Hidrocortisona

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência no Dopping
O que é
Hidrocortisona é o nome dado à hormona cortisol quando disponibilizada na forma de medicamento.

O Cortisol é uma hormona corticosteróide da família dos esteróides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal (no córtex supra-renal, porção fasciculada ou média) directamente envolvido na resposta ao stress.

Sua forma sintética, chamada de hidrocortisona, é um anti-inflamatório usado principalmente no combate às alergias, a artrite reumatóide e alguns tipos de cancro.

O nome cortisol, deriva de córtex.

Tem três acções primárias: estimula a quebra de 1) proteínas, 2) gorduras e 3) providencia a metabolização da glicose no fígado.

Considerado a hormona do stress, activa respostas do corpo ante situações de emergência para ajudar a resposta física aos problemas, aumentando a pressão arterial e o açúcar no sangue, propiciando energia muscular.

Ao mesmo tempo todas as funções anabólicas de recuperação, renovação e criação de tecidos são paralisadas e o organismo se concentra na sua função catabólica para a obtenção de energia.
Uma vez que o stress é pontual, superada a questão, os níveis hormonais e o processo fisiológico volta a normalidade, mas quando este se prolonga, os níveis de cortisol no organismo disparam.

A hidrocortisona pertence a um grupo de medicamentos chamados corticosteróides ou esteróides.

Os corticosteróides são produzidos naturalmente no nosso organismo e são importantes para muitas funções do organismo.

Os corticosteróides (hidrocortisona) difundem-se através das membranas celulares ligando-se aos receptores citoplasmáticos específicos. Estes complexos entram em então nos núcleos celulares, ligam-se ao ADN (cromatina) estimulando a transcrição do ARN mensageiro (mARN) e subsequente síntese de proteínas dos vários enzimas inibidores responsáveis pelos efeitos anti-inflamatórios dos corticosteróides de uso cutâneo.
Usos comuns
O reforço do nosso organismo com corticosteróides pode ser necessário, quando o nosso organismo não consegue produzir corticosteróide suficiente devido a problemas com as suas glândulas adrenais, por insuficiência adrenocortical.

Os corticosteróides também podem ajudar no tratamento do choque pós cirurgia, lesões, reacções de hipersensibilidade (anafilácticas) ou outras situações stressantes.

Estas incluem situações inflamatórias e alérgicas, afetando:
Intestino: Doença de Crohn (inflamação do intestino) ou colite ulcerativa (inflamação da parte baixa do intestino).

Pulmões: Asma brônquica ou inflamação causada por respiração (aspiração) do vómito (conteúdo do estômago).

Pele: Síndrome Stevens-Johnson (doença auto-imune na qual o sistema imunitário causa bolhas e descamação da pele), ou lúpus eritematoso sistémico (lúpus).
Tipo
Molécula pequena.
História
A hidrocortisona foi patenteada em 1936 e aprovada para uso médico em 1941.
Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde.
Indicações
A Hidrocortisona está indicada para qualquer estado para o qual é necessário um efeito corticosteróide rápido e intenso, tais como:

1. Doenças endócrinas - Insuficiência adrenocortical primária ou secundária.
2. Doenças do colagénio - Lúpus eritematoso sistémico.
3. Doenças dermatológicas - Eritema multiforme grave (síndrome de Stevens-Johnson).

Eczema atópico, dermatites de contacto, neurodermites, psoríase, queimaduras solares e picadas de insecto.

É também utilizada em todos os casos em que esteja indicado o uso de um corticóide, tais como manifestações inflamatórias provocadas por dermatoses.

4. Estados alérgicos - Asma brônquica, reacções anafilácticas.
5. Doenças gastrointestinais - Colite ulcerativa, doença de Crohn.
6. Doenças respiratórias - Aspiração do conteúdo gástrico.
7. Emergências médicas - A Hidrocortisona está indicada no tratamento do choque secundário devido a insuficiência adrenocortical, ou choque que não responde à terapia convencional quando pode existir insuficiência adrenocortical.
8. Tratamento glucocorticóide de substituição na insuficiência supra-renal:
- insuficiência supra-renal primária: doença de Addison, supra-renalectomia,
- insuficiência supra-renal de origem hipofisária: síndrome de Sheehan, insuficiências hipofisárias de causas diversas,
- hiperplasia congénita das supra-renais com ou sem síndrome de perda de sal (síndrome de Debré-Fibiger).
Classificação CFT

8.2.2 : Glucocorticóides

13.5 : Corticosteróides de aplicação tópica

Mecanismo De Acção
A hidrocortisona é um corticosteróide com actividade glucocorticóide e em menor extensão com actividade mineralocorticóide.
Tem uma acção anti-inflamatória e imunosupressora.
Posologia Orientativa
VIA INJECTÁVEL:
A dosagem geralmente pode variar entre 100 mg a 500 mg, dependendo da gravidade do estado, e administrada por injecção intravenosa, por um período de 1 a 10 minutos.

