Idelalisib

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
É um medicamento contra o cancro.
Actua bloqueando os efeitos de uma enzima envolvida na multiplicação e sobrevivência de glóbulos brancos chamados linfócitos.
Como esta enzima está hiperativada em certos glóbulos brancos cancerosos, através do seu bloqueio, Idelalisib mata e diminui o número de células cancerosas.
Usos comuns
Este medicamento pode ser utilizado para o tratamento de dois cancros diferentes:
Leucemia linfocítica crónica:
A leucemia linfocítica crónica (LLC) é um cancro de um tipo de glóbulos brancos chamados linfócitos B. Nesta doença, os linfócitos multiplicam-se muito rapidamente e vivem durante demasiado tempo, de modo que existem demasiados destes linfócitos a circular no sangue.
Na LLC, este medicamento é utilizado em associação com outro medicamento, chamado rituximab, em doentes que têm certos factores de alto risco ou em doentes cujo cancro voltou a aparecer após pelo menos um tratamento anterior.

Linfoma folicular:
O linfoma folicular (LF) é um cancro de um tipo de glóbulos brancos chamados linfócitos B.
No linfoma folicular, os linfócitos B multiplicam-se muito rapidamente e vivem durante demasiado tempo, de modo que existem demasiados destes linfócitos nos gânglios linfáticos.
No LF, este medicamento é utilizado por si só em doentes cujo cancro não respondeu a tratamento com dois tratamentos anteriores contra o cancro.
Tipo
Molécula pequena.
História
Em julho de 2014, o FDA e a EMA concederam a aprovação do idelalisib para tratar diferentes tipos de leucemia.
O FDA também recebe a aprovação para idelalisib para tratar pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B foliculares recidivantes e linfoma linfocítico pequeno recidivado.
Idelalisib destina-se a ser usado em pacientes que receberam pelo menos duas terapias sistémicas anteriores.
Indicações
Este medicamento está indicado em associação com rituximab para o tratamento de doentes adultos com leucemia linfocítica crónica (LLC):
• que receberam pelo menos uma terapêutica anterior, ou
• como tratamento de primeira linha na presença de uma deleção em 17p ou uma mutação da TP53 em doentes que não são elegíveis para quimio-imunoterapia.
Este medicamento é indicado como monoterapia para o tratamento de doentes adultos com linfoma folicular (LF) que é refratário a duas linhas anteriores de tratamento.
Classificação CFT

16.1.9 : Outros citotóxicos

Mecanismo De Acção
O idelalisib inibe a fosfatidilinositol 3-cinase p110δ (PI3Kδ), que está hiperactiva em neoplasias malignas das células B e é essencial para as vias múltiplas de sinalização que estimulam a proliferação, sobrevivência, ecotaxis e retenção das células malignas nos tecidos linfóides e na medula óssea.
O idelalisib é um inibidor selectivo da ligação da adenosina-5’-trifosfato (ATP) ao domínio catalítico da PI3Kδ, resultando na inibição da fosforilação do segundo mensageiro lipídico essencial, o fosfatidilinositol, e na prevenção da fosforilação da Akt (proteína cinase B).
O idelalisib induz a apoptose e inibe a proliferação em linhagens celulares derivadas de células B malignas e em células tumorais primárias. Através da inibição da sinalização pelos receptores das quimiocinas CXCR4 e CXCR5, a qual é induzida respectivamente pelas quimiocinas CXCL12 e CXCL13, o idelalisib inibe a ecotaxis e a retenção das células B malignas no microambiente tumoral, incluindo os tecidos linfóides e a medula óssea.
Posologia Orientativa
A dose recomendada é de 150 mg, tomada por via oral, duas vezes por dia.
O tratamento deve continuar até à progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Administração
O tratamento com este medicamento deve ser conduzido por um médico com experiência na utilização de terapêuticas anticancerígenas.

Engula o comprimido inteiro.
Não mastigue ou esmague o comprimido.
Fale com o seu médico se tiver problemas em engolir comprimidos.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade ao Idelalisib.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Efeitos secundários muito frequentes (podem afectar mais do que 1 em cada 10 pessoas)
• diarreia/inflamação do intestino grosso
• erupção na pele
• diminuição do número de glóbulos brancos
• infecções
• febre

Efeitos secundários frequentes (podem afectar até 1 em cada 10 pessoas)
• inflamação dos pulmões.

