Lauromacrogol 400

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Venotrópico.

Além da sua actual Denominação Comum Internacional (DCI), a substância activa é também conhecida por polidocanol (DCI anterior).
Usos comuns
Escleroterapia de varizes e hemorróidas.
Tipo
Molécula pequena.
História
Sem informação.
Indicações
Está indicado para escleroterapia de veias varicosas e da doença hemorroidal.
Classificação CFT

3.6 : Venotrópicos

Mecanismo De Acção
O lauromacrogol 400 danifica o endotélio dos vasos sanguíneos e possivelmente outras camadas da parede das veias, sendo o seu efeito dependente da concentração e do volume. A longo prazo as veias afectadas transformam-se definitivamente num cordão fibroso. O resultado funcional da escleroterapia é equivalente ao da remoção cirúrgica de uma veia varicosa.

A aplicação de compressão após a escleroterapia de veias varicosas comprime as paredes das veias que apresentam lesões, de forma a evitar uma excessiva formação de trombos e a recanalização do trombo parietal inicialmente formado. Tal dá origem à desejada transformação em tecido fibroso e, consequentemente, à esclerose.

A escleroterapia da doença hemorroidal provoca uma reacção inflamatória discreta do tecido em redor do local da injecção. Esta reacção resulta numa esclerose localizada do tecido submucoso e consequentemente na fixação do tecido hemorroidal ao tecido subjacente, evitando assim o prolapso. Adicionalmente, a obliteração dos vasos sanguíneos no nódulo hemorroidário e na sua proximidade origina uma diminuição do aporte sanguíneo ao nódulo hemorroidário e assim uma redução do volume da massa hemorroidária.

Adicionalmente, o lauromacrogol 400 possui um efeito anestésico local e suprime, a nível local e de forma reversível, a excitabilidade das terminações dos órgãos sensoriais (receptores) assim como a capacidade de condução das fibras nervosas sensoriais.
Posologia Orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Recomendamos a utilização de seringa de vidro de 2 ml ou 3 ml e não de plástico; agulha de bisel curto fino (5-10) a ser inserido obliquamente com o bisel para cima. Nunca injectar em uma artéria para o risco inerente a todos esclerosante, para causar necrose grave.

As injecções devem ser realizados estrictamente por via intravenosa.
Contra-Indicações
Escleroterapia de varizes,
Pacientes com doença sistémica aguda grave (especialmente em pacientes não tratados),
Hipersensibilidade à lauromacrogol 400,
Pacientes com doença sistémica aguda grave (especialmente em pacientes não tratados),
Pacientes imobilizados,
Pacientes com doença arterial obstrutiva grave (estágios III e IV de Fontaine),
Os doentes com tromboembolismo,
Pacientes com alto risco de trombose (por exemplo Doentes com trombofilias hereditárias com fatores de risco conhecidos ou múltiplas, incluindo contraceptivos hormonais ou terapia de reposição hormonal, obesidade, tabagismo e longos períodos de imobilidade),
Pacientes com doença sistêmica aguda grave (especialmente se nenhum tratamento),
Os pacientes com inflamação aguda na região anal (proctite aguda).
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Tratamento de varizes:
Observaram-se reacções adversas locais (ex: necrose), especialmente na pele e no tecido circundante da variz na veia (e, em casos raros, nos nervos) durante o tratamento de varizes nas veias da perna após uma injecção inadvertida no tecido circundante. O risco aumenta quando aumentam as concentrações e os volumes deste medicamento.

As seguintes reacções adversas foram observadas com as frequências descritas em seguida:

Frequentes (podem afectar até 1 em 10 pessoas)
Aparecimento de vasos sanguíneos na zona esclerosada que não eram visíveis antes do tratamento (neovascularização), nódoa negra (hematoma), descoloração da pele (hiperpigmentação), hemorragia na pele (equimose), dor no local da injecção (a curto prazo), trombose no local da injecção (coágulos de sangue localizados no interior das varizes).

Pouco frequentes (podem afectar até 1 em 100 pessoas)
Inflamação na veia (tromboflebite superficial, flebite), inflamação alérgica da pele (dermatite), erupções na pele (urticária de contacto), reacção na pele, vermelhidão da pele (eritema), morte do tecido no local (necrose), endurecimento do tecido, inchaço, lesão no nervo.

Raros (podem afectar até 1 em 1.000 pessoas)
Trombose venosa profunda (possivelmente devido a doença subjacente) e dor na extremidade

Muito raros (podem afectar até 1 em 10.000 pessoas)
Choque anafiláctico (reacção alérgica súbita com risco de vida, cujos sintomas são: súbita dificuldade em respirar, tonturas, queda da tensão arterial), angioedema (cujos sintomas incluem: inchaços súbitos, especialmente na face, como por exemplo, nas pálpebras, lábios ou laringe), erupções na pele (urticária generalizada), asma (ataque de asma), apoplexia (acidente vascular cerebral), fraqueza que provoca perda de movimento num dos lados do corpo (hemiparese), dor de cabeça, enxaqueca (rara com microespuma esclerosante), alterações sensoriais locais (parestesias locais), diminuição da sensação ou da sensibilidade na boca (hipoestesia oral), perda de consciência, confusão, alteração da fala a nível central (afasia), dificuldade em controlar os movimentos (ataxia), tonturas, alterações na visão (raras com a microespuma esclerosante), ataque cardíaco (paragem cardíaca), batimentos do coração rápidos ou irregulares (palpitações), bloqueio da artéria do pulmão (embolismo pulmonar), desmaio (síncope vasovagal), colapso circulatório, inflamação da parede do vaso sanguíneo (vasculite), dificuldade em respirar (dispneia), sensação de pressão no peito, tosse, alterações do paladar, náuseas, vómitos, crescimento excessivo de pelos (hipertricose) na zona da escleroterapia, febre, afrontamentos, fraqueza não habitual (astenia), sensação de mau estar geral (mal estar), tensão arterial anómala, ritmo anómalo do coração.