A dose pode ser repetida em intervalos de 2, 4 ou 6 horas conforme a resposta do doente e a situação clínica.

VIA CUTÂNEA:
Creme:
Hidrocortisona é aplicado duas ou mais vezes ao dia, nas áreas afectadas, conforme indicação do médico.

Pomada:
Deve ser aplicado em pequenas quantidades 3 a 4 vezes ao dia, devendo seguir-se a orientação médica, pois conforme a gravidade das situações, a frequência e tempo de aplicação poderá ser alterada.

Não deve ser usado durante mais de 7 dias em crianças com idade inferior a 5 anos.

Emulsão cutânea:
Aplicar 2 a 4 vezes por dia, dependendo da gravidade da situação.

VIA RECTAL:
Introduzir no recto o conteúdo de um aplicador cheio, uma ou duas vezes por dia, durante 3 semanas.

VIA ORAL:
Tratamento de manutenção (insuficiência supra-renal crónica, hiperplasia supra-renal):
Adultos: 20 a 40 mg/dia (a dividir pelas tomas de manhã, ao meio-dia e às 16h).

População pediátrica: 12 a 20mg/m2/dia (a dividir pelas tomas de manhã, ao meio-dia e às 16h).
Administração
Via intramuscular, intravenosa, cutânea

VIA INJECTÁVEL:
A Hidrocortisona pode ser administrada por injecção intravenosa, perfusão intravenosa ou por injecção intramuscular.

O método de preferência para o uso inicial em emergência é a injecção intravenosa.

Após o período de emergência inicial, deve-se ponderar a utilização de uma preparação injectável de longa acção ou uma formulação oral.

De um modo geral, só se devem administrar doses elevadas de corticosteróides até o estado do paciente se encontrar estabilizado, o que geralmente não vai além das 48 a 72 horas. Quando é necessário prolongar o tratamento com hidrocortisona para além das 48 a 72 horas, pode ocorrer hipernatremia. Nestas circunstâncias, pode ser preferível a substituição do succinato sódico de hidrocortisona por outro corticosteróide, como o succinato sódico de metilprednisolona, uma vez que a retenção de sódio é praticamente nula. Embora os efeitos adversos associados a doses elevadas de corticosteróides no tratamento de curta duração sejam pouco frequentes, pode ocorrer ulceração péptica.
Terapêutica profilática antiácida pode ser indicada.

Pacientes sujeitos a forte stress após tratamento com corticosteróides, devem ser rigorosamente vigiados quanto a sinais e sintomas de insuficiência adrenocortical.

VIA CUTÂNEA:
Creme:
Na face é necessário evitar o contacto com os olhos.
Como regra, não deve ser feito penso no local de aplicação.

O uso de penso impermeável produz oclusão e aumenta a eficácia do medicamento, mas também produz efeitos secundários. Só deve ser feito por indicação do médico e sob vigilância deste.
Não deve ser usada durante mais de 7 dias em crianças com idade inferior a 5 anos.

Emulsão cutânea:
Agitar bem antes de usar.
A emulsão deve ser aplicada na área afectada em camada fina.
Na psoríase e em situações recalcitrantes podem utilizar-se pensos oclusivos.
Se se desenvolver uma infecção, deve suspender-se o penso oclusivo e instituir-se uma terapêutica antimicrobiana.

VIA RECTAL:
Introduzir no recto o conteúdo de um aplicador cheio.
Evitar o tratamento prolongado em crianças.

VIA ORAL:
Em crianças com menos de 6 anos, os comprimidos devem ser esmagados e misturados com os alimentos.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à hidrocortisona.

VIA INJECTÁVEL:
Em infecções fúngicas sistémicas, excepto se for administrada terapia anti-infeciosa específica.

Está contra-indicada a administração de vacinas vivas ou atenuadas em doentes a fazer doses imunossupressoras de corticosteróides.

VIA CUTÂNEA:
Está contra-indicada nas dermatoses de etiologia tuberculosa ou viral sistémica e cutânea (por exemplo varicela e herpes simplex), na pele ferida, no lúpus labial ou na área genital. Não deve ser utilizado perto dos olhos.

Não deve ser usada em crianças com idade inferior a 5 anos, a não ser por expressa indicação médica.

VIA RECTAL:
As contra-indicações locais para o uso de Hidrocortisona abrangem as obstruções intestinais, abcessos, perfurações, peritonite, anastomoses intestinais recentes e fístulas extensivas e infecções bacterianas (incluíndo tuberculose), fúngicas ou virais.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
VIA INJECTÁVEL:
A incidência dos efeitos secundários previsíveis associados ao uso de corticosteróides, incluindo a supressão do eixo hipotalamo-hipofisiário-supra renal, está correlacionada com a potência relativa do medicamento, dosagem, tempo de administração e duração do tratamento.