As análises ao sangue também podem revelar:
• aumento dos níveis de enzimas do fígado ou gorduras no sangue.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Não é recomendado durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:A amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento.
Precauções Gerais
Informe o médico:
• se tem problemas de fígado.
• se tem quaisquer outros problemas de saúde.
Necessitará de fazer regularmente análises ao sangue antes e durante o tratamento com este medicamento.
Estas são para verificar se o seu fígado está a funcionar correctamente. Se necessário, o médico pode decidir parar o tratamento durante algum tempo para permitir que o seu fígado recupere, antes de começar novamente o tratamento na mesma dose ou numa dose mais baixa.

Este medicamento pode causar diarreia grave.
Ao primeiro sinal de diarreia informe imediatamente o médico.

Este medicamento pode causar inflamação dos pulmões.
Informe imediatamente o médico:
• se tem uma tosse recente ou agravamento da tosse
• se tem falta de ar ou dificuldade em respirar

Não administre este medicamento a crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade, porque o mesmo não foi estudado neste grupo etário.
Cuidados com a Dieta
O idelalisib pode ser tomado com ou sem alimentos.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Caso ocorra uma sobredosagem, o doente tem de ser monitorizado quanto a sinais de toxicidade.
O tratamento da sobredosagem consiste em medidas gerais de suporte incluindo monitorização dos sinais vitais e observação do estado clínico do doente.
Terapêutica Interrompida
Tome cuidado para não se esquecer de tomar uma dose.
No caso de se esquecer de tomar uma dose menos de 6 horas após a hora habitual, tome a dose esquecida imediatamente.
Depois tome a dose seguinte como é habitual.
No caso de se esquecer de tomar uma dose mais de 6 horas após a hora habitual, tome a dose seguinte à hora habitual.
Cuidados no Armazenamento
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Não recomendado/Evitar

Idelalisib Rifampicina (rifampina)

Observações: O idelalisib é metabolizado principalmente através da aldeído oxidase e, numa menor extensão, através da CYP3A e por glucuronidação (UGT1A4). O seu metabolito principal é o GS-563117, que não é farmacologicamente ativo. O idelalisib e o GS-563117 são substratos da P-gp e da BCRP. O metabolito principal de idelalisib, GS-563117, é um inibidor potente da CYP3A.
Interacções: Um estudo clínico de interacção medicamentosa verificou que a co-administração de uma dose única de 150 mg de idelalisib com rifampicina (um indutor potente da CYP3A) resultou numa diminuição de ~75% da AUCinf de idelalisib. A co-administração de deste medicamento com indutores moderados ou potentes da CYP3A como a rifampicina, fenitoína, hipericão ou carbamazepina deve ser evitada, dado que pode resultar numa diminuição da eficácia. - Rifampicina (rifampina)
Não recomendado/Evitar

Idelalisib Fenitoína

Observações: O idelalisib é metabolizado principalmente através da aldeído oxidase e, numa menor extensão, através da CYP3A e por glucuronidação (UGT1A4). O seu metabolito principal é o GS-563117, que não é farmacologicamente ativo. O idelalisib e o GS-563117 são substratos da P-gp e da BCRP. O metabolito principal de idelalisib, GS-563117, é um inibidor potente da CYP3A.
Interacções: Um estudo clínico de interacção medicamentosa verificou que a co-administração de uma dose única de 150 mg de idelalisib com rifampicina (um indutor potente da CYP3A) resultou numa diminuição de ~75% da AUCinf de idelalisib. A co-administração de deste medicamento com indutores moderados ou potentes da CYP3A como a rifampicina, fenitoína, hipericão ou carbamazepina deve ser evitada, dado que pode resultar numa diminuição da eficácia. - Fenitoína
Não recomendado/Evitar

Idelalisib Hipericão (Erva de S. João; Hypericum perforatum)

Observações: O idelalisib é metabolizado principalmente através da aldeído oxidase e, numa menor extensão, através da CYP3A e por glucuronidação (UGT1A4). O seu metabolito principal é o GS-563117, que não é farmacologicamente ativo. O idelalisib e o GS-563117 são substratos da P-gp e da BCRP. O metabolito principal de idelalisib, GS-563117, é um inibidor potente da CYP3A.
Interacções: Um estudo clínico de interacção medicamentosa verificou que a co-administração de uma dose única de 150 mg de idelalisib com rifampicina (um indutor potente da CYP3A) resultou numa diminuição de ~75% da AUCinf de idelalisib. A co-administração de deste medicamento com indutores moderados ou potentes da CYP3A como a rifampicina, fenitoína, hipericão ou carbamazepina deve ser evitada, dado que pode resultar numa diminuição da eficácia. - Hipericão (Erva de S. João; Hypericum perforatum)
Não recomendado/Evitar

