Beta-histina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
A Beta-histina (ou Betaistina) é um medicamento antivertiginoso utilizado pela primeira vez para o tratamento da vertigem associada à doença de Ménière.

Também é normalmente utilizado em pacientes com distúrbios do equilíbrio.
Usos comuns
A vertigem aparece quando uma parte do ouvido interno que controla o equilíbrio não funciona correctamente.

A Síndrome de Ménière caracteriza-se por vertigens, zumbidos e/ou perda de audição, geralmente acompanhados de náuseas, otalgias (dor nos ouvidos) e/ou cefaleias (dor de cabeça).
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
A beta-histina está indicada para o tratamento da síndroma de Ménière, cujos sintomas podem incluir vertigens, acufenos, perda de audição e náuseas.
Classificação CFT

2.7 : Antieméticos e antivertiginosos

Mecanismo de ação
O mecanismo de acção da beta-histina é parcialmente conhecido.

A beta-histina tem uma afinidade muito forte como antagonista para os receptores H3 da histamina e uma afinidade fraca como agonista para os receptores H1 da histamina.

A beta-histina possui dois modos de acção.
Em primeiro lugar, tem um efeito estimulante directo (agonista) sobre os receptores H1 localizados nos vasos sanguíneos do ouvido interno.
Parece que actua a nível dos esfíncteres pré-capilares da estria vascular do ouvido interno, diminuindo deste modo a pressão no espaço endolinfático.

Além disso, a beta-histina tem efeitos antagonistas potentes sobre os receptores H3 e aumenta os níveis de neurotransmissores libertados das extremidades nervosas.
A maior quantidade de histamina libertada das terminações nervosas histaminérgicas estimula os receptores H1, aumentando assim os efeitos agonistas directos da beta-histina a nível destes receptores, o que explica os efeitos vasodilatadores potentes da beta-histina no ouvido interno.
Esta acção explica a eficácia da beta-histina no tratamento das vertigens.

Consideradas em conjunto, estas propriedades contribuem para os benefícios terapêuticos na síndrome de Ménière.
A síndrome de Ménière caracteriza-se por crises de vertigens, acufeno, náuseas, cefaleias, perda de audição.

A eficácia da beta-histina pode ser devida à sua capacidade de modificar a circulação do ouvido interno ou ser devida a um efeito directo nos neurónios do núcleo vestibular.

Embora a histamina tenha efeitos inotrópicos positivos sobre o coração, não se sabe se a beta-histina aumenta o débito cardíaco, e o seu efeito vasodilatador pode produzir uma pequena diminuição da pressão arterial em alguns doentes.

No ser humano, a beta-histina tem pouco efeito sobre as glândulas exócrinas.
Posologia orientativa
Adultos:
O tratamento oral inicial é de 8 a 16 mg três vezes por dia.
As doses de manutenção variam geralmente entre 24 e 48 mg por dia.
A dose diária não deve exceder 48 mg.
Administração
Via oral.
Tomar de preferência com as refeições.
Contraindicações
A beta-histina é contra-indicada em doentes com feocromocitoma.
Como a beta-histina é um análogo sintético da histamina pode induzir a libertação de catecolaminas do tumor resultando em hipertensão grave.
Hipersensibilidade à Beta-histina.
Efeitos indesejáveis/adversos
Doenças do sistema nervoso:
Desconhecido: cefaleias e sonolência ocasional.

Doenças gastrointestinais:
Raros (>1/10000, <1/1000): indisposição gastrointestinal, náuseas e dispepsia.

Cardiopatias:
Raros (>1/10000, <1/1000): palpitações.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros (>1/10000, <1/1000): urticária.
Advertências
Condução
Condução:
Condução:Foram notificados casos raros de sonolência associada à beta-histina. Os doentes devem ser aconselhados, se forem afectados deste modo, a evitar actividades que exijam concentração, como conduzir.
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Como medida de precaução, é preferível evitar a utilização de beta-histina durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:Beta-histina não deve ser utilizada durante a amamentação.
Precauções gerais
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com úlcera péptica ou com antecedentes de ulceração péptica, devido à dispepsia ocasional observada em doentes medicados com beta-histina.
Devem tomar-se precauções em doentes com asma brônquica.

Aconselha-se precaução ao prescrever beta-histina a doentes com urticária, exantemas cutâneos ou rinite alérgica, devido à possibilidade de agravamento destes sintomas.

Aconselha-se precaução em doentes com hipotensão grave.
Cuidados com a dieta
Pode tomar com ou sem alimentos.
No entanto, a substância pode causar queixas ao nível do estômago.
Tomar com alimentos pode ajudar a reduzir as queixas de estômago.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.

Os sintomas da sobredosagem com beta-histina são náuseas, vómitos, dispepsia, ataxia e convulsões.

Observaram-se complicações mais graves (convulsões, complicações pulmonares ou cardíacas) em casos de sobredose intencional de beta-histina, especialmente em associação com outros medicamentos em doses excessivas.

Não existe um antídoto específico.

Recomenda-se a lavagem gástrica e o tratamento sintomático.
Terapêutica interrompida
Aguardar até ter de tomar a dose seguinte.
Não tomar uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
Conservar a temperatura inferior a 30º C.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Beta-histina + Pirimetamina

Observações: n.d.
Interacções: Não existem casos comprovados de interacções perigosas. Foi notificado um caso de uma interacção com etanol e um composto que continha pirimetamina e dapsona e de outro caso de potenciação da beta-histina com salbutamol. - Pirimetamina
Usar com precaução

Beta-histina + Dapsona

Observações: n.d.
Interacções: Não existem casos comprovados de interacções perigosas. Foi notificado um caso de uma interacção com etanol e um composto que continha pirimetamina e dapsona e de outro caso de potenciação da beta-histina com salbutamol. - Dapsona
Usar com precaução

Beta-histina + Etanol

Observações: n.d.
Interacções: Não existem casos comprovados de interacções perigosas. Foi notificado um caso de uma interacção com etanol e um composto que continha pirimetamina e dapsona e de outro caso de potenciação da beta-histina com salbutamol. - Etanol
Usar com precaução

Beta-histina + Salbutamol (albuterol)

Observações: n.d.
Interacções: Não existem casos comprovados de interacções perigosas. Foi notificado um caso de uma interacção com etanol e um composto que continha pirimetamina e dapsona e de outro caso de potenciação da beta-histina com salbutamol. - Salbutamol (albuterol)
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Beta-histina + Antagonistas dos Receptores H1 da Histamina

Observações: n.d.
Interacções: Como a beta-histina é um análogo da histamina, a administração simultânea de antagonistas H1 pode causar a atenuação mútua do efeito das substâncias activas. - Antagonistas dos Receptores H1 da Histamina
Usar com precaução

Hidroxizina + Beta-histina

Observações: n.d.
Interacções: Hidroxizina antagoniza o efeito da beta-histina e de medicamentos anticolinesterásicos. - Beta-histina
Usar com precaução

Difenidramina + Dextrometorfano + Beta-histina

Observações: n.d.
Interacções: A difenidramina como anti-histamínico pode teoricamente antagonizar o efeito da histamina e beta-histina. - Beta-histina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Beta-histina
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024