Terapia corticosteróide parentérica – reacção anafiláctica ou reacções alérgicas, hipopigmentação ou hiperpigmentação subcutânea e atrofia cutânea, abcessos estéreis, brilho pós injecção (a seguir a uso intra articular), artropatia tipo Charcot.

Doenças gastrointestinais – Dispepsia, ulceração péptica com perfuração e hemorragia, distensão abdominal, ulceração esofágica, candidíase esofágica, pancreatite aguda, perfuração do intestino.

Tem sido observado o aumento da alanina transaminase (ALT, SGPT), da aspartato- transaminase (AST, SGOT) e da fosfatase alcanina após o tratamento com corticosteróides.

Estas alterações são geralmente pequenas e não associadas a qualquer síndrome clínico, sendo reversíveis após a descontinuação.

Efeitos anti-inflamatórios e imunosupressores – Aumento da susceptibilidade e gravidade das infecções com supressão dos sinais e sintomas clínicos, infecções oportunísticas, podem suprimir reacções a testes cutâneos, recorrência da tuberculose latente.

Afecções musculosqueléticos – Miopatia esteróide, osteoporose, fracturas vertebrais e dos ossos longos, osteonecrose avascular, ruptura do tendão, necrose assética, fraqueza muscular.

Alterações do equilíbrio hidro-electrolítico – Retenção de água e sódio, perda de potássio, hipertensão, alcalose hipocalémica, insuficiência cardíaca congestiva em pacientes susceptíveis.

Afecções dermatológicas – Cicaterização diminuída, petéquias e equimoses, pele fina e frágil, atrofia da pele, dor, estrias, telangiectasia, acne.

Doenças endócrinas/metabólicas – Supressão do eixo hipotalamo-hipofisiário-supra renal, atraso do crescimento na primeira infância, infância e adolescência; irregularidade menstrual e amenorreia.

Fácies Cushingóide, hirsutismo, aumento de peso, tolerância reduzida aos hidratos de carbono com aumento da necessidade de terapêutica antidiabética, balanço de azoto e cálcio negativo.
Aumento do apetite.

Perturbações neuropsiquiátricas – Têm sido relatadas várias reacções psiquiátricas com os corticosteróides incluindo perturbações emocionais (tais como, irritação, euforia, humor depressivo e inconstante, dependência psicológica e pensamentos suicidas), reacções psicóticas (incluindo mania, ilusões, alucinações e agravamento da esquizofrenia), distúrbios de comportamento, irritabilidade, ansiedade, distúrbios do sono, convulsões e disfunção cognitiva incluindo confusão e amnésia.

As reacções são comuns e podem ocorrer tanto em adultos como em crianças.

Nos adultos, a frequência estimada de reacções graves é de 5-6%.

Foram relatados efeitos psicológicos aquando da suspensão dos corticosteróides; a sua frequência é desconhecida.

Foi relatado aumento da pressão intracraniana com papiloedema em crianças (pseudotumor cerebral), geralmente após suspensão do tratamento com hidrocortisona.

Afecções oculares – Aumento da pressão intra-ocular, glaucoma, papiloedema com possível lesão do nervo óptico, diminuição da espessura da córnea ou da esclerótica, exacerbação de doenças oftalmológicas virais ou fúngicas, exoftalmia.

Geral – Leucocitose, reacções de hipersensibilidade incluindo anafilaxia, tromboembolismo, náuseas e mal-estar.

Sintomas de privação – A redução brusca da dosagem de corticosteróides após tratamento prolongado pode conduzir a insuficiência adrenal aguda, hipotensão e morte.

Contudo, esta situação é mais aplicável a corticosteróides com uma indicação onde é dada terapia contínua.

Pode também ocorrer “sindroma de privação” incluindo febre, mialgia, artralgia, rinite, conjuntivite, nódulos na pele dolorosos com prurido e perda de peso.

População pediátrica:
Os efeitos indesejáveis em pacientes pediátricos são similares aos dos adultos, ver os efeitos indesejáveis acima descritos.

Tal como os adultos, os pacientes pediátricos devem ser rigorosamente observados com frequentes medições da pressão arterial, peso, pressão intra-ocular e avaliação clínica da presença de infecções, perturbações neuropsiquiátricas, tromboembolismo, úlceras pépticas e osteoporose.

Os pacientes pediátricos que são tratados com corticosteróides por qualquer via de administração, incluindo a via sistémica, podem experimentar uma diminuição da velocidade do crescimento.

Este impaCto negativo no crescimento tem sido observado a baixas doses sistémicas, e na ausência de evidência laboratorial de supressão do eixo hipotalamo-hipofisiário-supra renal.

Por conseguinte, a velocidade de crescimento pode ser um indicador mais sensível que os testes comummente usados de função do eixo hipotalamo-hipofisiário-supra renal. O crescimento linear dos pacientes pediátricos tratados com corticosteróides deve ser monitorizado, e os potenciais efeitos no crescimento no tratamento prolongado devem ser avaliados face aos benefícios clínicos e a viabilidade de tratamentos alternativos.

