de 45% – mas 40% em pessoas com complicações relacionadas à diabetes.

Devido à escassez de estudos relevantes, é impossível fazer comparações entre pessoas com DT2 e a população em geral, no entanto, os dados disponíveis sugerem que uma percentagem maior de pessoas com DT2 tem deficiências de vitaminas e minerais em comparação com indivíduos saudáveis, sem DT2. Todas as deficiências de nutrientes encontradas no estudo têm diferentes conexões com a DT2.

De acordo com Daya Krishan Mangal, coautora principal, este estudo destaca o papel potencial das intervenções nutricionais direcionadas como complementares aos tratamentos existentes para a diabetes. Abordar essas deficiências pode levar a um melhor controle glicémico, menor risco de complicações e melhores resultados gerais de saúde.
As descobertas sugerem ainda que uma monitorização mais atenta dos micronutrientes em pessoas em risco de DT2, especialmente em relação ao magnésio, pode ser útil.

Estas deficiências podem ser colmatadas através de suplementos, mas é sempre preferível tentar encontrar fontes de alimentos integrais. As pessoas podem modificar a sua dieta para consumir alimentos com mais vitaminas e minerais e evitar que essas deficiências aconteçam.