Idelalisib Carbamazepina

Observações: O idelalisib é metabolizado principalmente através da aldeído oxidase e, numa menor extensão, através da CYP3A e por glucuronidação (UGT1A4). O seu metabolito principal é o GS-563117, que não é farmacologicamente ativo. O idelalisib e o GS-563117 são substratos da P-gp e da BCRP. O metabolito principal de idelalisib, GS-563117, é um inibidor potente da CYP3A.
Interacções: Um estudo clínico de interacção medicamentosa verificou que a co-administração de uma dose única de 150 mg de idelalisib com rifampicina (um indutor potente da CYP3A) resultou numa diminuição de ~75% da AUCinf de idelalisib. A co-administração de deste medicamento com indutores moderados ou potentes da CYP3A como a rifampicina, fenitoína, hipericão ou carbamazepina deve ser evitada, dado que pode resultar numa diminuição da eficácia. - Carbamazepina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Idelalisib Cetoconazol

Observações: O idelalisib é metabolizado principalmente através da aldeído oxidase e, numa menor extensão, através da CYP3A e por glucuronidação (UGT1A4). O seu metabolito principal é o GS-563117, que não é farmacologicamente ativo. O idelalisib e o GS-563117 são substratos da P-gp e da BCRP. O metabolito principal de idelalisib, GS-563117, é um inibidor potente da CYP3A.
Interacções: Um estudo clínico de interacção medicamentosa verificou que a co-administração de uma dose única de 400 mg de idelalisib com 400 mg uma vez por dia de cetoconazol (um inibidor potente da CYP3A, P-gp e BCRP) resultou num aumento de 26% da Cmax e num aumento de 79% da AUCinf de idelalisib. Não se considera necessário um ajuste posológico inicial de idelalisib quando este é administrado com inibidores da CYP3A/P-gp, mas recomenda-se uma intensificação da monitorização das reacções adversas. - Cetoconazol
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Idelalisib Midazolam

Observações: O idelalisib é metabolizado principalmente através da aldeído oxidase e, numa menor extensão, através da CYP3A e por glucuronidação (UGT1A4). O seu metabolito principal é o GS-563117, que não é farmacologicamente ativo. O idelalisib e o GS-563117 são substratos da P-gp e da BCRP. O metabolito principal de idelalisib, GS-563117, é um inibidor potente da CYP3A.
Interacções: Um estudo clínico de interacção medicamentosa verificou que a co-administração de idelalisib com midazolam (um substrato sensível à CYP3A) resultou num aumento de ~140% da Cmax e num aumento de ~440% da AUCinf do midazolam devido à inibição da CYP3A pelo GS-563117. A co-administração de idelalisib com substratos da CYP3A pode aumentar as suas exposições sistémicas e aumentar ou prolongar a sua actividade terapêutica e reacções adversas. A inibição da CYP3A4 foi irreversível in vitro e, portanto, prevê-se que o retorno à actividade enzimática normal demore vários dias após interrupção da administração de idelalisib. - Midazolam
Usar com precaução

Fostamatinib Idelalisib

Observações: n.d.
Interacções: Efeitos de outros medicamentos no fostamatinib Outros medicamentos com forte potencial de inibição do CYP3A4 quando co-administrados com fostamatinib: boceprevir, cobicistate, conivaptan, danoprevir e ritonavir, elvitegravir e ritonavir, sumo de toranja, indinavir e ritonavir, itraconazol, cetoconazol, lopinavir e ritonavir, paritaprevir e ritonavir e (ombitasvir e/ou dasabuvir), posaconazol, ritonavir, saquinavir e ritonavir, telaprevir, tipranavir e ritonavir, troleandomicina, voriconazol, claritromicina, diltiazem, idelalisib, nefazodona, nelfinavir. - Idelalisib
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Idelalisib
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Não é recomendado durante a gravidez e em mulheres com potencial para engravidar que não utilizam métodos contraceptivos.

A amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 29 de Outubro de 2024