De forma a minimizar os potenciais efeitos no crescimento, o tratamento dos pacientes pediátricos deve ser limitado à dosagem mínima pelo período mais curto possível.

VIA CUTÂNEA:
Como acontece com todos os corticosteróides de uso cutâneo, quando usados segundo o método oclusivo em zonas muito extensas e durante muito tempo, é sempre de se considerar a possibilidade de efeitos sistémicos (tais como hipertensão arterial, retenção de fluidos, alterações do foro psiquiátrico como euforia e depressão, supressão adrenal, hiperglicémia, hipocaliémia, supressão do crescimento, cataratas, alterações gastrointestinais, osteoporose e maior susceptibilidade a infecções).

Podem ocorrer alguns efeitos indesejáveis que não carecem de observação médica e que desaparecem com a continuação do tratamento, contudo deve-se consultar o médico se persistirem os seguintes efeitos: sensação de queimadura, secura, irritação, prurido ou eritema da pele; aumento do eritema ou escamação da pele das feridas e rash cutâneo.

VIA RECTAL:
Embora não seja comum nesta dosagem, pode ocorrer irritação local.

Hidrocortisona espuma rectal é um medicamento para usar unicamente por via tópica.
Os seus efeitos tóxicos surgem, ou podem surgir, unicamente quando se utiliza sem respeitar as contra-indicações ou em uso frequente de longo prazo.

Podem ocorrer os seguintes efeitos indesejáveis: Edema da face, pescoço e corpo em mulheres, irregularidades menstruais, hisurtismo, alterações da pigmentação cutânea e irritação local.

Os efeitos tóxicos do acetato de hidrocortisona são semelhantes aos dos outros corticosteróides, embora na espuma rectal estejam diminuídos, pois é um medicamento de aplicação tópica.

Os efeitos tóxicos são sempre sinal de dose excessiva e devem ser tratados sintomaticamente, reduzindo-se a dosagem ou suprimindo gradualmente o fármaco.

VIA ORAL:
Em caso de subdosagem pode observar-se: astenia, hipotensão ortostática, hipercalemia.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Quando os corticosteróides são essenciais, as pacientes com gravidezes normais podem ser tratadas como se não estivessem grávidas.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:As crianças de mães a fazerem doses farmacológicas de esteróides devem ser rigorosamente monitorizadas quanto a sinais de supressão adrenal.
Dopping
Dopping
Dopping:Os desportistas deverão ser alertados para o facto deste medicamento conter um componente que pode dar um resultado analítico positivo.
Precauções Gerais
VIA INJECTÁVEL:
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados usando a dose mais baixa efectiva pelo período de tempo mínimo.

A reavaliação frequente dos pacientes é necessária para titulação apropriada da dose face a actividade da doença.

A atrofia adrenocortical desenvolve-se durante a terapia prolongada e pode persistir durante meses após a cessação do tratamento.

A suspensão dos corticosteróides após terapia prolongada deve por conseguinte, ser sempre gradual para se evitar a repercussão aguda da exacerbação da doença, insuficiência adrenal aguda ou poliartrite, sendo reduzida durante semanas ou meses, de acordo com a dose e a duração do tratamento.

Durante a terapia prolongada qualquer doença intercorrente, trauma, anestesia ou procedimento cirúrgico, podem exigir um aumento temporário da dosagem.

Se os corticosteróides tiverem sido suspensos após terapia prolongada, pode ser necessário temporariamente a sua reintrodução.

Uma vez que a secreção dos mineralocorticóides pode estar comprometida, devem ser administrados concomitantemente sais e/ou mineralocorticóides.

Porque em casos raros ocorreram reacções anafilácticas em pacientes a receber terapia corticosteróide parentérica, devem ser tomadas medidas de precaução apropriadas antes da sua administração, especialmente quando o paciente tem história de alergia ao medicamento.

Os corticosteróides podem mascarar alguns sinais de infecção, podendo surgir novas infecções durante a sua utilização.

A supressão da resposta inflamatória e da função imunitária aumentam a susceptibilidade a infecções fúngicas, virais e bacterianas, e a sua gravidade.

A apresentação clínica pode com muita frequência ser atípica, podendo atingir um estadio avançado antes do seu reconhecimento.

A varicela, normalmente uma doença menor, é de grande preocupação em pacientes imunodeprimidos, pois pode ser fatal.

Os pacientes (ou pais de crianças) sem história conclusiva de varicela, devem ser aconselhados a evitar o contacto pessoal próximo com a varicela ou herpes zóster, e se expostos, devem procurar cuidado médico urgente.

