Inatividade física dos adultos eleva taxa de comorbilidades
A inatividade física é um importante fator de risco para múltiplas doenças crónicas e mortalidade precoce. Apesar de as evidências apoiarem intervenções de aconselhamento comportamental sobre dieta e atividade física, a inatividade física raramente é avaliada nos cuidados primários.
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Recentemente, um estudo publicado online no jornal Preventing Chronic Disease revelou que os adultos avaliados quanto à inatividade física em visitas de rotina têm taxas mais baixas de comorbilidades.
A equipa de investigadores da Universidade de Iowa avaliou a importância da triagem dos pacientes para atividade física num estudo que envolveu adultos tratados numa visita de rotina entre 1 de novembro de 2017 e 1 de dezembro de 2022, num hospital universitário do Centro-Oeste.
Um total de 7.261 pacientes avaliados quanto à inatividade foram comparados a 33.445 pacientes não avaliados. Foram realizadas comparações adicionais entre os pacientes examinados que relataram 0 minutos (inativos), 1 a 149 minutos (insuficientemente ativos) ou ≥150 minutos (ativos) por semana de atividade física moderada-vigorosa.
Os especialistas descobriram que os pacientes avaliados quanto à inatividade apresentaram taxas mais baixas de várias condições, que incluiam obesidade, diabetes e hipertensão, em comparação com os pacientes não avaliados.
Comparados aos pacientes insuficientemente ativos e inativos, os pacientes ativos apresentaram menor risco de 19 condições relacionadas à inatividade, incluindo obesidade, depressão, hipertensão, diabetes e doença valvular.
As descobertas apoiam os apelos para tratar a atividade física como um sinal vital, examinando regularmente os pacientes quanto à inatividade e oferecendo aos pacientes inativos recursos para promover a atividade física.