Paraquat
O que é
Paraquat, a nomenclatura conforme a IUPAC é 1,1'-dimetil-4,4'-bipiridina-dicloreto é um viológeno.
O paraquat (PQ) é um herbicida não selectivo, eficaz e sem efeito cumulativo no meio ambiente, mas é muito tóxico para os seres humanos, produzindo elevada mortalidade, não existindo antídoto eficaz, pelo que se tem recorrido a estratagemas tais como adição de corantes, odores e emetizantes, diminuição da concentração e da acessibilidade.
Pode ocasionar intoxicações fatais quando ingerido por via oral, por absorção cutânea em especial se p ele lesada e, possivelmente também, por inalação, quer de forma acidental quer intencional, no contexto de suicídio ou homicídio, sendo, neste último caso, um desafio clínico.
O paraquat (PQ) é um herbicida não selectivo, eficaz e sem efeito cumulativo no meio ambiente, mas é muito tóxico para os seres humanos, produzindo elevada mortalidade, não existindo antídoto eficaz, pelo que se tem recorrido a estratagemas tais como adição de corantes, odores e emetizantes, diminuição da concentração e da acessibilidade.
Pode ocasionar intoxicações fatais quando ingerido por via oral, por absorção cutânea em especial se p ele lesada e, possivelmente também, por inalação, quer de forma acidental quer intencional, no contexto de suicídio ou homicídio, sendo, neste último caso, um desafio clínico.
Usos comuns
É um herbicida.
Tipo
Sem informação.
História
O Paraquat foi produzido pela primeira vez, com propósitos comerciais pela Sinon Corporation, em 1961 para ICI, (actualmente pela Syngenta) e é hoje um dos herbicidas mais usados.
A União Europeia autorizou o uso do Paraquat em 2004.
Na Suécia o Paraquat é proibido desde 1983, por causa da sua aguda toxicidade, acção tóxica irreversível e pelo grande risco de acidentes fatais.
A União Europeia autorizou o uso do Paraquat em 2004.
Na Suécia o Paraquat é proibido desde 1983, por causa da sua aguda toxicidade, acção tóxica irreversível e pelo grande risco de acidentes fatais.
Indicações
É um herbicida.
Classificação CFT
N.D.
Mecanismo De Acção
O PQ actua mediante mecanismos de indução de stress oxidativo, sendo reduzido a um radical livre instável e reoxidado a radical superóxido, associando-se a oxidação do NADPH e originando falência dos sistemas antioxidantes (superoxidismutase, catalase, glutatião - peroxidase, vitaminas C e E).
Posologia Orientativa
Sem informação.
Administração
Sem informação.
Contra-Indicações
Não aplicável.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Sem informação.
Advertências
Sem informação.
Precauções Gerais
Sem informação.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.
O quadro clínico e laboratorial pode incluir vómitos, diarreia, lesões cáusticas ulcerosas orais e faríngeas, hipocaliemia, elevação das aminotransferases, bilirrubina, amilase e creatinoquinase, insuficiência renal e insuficiência respiratória.
Este quadro varia conforme a quantidade ingerida.
Se a ingestão for de 20 a 40 mg /Kg, nas primeiras horas há dor orofaríngea, retroesternal e epigástrica, vómitos e diarreia; entre o 2º e o 5º dia assiste-se a insuficiência renal e lesão hepatocelular, e entre o 5º e o 10º dia instala-se insuficiência respiratória, fibrose pulmonar e morte.
Se a ingestão for inferior a 20 mg/ Kg, apenas se encontram manifestações digestivas.
Se superior a 40 mg/Kg, é rapidamente mortal.
Quando ingerido, o PQ pode causar morte rápida por lesões cáusticas gastrintestinais, falência multissistémica e choque cardiovascular, ou morte tardia por fibrose pulmonar progressiva.
Saliente-se que o tratamento deverá ser precoce, senão será em vão.
Com a terapêutica adequada e atempada, a sobrevivência não é impossível.
As medidas que pretendem reduzir a absorção intestinal são a lavagem gástrica, carvão activado e ou terras argilosas, como Terra de Fuller, bentonite e laxantes, como o sulfato de magnésio e citrato de magnésio.
Para aumentar a eliminação renal, recorre-se à diurese forçada, com soros, furosemida, manitol e suplementação de potássio, e, também, à hemodiálise / hemoperfusão com carvão activado.
A hemoperfusão com carvão é a técnica mais eficaz.
No entanto, se não estiver disponível, poder-se-á recorrer à hemodiálise convencional, desde que seja precoce.
Para prevenir e tratar a lesão pulmonar não se deve administrar FiO2 superior a 21%, pois acelera o processo oxidativo e aumenta a mortalidade, havendo mesmo quem defenda a hipoxigenação mediante a adição de nitrogénio durante a ventilação mecânica, quando esta seja necessária.
Foi testada a utilização de óxido nítrico num doente com ARDS terminal, parecendo reduzir o shunt intrapulmonar direito - esquerdo 25,26 .
Há também referência à radioterapia pulmonar, para tentar obter algum efeito benéfico em relação à lesão pulmonar produzida pelo PQ, com resultados contraditórios; no entanto, só se deve fazer o diagnóstico de fibrose irreversível ao fim de um ano.