A imunização passiva com a imunoglobulina da varicela/zóster (IGHVZ) é necessária pelos pacientes expostos não imunizados que estão a receber corticosteróides sistémicos, ou que os tenham usado nos 3 meses anteriores, a qual deve ser dada dentro dos 10 dias de exposição à varicela.

Se houver confirmação de diagnóstico de varicela, a doença justifica atenção especializada e tratamento urgente.

Os corticosteróides não devem ser interrompidos podendo ser necessário o aumento da dose.

Os pacientes e/ou acompanhantes devem ser alertados para o facto de que podem ocorrer reacções adversas psiquiátricas potencialmente graves com os esteróides sistémicos.

Os sintomas surgem tipicamente dentro de poucos dias ou semanas do inicio do tratamento.

Os riscos podem ser maiores com doses elevadas/exposição sistémica, apesar dos níveis de dose não permitirem a previsão do inicio, tipo, gravidade ou duração das reacções.

A maioria das reacções é recuperada após a redução da dose ou suspensão, apesar de poder ser necessário tratamento específico.

Os pacientes/acompanhantes devem ser encorajados a procurar aconselhamento médico se se desenvolverem sintomas psicológicos preocupantes, especialmente se se suspeitar de humor depressivo ou ideação suicida.

Os pacientes/acompanhantes devem estar alertados para a possibilidade de perturbações psiquiátricas que podem ocorrer durante ou imediatamente após a redução da dose/suspensão dos esteróides sistémicos, apesar de tais reacções terem sido pouco frequentemente relatadas.

É necessária particular atenção quando se considera o uso de corticosteróides sistémicos em pacientes com história existente ou anterior de perturbações emocionais graves ou em parentes em primeiro grau.

Estes devem incluir doença depressiva ou maníaco-depressiva e psicose esteróide anterior.

As vacinas vivas não devem ser administradas a indivíduos com a reacção imunitária comprometida.

A resposta anticorpo a outras vacinas pode estar diminuída.

O uso de corticosteróides na tuberculose activa deve ser restrita aos casos de tuberculose fulminante ou disseminada, nos quais os corticosteróides são usados no tratamento da doença em conjunção com um regime apropriado de antituberculostáticos.

Se os corticosteróides são indicados em pacientes com tuberculose latente ou reactividade tuberculínica, é necessária uma observação estreita dado que pode ocorrer a reactivação da doença.

Durante a terapia prolongada com corticosteróides, estes doentes devem fazer quimioprofilaxia.

Deve ser dada atenção aos pacientes que fazem medicamentos cardiotónicos, tais como a digoxina, por causa do distúrbio electrolítico/perda de potássio induzida pelos esteróides.

A injecção intramuscular deve ser evitada na região deltóide por causa da possibilidade de atrofia dos tecidos.

É exigida particular atenção e é necessária monitorização frequente, quando se considera o uso sistémico de corticosteróides em pacientes com as seguintes condições:

Osteoporose (mulheres pós menopausa são particularmente de risco).
Hipertensão ou insuficiência cardíaca congestiva.
Existência ou história anterior de perturbações emocionais graves (especialmente psicose esteróide anterior).
Diabetes mellitus (ou história familiar de diabetes).
História de tuberculose.
Glaucoma (ou história familiar de glaucoma).
Miopatia anterior induzida por corticosteróides.
Insuficiência hepática ou cirrose.
Insuficiência renal.
Epilepsia.
Ulceração péptica.
Anastomoses intestinais recentes.
Predisposição para tromboflebites.
Abcessos ou outras infecções piogênicas.
Colite ulcerativa.
Diverticulites.
Miastenia gravis.
Herpes simplex ocular, pelo perigo de perfuração da córnea.
Hipotiroidismo.
Doenças exantematosas.
Síndrome de Cushing.

População pediátrica: Os corticosteróides causam atraso no crescimento na primeira infância, infância e adolescência, o que pode ser irreversível.
O tratamento deve ser limitado à dosagem mínima pelo período mais curto possível.

População idosa: Os efeitos adversos mais comuns dos corticosteróides sistémicos podem estar associados a consequências mais sérias nos idosos, especialmente osteoporose, hipertensão, hipocaliemia, diabetes, susceptibilidade a infecções e adelgaçamento da pele.

É necessária vigilância clínica rigorosa para se evitarem reacções que ponham em risco a vida.

VIA CUTÂNEA:
Hidrocortisona é geralmente bem tolerada, mas se surgirem sinais de sensibilização, tais como sensação de queimadura, irritação ou secura da pele deve-se suspender as aplicações.

Antes de usar esta medicação o médico deve ponderar os potenciais riscos face ao benefício, devendo considerar o seguinte:
- Alergias aos corticosteróides ou a outras substâncias como conservantes, alimentos ou tintas;
- Não deve ser utilizada em crianças durante longos períodos de tempo ou em zonas muito extensas a não ser com vigilância médica;
- Não deve ser utilizada em pessoas com outros problemas médicos, tais como:
Diabetes mellitus;
Infeções, feridas no local de tratamento ou regiões ulceradas.