Tratamento das hemorróidas
No tratamento das hemorróidas observaram-se, durante a após a injecção, reacções adversas locais, tais como queimadura, dor, desconforto e sensação de pressão, especialmente na parte superior esquerda do ânus no homem (zona da próstata). Estas reacções são de natureza temporária e podem durar 2-3 dias em casos raros.
A escleroterapia das hemorróidas é indolor se for utilizada uma técnica adequada, uma vez que não existem fibras nervosas sensoriais na zona da injecção.

Adicionalmente, foram observadas as seguintes reacções adversas com as frequências apresentadas em seguida:
Frequentes (podem afectar até 1 em 10 pessoas)
Sensação de queimadura da mucosa, dor no local da injecção, desconforto, sensação de pressão

Pouco frequentes (podem afectar até 1 em 100 pessoas)
Inflamação do ânus e/ou recto (proctite), comichão na pele em redor do ânus (prurido anal), inflamação alérgica da pele (dermatite alérgica), erupções na pele (urticária de contacto), reacção na pele, endurecimento do tecido

Raros (podem afectar até 1 em 1.000 pessoas)
Morte localizada do tecido (necrose), que raramente se estende ao tecido circundante da hemorroida, sangramento no local da injecção, trombose no local da injecção (dentro da hemorroida)

Muito raros (podem afectar até 1 em 10.000 pessoas)
Choque anafiláctico (reacção alérgica súbita com risco de vida, cujos sintomas são: súbita dificuldade em respirar, tonturas, queda da tensão arterial), angioedema (cujos sintomas incluem: inchaços súbitos, especialmente na face, como por exemplo, nas pálpebras, lábios ou laringe), erupções na pele (urticária generalizada), asma (ataque de asma), perda de consciência, confusão, tonturas, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares (palpitações), desmaio (síncope vasovagal), colapso circulatório, náuseas, disfunção eréctil, febre, tensão arterial anómala.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Não deve ser usado durante a gravidez a menos que a sua utilização seja claramente necessária.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Caso seja necessário efectuar uma escleroterapia durante a amamentação, é aconselhável suspender a amamentação durante 2-3 dias.
Precauções Gerais
Fale com o médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar este medicamento:
se tem febre;
se sofre de episódios de dificuldade em respirar (asma brônquica);
se sofre de uma forte predisposição para alergias;
se o seu estado de saúde geral é muito débil;
se pretende efectuar escleroterapia de veias muito finas: em doentes com alterações na circulação arterial (doença arterial oclusiva, grau II da classificação de Fontaine);
se tem as pernas inchadas com acumulação de líquido (edema) e se este inchaço não melhorar com a aplicação de ligaduras de compressão ou meia elástica;
se sofre de uma doença inflamatória da pele na zona do tratamento;
se tem sintomas de uma oclusão dos vasos sanguíneos mais pequenos, por exemplo, devido a diabetes (microangiopatia) e diminuição das sensações (neuropatia);
se a sua mobilidade é reduzida.

Fale com o médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de efectuar escleroterapia com microespuma:
se tem uma abertura no septo cardíaco diagnosticada, mesmo que o desvio de sangue da direita para a esquerda não provoque sinais de doença/não seja acompanhado de quaisquer sintomas (“shunt” direita - esquerda conhecido assintomático);
se tem antecedentes de perda de visão ou disfunção dos nervos (sintomas visuais ou neurológicos) após uma escleroterapia com microespuma efectuada anteriormente.

Advertências e precauções no tratamento de hemorróidas
se tem febre;
se sofre de episódios de dificuldade em respirar (asma brônquica);
se sofre de uma forte predisposição para alergias;
se o seu estado de saúde geral é muito débil;
se tem uma doença inflamatória crónica do intestino (por exemplo, doença de Crohn).
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Escleroterapia de veias varicosas
A sobredosagem local (provocada pelo facto do volume injetado ou da concentração serem demasiado elevados) pode provocar necrose local, especialmente após uma injecção paravenosa.

Escleroterapia da doença hemorroidal
A sobredosagem local (provocada pelo facto do volume injetado ou da concentração serem demasiado elevados) pode provocar necrose tecidular local, possivelmente extensível ao tecido circundante.
Terapêutica Interrompida
Este medicamento é administrado em meio hospitalar.
Cuidados no Armazenamento
Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Contraindicado

Lauromacrogol 400 Anti-hipertensores

Observações: n.d.
Interacções: Não deve ser administrado em simultâneo com anti-hipertensivos. - Anti-hipertensores
Contraindicado

Lauromacrogol 400 Anticoagulantes orais

Observações: n.d.
Interacções: Não deve ser administrado em simultâneo com anticoagulantes. - Anticoagulantes orais
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Lauromacrogol 400
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Não deve ser usado durante a gravidez a menos que a sua utilização seja claramente necessária.

Caso seja necessário efectuar uma escleroterapia durante a amamentação, é aconselhável suspender a amamentação durante 2-3 dias.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024