Para quem desenvolve ARDS devido a intoxicação pelo PQ, pode-se também recorrer a transplante de pulmão, como sucedeu a um jovem de 17 anos transplantado com sucesso, embora nem sempre seja eficaz.
Quanto à utilização de fármacos, foram testados fármacos imunossupressores, como corticóides e citostáticos, e fármacos antioxidantes, tais como desferroxamina, N - acetilcisteína, vitaminas C e E, superoxidodismutase e selénio, entre outros.
Quanto à utilização de outros fármacos, refira-se a terapêutica com medidas gerais e hemodiálise seguida de terapêutica antioxidante com desferroxamina (quelante de ferro e antioxidante), na dose de 100 mg /Kg em 24 horas, e infusão contínua de acetilcisteína, na dose de 300 mg/ Kg /d, durante três semanas, após o que um doente sobreviveu.
O quadro clínico e laboratorial pode incluir vómitos, diarreia, lesões cáusticas ulcerosas orais e faríngeas, hipocaliemia, elevação das aminotransferases, bilirrubina, amilase e creatinoquinase, insuficiência renal e insuficiência respiratória.
Este quadro varia conforme a quantidade ingerida.
Se a ingestão for de 20 a 40 mg /Kg, nas primeiras horas há dor orofaríngea, retroesternal e epigástrica, vómitos e diarreia; entre o 2º e o 5º dia assiste-se a insuficiência renal e lesão hepatocelular, e entre o 5º e o 10º dia instala-se insuficiência respiratória, fibrose pulmonar e morte.
Se a ingestão for inferior a 20 mg/ Kg, apenas se encontram manifestações digestivas.
Se superior a 40 mg/Kg, é rapidamente mortal.
Quando ingerido, o PQ pode causar morte rápida por lesões cáusticas gastrintestinais, falência multissistémica e choque cardiovascular, ou morte tardia por fibrose pulmonar progressiva.
Saliente-se que o tratamento deverá ser precoce, senão será em vão.
Com a terapêutica adequada e atempada, a sobrevivência não é impossível.
As medidas que pretendem reduzir a absorção intestinal são a lavagem gástrica, carvão activado e ou terras argilosas, como Terra de Fuller, bentonite e laxantes, como o sulfato de magnésio e citrato de magnésio.
Para aumentar a eliminação renal, recorre-se à diurese forçada, com soros, furosemida, manitol e suplementação de potássio, e, também, à hemodiálise / hemoperfusão com carvão activado.
A hemoperfusão com carvão é a técnica mais eficaz.
No entanto, se não estiver disponível, poder-se-á recorrer à hemodiálise convencional, desde que seja precoce.
Para prevenir e tratar a lesão pulmonar não se deve administrar FiO2 superior a 21%, pois acelera o processo oxidativo e aumenta a mortalidade, havendo mesmo quem defenda a hipoxigenação mediante a adição de nitrogénio durante a ventilação mecânica, quando esta seja necessária.
Foi testada a utilização de óxido nítrico num doente com ARDS terminal, parecendo reduzir o shunt intrapulmonar direito - esquerdo 25,26 .
Há também referência à radioterapia pulmonar, para tentar obter algum efeito benéfico em relação à lesão pulmonar produzida pelo PQ, com resultados contraditórios; no entanto, só se deve fazer o diagnóstico de fibrose irreversível ao fim de um ano.
Para quem desenvolve ARDS devido a intoxicação pelo PQ, pode-se também recorrer a transplante de pulmão, como sucedeu a um jovem de 17 anos transplantado com sucesso, embora nem sempre seja eficaz.
Quanto à utilização de fármacos, foram testados fármacos imunossupressores, como corticóides e citostáticos, e fármacos antioxidantes, tais como desferroxamina, N - acetilcisteína, vitaminas C e E, superoxidodismutase e selénio, entre outros.
Quanto à utilização de outros fármacos, refira-se a terapêutica com medidas gerais e hemodiálise seguida de terapêutica antioxidante com desferroxamina (quelante de ferro e antioxidante), na dose de 100 mg /Kg em 24 horas, e infusão contínua de acetilcisteína, na dose de 300 mg/ Kg /d, durante três semanas, após o que um doente sobreviveu.
Terapêutica Interrompida
Não aplicável.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.

Oxigénio Paraquat
Observações: Não foram descritas quaisquer interações com o Oxigénio. Descrevem-se a seguir as interações com oxigénio 100% v/v. Desconhece-se se estas poderão também estar associadas ao oxigénio 22% v/v.Interacções: Os doentes com lesão pulmonar pré-existente por radicais de oxigénio podem ver esta lesão exacerbada com terapia por oxigénio, por exemplo no tratamento de intoxicação por paraquat. - Paraquat

Protóxido de azoto + Oxigénio Paraquat
Observações: n.d.Interacções: Uma fração elevada de oxigénio pode potenciar toxicidade pulmonar provocada pela exposição a agentes como o paraquat que são tóxicos para os pulmões. - Paraquat

O paraquat (PQ) é um herbicida não selectivo, eficaz e sem efeito cumulativo no meio ambiente, mas é muito tóxico para os seres humanos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 21 de Fevereiro de 2023