Os corticóides de uso cutâneo devem ser utilizados com precaução em doentes com alterações graves da circulação periférica e doentes com antecedência de úlcera péptica.

Deve ser evitada a utilização de corticóides tópicos em curativos de lesões exudativas extensas com materiais plásticos oclusivos, dada a maior propensão para a absorção sistémica, ocorrência de termólise e reacções de hipersensibilidade local.

VIA ORAL:
Advertências especiais
Para as doses substitutivas recomendadas para este medicamento, as precauções de utilização e as advertências dos corticóides não são justificadas (risco de infecção...).

O equilíbrio electrolítico deve ser mantido e o regime dietético com uma quantidade de sal normal.

Em períodos de stress: infecções intercorrentes, febre significativa, traumatismo, intervenção cirúrgica, doença grave, a posologia deve ser transitoriamente aumentada (multiplicada por dois, por exemplo) regressando rapidamente à posologia anterior uma vez passado o episódio agudo.

No caso de intervenção cirúrgica, o medicamento deve ser administrado por via parentérica e em doses mais elevadas, por exemplo 300 mg por dia no dia da intervenção e posteriormente com uma diminuição progressiva.

No caso de febre significativa, pode também ser necessário aumentar a posologia e, sobretudo a ingestão de sal deve ser reforçada bem como a toma de mineralocorticóides no caso de insuficiencia supra-renal primária.

No caso de problemas digestivos que impeçam a administração oral, é necessária uma substituição parentérica com doses mais elevadas.

O tratamento de substituição não deve ser interrompido: risco de insuficiência supra-renal aguda. Os doentes devem transportar consigo um cartão de insuficiente supra-renal com indicação do seu tratamento (em caso de acidente).

Devido à presença de lactose, este medicamento é contra-indicado no caso de galactosemia congénita, de síndrome de má absorção de glucose e galactose ou de deficiência em lactase.

Os corticóides orais ou injectáveis podem favorecer o aparecimento de tendinopatia, inclusive ruptura dos tendões (em casos expcecionais). Este risco encontra-se aumentado no cotratamento com fluoroquinolonas e nos doentes dialisados com hiperparatiroidismo secundário ou transplantados renais.

Este medicamento é desaconselhado em associação com sultoprida ou vacinas vivas atenuadas.

Deve chamar-se a atenção dos desportistas para o facto de este medicamento conter hidrocortisona, substância activa que está inscrita na lista de substâncias dopantes.
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Não existe um antídoto conhecido.

Não existe um síndrome clínico com sobredosagem aguda com succinato sódico de hidrocortisona.

Após sobredosagem deve ser acautelada a possibilidade de supressão adrenal em face da diminuição gradual dos níveis de dose, por um período de tempo.

Episódios traumáticos adicionais durante este período podem requerer terapia de suporte especial.

A hidrocortisona é dialisável.
Terapêutica Interrompida
Solução injectável:
Uma vez que este medicamento ser-lhe-á administrado sob cuidadosa supervisão médica, é pouco provável que não lhe seja administrada uma dose.
No entanto, deverá informar o seu médico ou enfermeiro se pensar que não lhe foi administrada uma dose.

Comprimidos:
Não tome nunca várias doses ao mesmo tempo.
Caso o tratamento tenha sido interrompido, contacte o seu médico.

Cutânea:
Aplicar a dose que foi esquecida o mais cedo possível.
Se a dose seguinte estiver próxima, não aplicar a dose esquecida e seguir o esquema normal prescrito pelo médico.
Não aplicar doses além das que foram prescritas.
Cuidados no Armazenamento
Solução injectável:
Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Creme:
Manter a bisnaga dentro da embalagem exterior.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Pomada:
Não conservar acima de 25°C.
Manter a bisnaga bem fechada.
Manter a bisnaga dentro da embalagem exterior.
Proteger da luz e da humidade.
Emulsão cutânea:
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Espuma rectal:
Contentor sob pressão contendo propelente inflamável.
Proteger do sol e não expor a temperaturas iguais ou superiores a 50ºC.
Armazenar a menos de 25ºC.
Não refrigerar.
Não utilizar directamente numa chama nua ou em qualquer material incandescente. Manter longe de fontes de ignição – não fumar.
Não incinerar nem perfurar a embalagem, mesmo após o seu uso.
Comprimidos:
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Hidrocortisona Corticosteróides

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Foram relatadas convulsões com o uso concomitante de corticosteróides e ciclosporina. Uma vez que a administração concomitante destes agentes resulta na mútua inibição do metabolismo, é possível que as convulsões e outros efeitos adversos associados com o uso individual de qualquer um dos medicamentos possam estar mais aptas a ocorrer. - Corticosteróides
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Miconazol + Hidrocortisona Hidrocortisona

