Tricloroetileno

O que é
O Tricoloroetileno é também conhecido pelos nomes de Tri, Triclor e Tricki.

Tricloroetileno (também chamado de tricloreteno), TCE, é uma substância cuja fórmula química é (C2HCl3).

Sua aparência é a de um líquido claro não inflamável, com cheiro adocicado e irritante.

É um hidrocarboneto clorado comummente usado como um solvente industrial e principalmente para o desengorduramento de peças metálicas, ainda que também como ingrediente em adesivos, líquidos, líquidos para remoção de pinturas e para corretores de escrita ("papel líquido") e removedores de manchas.

Foi usado como analgésico volátil, administrado através de inalação em Obstetrícia.
Usos comuns
O TCE é um solvente eficaz para uma variedade de materiais orgânicos.

Quando começou a ser produzido em massa, nos anos 20 do século XX, a maior utilização do TCE era na extração de óleos vegetais de plantas como o coco, soja e Palmeira.

Outras utilizações na indústria alimentar incluem a descafeinização do café e na preparação de extratos de sabores do lúpulo e especiarias.

Também foi utilizado como gás volátil em anestesia.

Também na secagem final da produção de etanol 100% puro.

Entre os anos 30 e os anos 70 do século XX, a maior aplicação do TCE foi como gás anestésico volátil em substituição dos anestésicos originais como o Clorofórmio e Etér, mas começou a ser abandonado já nos anos 50 por compostos novos, como o Halotano, os qual permitia um menor tempo de indução e de recuperação.

Comercializado pela pela ICI com o nome Trilene era corado com uma cor azul para evitar ser confundido com o Clorofórmio que possuí um cheiro similar.

Outra das utilizações do TCE foi como solvente de limpeza em Lavandarias-a-seco, apesar de ter sido substituído em 1950 pelo tetracloroetileno e percloroetileno.

A maior utilização comercial do TCE foi como desengordurante de peças metálicas.

No entanto, a partir dos anos 50 do século XX, a procura começou a diminuir a favor da substância menos tóxica 1,1,1-tricloroetano.

No entanto a produção desta substância foi proibida pelo Protocolo de Montreal e em resultado disso a procura de TCE como desengordurante voltou a aumentar.

O TCE foi também usado no fabrico de uma larga gama de gases refrigerantes halogenados mais conhecido por HFC 134a.
Tipo
Sem informação.
História
Inventado pela ICI na Grã-Bretanha.

O seu desenvolvimento foi saudado como uma revolução ao nível da anestesiologia, pois originalmente pensava-se que possuiria menos Hepatotoxicidade que o Clorofórmio e sem a pungência e inflamabilidade do Éter.

No entanto cedo se descobriu que o TCE possuía várias armadilhas.

Estas incluíam a promoção de arritmias cardíacas, baixa volatilidade para uma indução anestésica rápida, reacções com Cal sodada que se utiliza nos sistemas de captura e absorção de dióxido de carbono que causavam disfunções neurológicas prolongadas e também Hepatotoxicidade tal como na utilização de Clorofórmio.

A introdução do Halotano em 1956 veio diminuir drasticamente a utilização do TCE como anestésico.

No entanto continuou a ser usado como analgésico de inalação auto-administrado em partos.

A toxicidade fetal e preocupações com o potencial carcinogénico do TCE levaram ao seu abandono nos anos 80 de século XX.

Devido às suas preocupações com a sua toxicidade, a utilização do TCE na indústria alimentar e farmacêutica foi sendo banido desde os anos 70 do século XX.

A legislação obrigou à sua substituição em muitos processos na Europa ao classificá-lo como substância cancerígena com a frase de risco R45 – Pode causar cancro.

Recentemente foi anunciado pela EPA a conclusão uma avaliação final de saúde sobre o TCE, tendo publicado novos valores de toxicidade.
Indicações
O TCE é um solvente eficaz para uma variedade de materiais orgânicos.

Quando começou a ser produzido em massa, nos anos 20 do século XX, a maior utilização do TCE era na extração de óleos vegetais de plantas como o coco, soja e Palmeira.

Outras utilizações na indústria alimentar incluem a descafeinização do café e na preparação de extratos de sabores do lúpulo e especiarias.

Também foi utilizado como gás volátil em anestesia.

Também na secagem final da produção de etanol 100% puro.

Entre os anos 30 e os anos 70 do século XX, a maior aplicação do TCE foi como gás anestésico volátil em substituição dos anestésicos originais como o Clorofórmio e Etér, mas começou a ser abandonado já nos anos 50 por compostos novos, como o Halotano, os qual permitia um menor tempo de indução e de recuperação.

Comercializado pela pela ICI com o nome Trilene era corado com uma cor azul para evitar ser confundido com o Clorofórmio que possuí um cheiro similar.

Outra das utilizações do TCE foi como solvente de limpeza em Lavandarias-a-seco, apesar de ter sido substituído em 1950 pelo tetracloroetileno e percloroetileno.

A maior utilização comercial do TCE foi como desengordurante de peças metálicas.

No entanto, a partir dos anos 50 do século XX, a procura começou a diminuir a favor da substância menos tóxica 1,1,1-tricloroetano.

No entanto a produção desta substância foi proibida pelo Protocolo de Montreal e em resultado disso a procura de TCE como desengordurante voltou a aumentar.

