Pepsina

DCI com Advertência na Gravidez
O que é
No que toca à sua estrutura, é uma proteína monomérica com elevada percentagem de resíduos ácidos.

O peso molecular da pepsina é aproximadamente 34,5 kDa , enquanto o pepsinogénio (precursor da pepsina) ronda os 41,4 kDa.

Para a pepsina ser activa, terá de ser adicionado um protão a um dos dois resíduos de aspartato no centro activo, e retirado um protão ao outro (isto ocorre entre pH 1 e 5).

Acima de pH 7 a pepsina é irreversivelmente desnaturada.

A pepsina é a principal enzima proteolítica activa secretada pelo suco gástrico, solução aquosa rica em ácido clorídrico e em enzimas que actuam na digestão de proteínas.

Existem células especializadas na secreção de ácido clorídrico (células parietais), o que faz com que o ambiente gástrico seja extremamente ácido.

Estas células produzem uma enzima gástrica inactivada (pepsinogénio) que ao entrar em contacto com o HCl transforma-se em pepsina (forma activa).

Este contacto com o HCl é crucial, visto que a pepsina só reage em meio acido.

O principal activador da pepsina é o pepsinogénio, enquanto que os seus inibidores são álcoois alifáticos e a pepstatina A.

A pepsina tem a função de digerir proteínas, através da catalisação da hidrolise dessas moléculas quebrando as ligações peptídicas entre alguns aminoácidos, é específica para certos pontos da proteína, e, portanto, não ocorre uma digestão completa.

Os produtos dessa quebra são cadeias de aminoácidos relativamente longas, como as peptonas, mas há aminoácidos que se libertam completamente como a fenilalanina, o triptofano e a tirosina principalmente.

A deficiência de pepsina no organismo pode ser causada principalmente por problemas fisiológicos, como a acloridria, deficiência na secreção ácida no estômago, ou resultantes da utilização de certos medicamentos que inibem a secreção de ácido clorídrico no estômago, como os anti-ulcerativos e os antiácidos.

Problemas fisiológicos deste tipo impossibilita a conversão do pepsinogénio em pepsina. Esta deficiência acarreta em uma má digestão proteica, facto que pode fazer aumento o tempo de digestão e causar acumulação de proteínas no intestino, causando fermentação (pelas bactérias presentes no intestino) e deficiência na absorção de aminoácidos pelo organismo.

A pepsina pode ser extraída do estômago de suínos e bovinos e utilizada pela indústria alimentícia na produção de coagulantes de leite e amaciadores de carne.
Usos comuns
Usado como substituto da enzima pancreática na insuficiência pancreática. Destina-se a imitar a pepsina humana produzida naturalmente.

A pepsina em pó é preparada a partir da mucosa gástrica de suínos, bovinos ou ovinos. No laboratório, é usado principalmente para a hidrólise inespecífica de proteínas e peptídeos em meio ácido. Além disso, fornece hidrólise limitada de imunoglobulinas nativas, produzindo fragmentos biologicamente activos.

Em certos suplementos, a pepsina pode ser combinada com betaína e HCl (ácido clorídrico) para auxiliar na digestão em várias condições gastrointestinais.
Tipo
Biotecnologia.
História
A pepsina foi descoberta por Theodor Schwann em 1835 após ter sido extraída de uma glândula da parede estomacal.
Após a descoberta desta enzima, Theodor demonstrou que uma vez misturado com ácido clorídrico (que já era reconhecido como um dos constituintes do suco gástrico) um extracto, preparado a partir de glândulas do tecido estomacal, exibia uma maior capacidade de “dissolver” carne do que o ácido clorídrico sozinho.
O nome “Pepsi” (marca de refrigerantes) tem esse nome por ter pepsina na sua constituição e, inicialmente, era utilizada como um medicamento para curar a dispepsia.
Indicações
A pepsina está indicada no tratamento de insuficiência digestiva gástrica, gastrite e gastrenterite crónica.
É usada também como redutor de gases intestinais e tratamento auxiliar das dispepsias.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
No revestimento da membrana mucosa do estômago produzem e armazenam uma proteína inactiva chamada pepsinogénio.
Impulsos do nervo vago e as secreções hormonais das hormonas gastrina e secretina promovem a libertação de pepsinogénio no estômago, onde é misturado com ácido clorídrico e rapidamente convertido na enzima pepsina activa.
A potência digestiva da pepsina é mais alta no pH ácido do suco gástrico normal.
No intestino, os ácidos gástricos são neutralizados e a pepsina não é mais eficaz.

Pepsina, a enzima proteolítica do estômago é normalmente responsável por menos de 20% da digestão de proteínas que ocorre no tracto gastrointestinal. É uma enzima endopeptidase que metaboliza proteínas para peptídeos. Preferencialmente hidrolisa ligações peptídicas onde um dos aminoácidos é aromático. A pepsina, como outras enzimas proteases, é produzida a partir de um precursor inactivo, o pepsinogênio, que é armazenado na forma de grânulos nas células principais do estômago e libertada por um processo chamado exocitose.

No tracto digestivo, a actividade da pepsina contribui apenas para a quebra parcial das proteínas em unidades menores chamadas peptídeos, que então são absorvidas do intestino na corrente sanguínea ou são decompostas por enzimas pancreáticas.
Posologia Orientativa
Segundo indicação do médico.
Administração
Via oral.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Pepsina.
O uso de pepsina em em grávidas deve ser evitado sem indicação médica.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Os principais efeitos secundários da pepsina incluem tremores, tonturas e prisão de ventre.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O uso de pepsina em em grávidas deve ser evitado sem indicação médica.
Precauções Gerais
Sem informação.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.
Terapêutica Interrompida
Sem informação.
Cuidados no Armazenamento
As pepsinas devem ser armazenadas a temperaturas muito baixas (entre -80° C e -20° C) para evitar autólise (auto-digestão).
Em recipiente bem fechado, protegido da luz e em refrigerador.

Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Sem Resultados
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

O uso de pepsina em em grávidas deve ser evitado sem indicação médica.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024