Observações: O miconazol, quando administrado por via sistémica, inibe o CYP3A4/2C9. No entanto, após aplicação tópica a disponibilidade sistémica é limitada, pelo que a ocorrência de interações clínicas relevantes pode suceder muito raramente.
Interacções: O miconazol é um inibidor do CYP3A4, podendo diminuir a taxa de metabolismo da hidrocortisona. Desta forma, o uso de Miconazol + Hidrocortisona pode aumentar a concentração plasmática de hidrocortisona, comparativamente com formulações para uso tópico contendo apenas hidrocortisona. - Hidrocortisona
Usar com precaução

Hidrocortisona Ciclosporina

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Foram relatadas convulsões com o uso concomitante de corticosteróides e ciclosporina. Uma vez que a administração concomitante destes agentes resulta na mútua inibição do metabolismo, é possível que as convulsões e outros efeitos adversos associados com o uso individual de qualquer um dos medicamentos possam estar mais aptas a ocorrer. - Ciclosporina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Rifampicina (rifampina)

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos que induzem as enzimas hepáticas, como a rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona e aminoglutetimida, aumentam o metabolismo dos corticosteróides e os seus efeitos terapêuticos podem ser diminuídos. - Rifampicina (rifampina)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Rifabutina

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos que induzem as enzimas hepáticas, como a rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona e aminoglutetimida, aumentam o metabolismo dos corticosteróides e os seus efeitos terapêuticos podem ser diminuídos. - Rifabutina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Carbamazepina

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos que induzem as enzimas hepáticas, como a rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona e aminoglutetimida, aumentam o metabolismo dos corticosteróides e os seus efeitos terapêuticos podem ser diminuídos. - Carbamazepina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Fenitoína

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos que induzem as enzimas hepáticas, como a rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona e aminoglutetimida, aumentam o metabolismo dos corticosteróides e os seus efeitos terapêuticos podem ser diminuídos. - Fenitoína
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Fenobarbital

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos que induzem as enzimas hepáticas, como a rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona e aminoglutetimida, aumentam o metabolismo dos corticosteróides e os seus efeitos terapêuticos podem ser diminuídos. - Fenobarbital
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Primidona

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos que induzem as enzimas hepáticas, como a rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona e aminoglutetimida, aumentam o metabolismo dos corticosteróides e os seus efeitos terapêuticos podem ser diminuídos. - Primidona
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Aminoglutetimida

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos que induzem as enzimas hepáticas, como a rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona e aminoglutetimida, aumentam o metabolismo dos corticosteróides e os seus efeitos terapêuticos podem ser diminuídos. - Aminoglutetimida
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Cimetidina

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos como a cimetidina, eritromicina e o cetoconazol podem inibir o metabolismo dos corticosteróides e assim diminuir a sua clearance. - Cimetidina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Eritromicina

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos como a cimetidina, eritromicina e o cetoconazol podem inibir o metabolismo dos corticosteróides e assim diminuir a sua clearance. - Eritromicina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Cetoconazol

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Medicamentos como a cimetidina, eritromicina e o cetoconazol podem inibir o metabolismo dos corticosteróides e assim diminuir a sua clearance. - Cetoconazol
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Inibidores de colinesterases (I-ChE)

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Os esteróides podem reduzir os efeitos dos anticolinesterásicos na miastenia gravis. - Inibidores de colinesterases (I-ChE)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Hipoglicemiantes

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Os efeitos desejados dos agentes hipoglicemicos (incluindo a insulina), anti-hipertensivos e diuréticos são antagonizados pelos corticosteróides, e os efeitos hipocaliemicos da acetazolamida, diuréticos da ansa e diuréticos das tiazidas são aumentados. - Hipoglicemiantes
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Anti-hipertensores

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Os efeitos desejados dos agentes hipoglicemicos (incluindo a insulina), anti-hipertensivos e diuréticos são antagonizados pelos corticosteróides, e os efeitos hipocaliemicos da acetazolamida, diuréticos da ansa e diuréticos das tiazidas são aumentados. - Anti-hipertensores
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Diuréticos da ansa

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Os efeitos desejados dos agentes hipoglicemicos (incluindo a insulina), anti-hipertensivos e diuréticos são antagonizados pelos corticosteróides, e os efeitos hipocaliemicos da acetazolamida, diuréticos da ansa e diuréticos das tiazidas são aumentados. - Diuréticos da ansa
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Diuréticos tiazídicos (Tiazidas)

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Os efeitos desejados dos agentes hipoglicemicos (incluindo a insulina), anti-hipertensivos e diuréticos são antagonizados pelos corticosteróides, e os efeitos hipocaliemicos da acetazolamida, diuréticos da ansa e diuréticos das tiazidas são aumentados. - Diuréticos tiazídicos (Tiazidas)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Anticoagulantes orais (Derivados da Cumarina)