O TCE foi também usado no fabrico de uma larga gama de gases refrigerantes halogenados mais conhecido por HFC 134a.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
Sem informação.
Posologia Orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Sem informação.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade ao Tricloroetileno.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Sem informação.
Advertências

Sem informação.

Precauções Gerais
Estudos de medicina ocupacional demonstraram que o TCE tem vários efeitos sobre o ser humano, nomeadamente:

A depressão do Sistema nervoso central é o efeito mais proeminente da exposição ao TCE;

A exposição ocupacional crónica ao TCE está associada a alterações neurológicas;

Relatos de casos de lesões no fígado foram associados à inalação de grandes doses de TCE;

Existe literatura que associa a toxicidade renal ao TCE, mas tal não será de esperar nos níveis de exposição habituais no ambiente dos postos de trabalho.
Não são expetáveis problemas cardíacos nos postos de trabalho expostos aos níveis actualmente previstos de exposição no ar ambiente;

Alguns estudos associam anormalidades reprodutivas e de desenvolvimento ao consumo de água contaminada com TCE;

O TCE é considerado antecipadamente, uma substância cancerígena devido a estudos limitados sobre seres humanos.

No entanto existem evidências suficientes em estudos similares feitos sobre animais;

O TCE é um produto levemente irritante das vias respiratórias e pode produzir Dermatite por contacto.

O TCE pode provocar também:
- Diminuição do apetite;
- Irritação gastrointestinal;
- Dores de cabeça;
- Irritação da pele.

A Hepatoxicidade foi associada primariamente com a inalação de TCE e ingestão em grandes quantidades.

Insuficiência renal tem sido relatada em conjunto com danos hepáticos confirmados.

Arritmias cardíacas podem ser induzidas por exposição a níveis elevados de TCE.

Efeitos neurológicos:

Os efeitos neurológicos da exposição ao TCE, dependem do tempo e concentração do mesmo durante a exposição.

De uma maneira geral são muito aproximados aos efeitos do Álcool.

Em termos de exposição aguda (80 a 120 ppm) os estudos revelam que as pessoas expostas apresentam sinais de enjoo, irritação das mucosas, aumento do tempo de reacção.

Os efeitos desaparecem ao fim de algumas horas.

Em termos de exposição crónica, um estudo feito a 73 trabalhadores que tiveram expostos a TCE desde 1 mês a 15 anos revelou sintomas de:
- Ataxia;
- Diminuição do apetite;
- Dores de cabeça;
- Perda de memória de curta duração;
- Perturbações do sono;
- Vertigens.

Efeitos Hepáticos:
Quando engolido, o TCE causa irritação Gastrointestinal com possíveis inflamações no tracto intestinal que se manifestam como:
- Dores abdominais;
- Diarreia;
- Náuseas;
- Vómitos

A Hepatoxicidade está relacionada primariamente com a inalação intencional.

As exposições crónicas a níveis actualmente admitidos não são susceptíveis de causar danos ao fígado.

Efeitos cardíacos:
A inalação de concentrações elevadas de TCE, normais quando usado como anestésico, revelaram provocar arritmias cardíacas sem no entanto causarem paragens cardíacas.

Efeitos sobre a reprodução e desenvolvimento:
Em comunidades nos Estados Unidos que se descobriu usarem água contaminada com TCE, verificou-se que havia uma correlação com defeitos cardíacos congénitos e vários problemas gestacionais.

Efeitos cancerígenos:
O TCE é considerado cancerígeno pois os estudos em seres humanos são apoiados por evidências de carcinogenicidade em experiências com animais, nos quais os tumores ocorrem em vários sítios idênticos aos dos seres humanos.

A inalação ou exposição oral ao TCE produz cancro do fígado ou do pulmão em ratos.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.
Terapêutica Interrompida
Sem informação.
Cuidados no Armazenamento
Sem informação.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Brometo de ipratrópio + Fenoterol Tricloroetileno

Observações: n.d.
Interacções: A inalação de anestésicos de hidrocarbonetos halogenados, tais como halotano, tricloroetileno e enflurano, pode aumentar a suscetibilidade para os efeitos cardiovasculares dos agonistas-beta. - Tricloroetileno
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Brometo de ipratrópio + Salbutamol Tricloroetileno

Observações: n.d.
Interacções: A inalação de anestésicos de hidrocarbonetos halogenados, tais como o halotano, tricloroetileno e enflurano, pode aumentar a susceptibilidade aos efeitos cardiovasculares dos agonistas beta. - Tricloroetileno
Não recomendado/Evitar

Labetalol Tricloroetileno

Observações: n.d.
Interacções: Utilize com precaução: Os medicamentos anestésicos podem causar atenuação da taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. A continuação do betabloqueio reduz o risco de arritmia durante a indução e a intubação. O anestesiologista deve ser informado quando o doente estiver a tomar um agente betabloqueador. Os agentes anestésicos que causam depressão miocárdica, como o ciclopropano e o tricloroetileno, devem ser evitados. - Tricloroetileno
Usar com precaução

Cloridrato de Levobupivacaína + Hemitartarato de Epinefrina Tricloroetileno

Observações: n.d.
Interacções: Arritmias cardíacas graves podem ocorrer se preparações contendo um vasoconstritor, como a epinefrina, são empregadas durante ou após a administração de anestésicos inalatórios como clorofórmio, halotano, ciclopropano e tricloroetileno. - Tricloroetileno
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Tricloroetileno
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021