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: A eficácia dos anticoagulantes cumarínicos pode ser aumentada pelo tratamento concomitante com corticosteróides, sendo necessária a monitorização rigorosa do INR e do tempo de protombina para se evitarem hemorragias espontâneas. - Anticoagulantes orais (Derivados da Cumarina)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidrocortisona Salicilatos

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: A clearance renal dos salicilatos é aumentada pelos corticosteróides, e a supressão dos esteróides pode resultar numa intoxicação por salicilatos. Os salicilatos e agentes anti-inflamatórios não esteróides devem ser usados cautelosamente e em conjugação com os corticosteróides na hipotrombinemia. - Salicilatos
Usar com precaução

Hidrocortisona Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs)

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: A clearance renal dos salicilatos é aumentada pelos corticosteróides, e a supressão dos esteróides pode resultar numa intoxicação por salicilatos. Os salicilatos e agentes anti-inflamatórios não esteróides devem ser usados cautelosamente e em conjugação com os corticosteróides na hipotrombinemia. - Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs)
Usar com precaução

Hidrocortisona Bloqueadores neuromusculares

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Foi relatado que os esteróides interagem com agentes bloqueadores neuromusculares como o pancurónio, com reversão parcial do bloqueio neuromuscular. - Bloqueadores neuromusculares
Usar com precaução

Hidrocortisona Brometo de pancurónio

Observações: População pediátrica: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Foi relatado que os esteróides interagem com agentes bloqueadores neuromusculares como o pancurónio, com reversão parcial do bloqueio neuromuscular. - Brometo de pancurónio
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina zinco protamina Hidrocortisona

Observações: A insulina não afeta outros medicamentos. No entanto, é importante estar ciente de que muitos medicamentos podem afetar os níveis de glicose no sangue e pode, portanto, alterar as suas necessidades de insulina. Por esta razão, as pessoas com diabetes devem sempre procurar o conselho de seu médico ou farmacêutico antes de tomar quaisquer novos medicamentos ou interromper as já existentes.
Interacções: Os seguintes medicamentos podem aumentar os níveis de glicose no sangue: Corticosteróides, por exemplo, hidrocortisona, prednisolona - Hidrocortisona
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Procaterol Hidrocortisona

Observações: n.d.
Interacções: Corticosteróides (ex,: betametasona, prednisolona e succinato sódico de hidrocortisona) e diuréticos (ex.: furosemida): O uso concomitante de Procaterol com corticosteróides ou diuréticos pode causar uma diminuição nos níveis séricos de potássio, resultando em arritmias. Se algum destes sintomas se observar, a dose deve ser reduzida ou o tratamento interrompido de imediato. Os corticosteróides e diuréticos aumentam a eliminação de potássio a partir dos túbulos renais, podendo resultar numa diminuição excessiva nos níveis séricos de potássio. - Hidrocortisona
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Temazepam Hidrocortisona

Observações: n.d.
Interacções: Num dos estudos com Temazepam verificou-se uma diminuição dos níveis plasmáticos de cortisol, após a administração do medicamento. Esta diminuição foi evidente aos 40 minutos após a administração do temazepam 20 mg, tendo-se mantido durante cerca de 3 horas. - Hidrocortisona
Usar com precaução

Enalapril + Lercanidipina Hidrocortisona

Observações: n.d.
Interacções: MALEATO DE ENALAPRIL: Associações a ter em conta: Corticosteróides, tetracosactido (sistémico) (exceto hidrocortisona utilizada como substituta na doença de Addison): Efeito anti-hipertensor reduzido (sal-induzido corticosteróide/retenção de volume). - Hidrocortisona
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Etinilestradiol + Linestrenol Hidrocortisona

Observações: n.d.
Interacções: Pode aumentar os efeitos da hidrocortisona e prednisolona quando usados em conjunto. - Hidrocortisona
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Carisoprodol + Fenilbutazona + Paracetamol Hidrocortisona

Observações: n.d.
Interacções: esteróides adrenocorticoides Tais como a hidrocortisona e a aldosterona, proporcionam o aumento da irritação e sangramento estomacal. - Hidrocortisona
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Hidrocortisona
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Os desportistas deverão ser alertados para o facto deste medicamento conter um componente que pode dar um resultado analítico positivo.

Quando os corticosteróides são essenciais, as pacientes com gravidezes normais podem ser tratadas como se não estivessem grávidas.

Pacientes com pré-eclampsia ou com retenção de líquidos requerem uma monitorização rigorosa.

As crianças de mães a fazerem doses farmacológicas de esteróides devem ser rigorosamente monitorizadas quanto a sinais de supressão adrenal.

VIA CUTÂNEA: Não deve ser utilizada em caso de gravidez ou lactação, em zonas muito extensas e durante longos períodos de tempo, uma vez que os corticosteróides cutâneos podem ser absorvidos sistemicamente.

VIA RECTAL: Não se deverão usar esteróides durante a gravidez, particularmente em grandes quantidades ou por períodos prolongados.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021