Flúor

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
O flúor é um elemento químico, símbolo F, de número atómico 9 (9 protões e 9 electrões) de massa atómica 19u, situado no grupo dos halogénios (grupo 17 ou VIIA) da tabela periódica.

Na sua forma biatómica (F2) e em CNTP, é um gás de coloração amarelo-pálido.
É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos.
Na sua forma ionizada (F–) é extremamente perigoso, podendo ocasionar graves queimaduras químicas se em contacto com tecidos vivos.

Características principais:
Em CNTP, o flúor é um gás corrosivo de coloração amarelo-pálido, fortemente oxidante.
É o elemento mais eletronegativo e o mais reativo dos não metais e forma compostos com praticamente todos os demais elementos, incluindo os gases nobres xenónio e radónio. Inclusive em ausência de luz e baixas temperaturas reage explosivamente com o hidrogénio.

Jatos de flúor no estado gasoso atacam o vidro, metais, água e outras substâncias, que reagem formando uma chama brilhante.

O flúor sempre se encontra combinado na natureza e tem afinidade por muitos elementos, especialmente o silício, não podendo ser guardado em recipientes de vidro.
Em solução aquosa de seus sais, o flúor apresenta-se normalmente na forma de iões fluoretos, F–. Outras formas são complexos de flúor como o [FeF4]–, ou o H2F+.
Os fluoretos são compostos nas quais os iões fluoretos estão ligados a algum resto químico de carga positiva.

O flúor não é considerado um elemento mineral essencial para o ser humano.
Pequenas quantidades de flúor podem beneficiar o fortalecimento ósseo, mas a sua falta é um problema apenas na formulação de dietas artificiais.

Durante a pesquisa de 1990, liderada pelo toxicologista Phillis Mullenix de Harvard, demonstrou-se que o flúor causa a diminuição do QI, aumentando os sintomas de déficit de atenção e hiperactividade (TDAH) em ratos.
Poucos dias antes da pesquisa ser aceita para publicação, Mullenix foi demitido como chefe de toxicologia no Forsyth Dental Center, em Boston.

Posteriormente, a sua candidatura a uma bolsa para continuar a sua investigação sobre as consequências do flúor no sistema nervoso central foi rejeitada pelo National Institute of Health (NIH), quando um painel do NIH lhe disse que “o flúor não tem efeitos no sistema nervoso central”.
Usos comuns
Prevenção da cárie dentária.

Fontes de flúor: Agrião, alho, aveia, brócolis, beterraba, cebola, couve-flor, maçã, trigo integral.
Tipo
Sem informação.
História
O flúor (do latim fluere = "fluir") formando parte do mineral fluorita, CaF2, foi descrito em 1529 por Georgius Agricola por seu uso como fundente, empregado para reduzir os pontos de fusão de metais ou minerais.

Em 1670 Heinrich Schwanhard observou que era possível gravar o vidro quando exposto a fluorita que havia sido tratada com ácido.
Posteriormente, Carl Wilhelm Scheele, Humphry Davy, Gay-Lussac, Antoine Lavoisier e Louis Thenard, realizaram experimentos com o ácido fluorídrico.

O flúor foi descoberto em 1771 por Carl Wilhelm Scheele; entretanto, devido à sua elevada reatividade, não se conseguiu isolá-lo porque, quando separado de algum composto, imediatamente reagia com outras substâncias. Finalmente, em 1886, foi isolado pelo químico francês Henri Moissan.

A primeira produção comercial do flúor foi para a bomba atómica do Projecto Manhattan, para a obtenção do hexafluoreto de urânio, UF6, usado para a separação de isótopos de urânio.

As primeiras investigações com ingestão de flúor em humanos foram feitas em campos de concentração nazistas com o intuito de acalmar os prisioneiros, que ingeriam o ião a partir da água com até 1500 ppm de flúor. O resultado gerava uma espécie de apatetamento, os prisioneiros cumpriam melhor as suas tarefas sem as questionar.
Com o mesmo objectivo o flúor é adicionado a alguns medicamentos psiquiátricos hoje em dia.

Mais de 60 tranquilizantes largamente utilizados contém flúor, como Diazepan, Valium e Rohypnol, da Roche, ligada à antiga I.G.Farben.

O flúor também já foi usado como raticida.
Indicações
Prevenção da cárie dentária.

Fontes de flúor: Agrião, alho, aveia, brócolis, beterraba, cebola, couve-flor, maçã, trigo integral.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
Sem informação.
Posologia Orientativa
A dose recomendada depende da idade e do teor de fluoreto de água potável.
Administração
Uso bucal.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade ao Flúor.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Podem ocorrer dor de cabeça e transtornos gastrointestinais.
Ocasionalmente reacções cutâneas.
Em doses excessivas pode provocar manchas brancas, castanhas ou pretas no esmalte dos dentes (fluorose dentária), pode ocorrer dor nos ossos e rigidez.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Pode ser utilizado durante a gravidez sob orientação médica, e nas doses terapêuticas recomendadas.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Pode ser utilizado durante a amamentação sob orientação médica, e nas doses terapêuticas recomendadas.
Precauções Gerais
Não exceder a dose recomendada.

Em caso de problemas de rins e úlcera de estômago consultar o médico.
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.
Terapêutica Interrompida
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Fosfato tricálcico Flúor

Observações: n.d.
Interacções: Em caso de tratamento com tetraciclinas, preparações à base de flúor por via oral ou bifosfonatos, recomenda-se espaçar, pelo menos 3 horas, a toma de Fosfato tricálcico (possibilidade de interferência a nível da absorção destes produtos). - Flúor
Usar com precaução

Carbonato de cálcio + Carbonato de magnésio + Ácido algínico Flúor

Observações: n.d.
Interacções: Foi demonstrado que os antiácidos contendo cálcio e magnésio podem impedir a absorção de alguns antibióticos (como as tetraciclinas e quinolonas); glicosídeos cardíacos (por exemplo, digoxina, digitoxina); bisfosfonatos; dolutegravir, levotiroxina e eltrombopag. Os sais de cálcio reduzem a absorção de produtos contendo flúor e ferro, e os sais de cálcio e magnésio podem impedir a absorção de fosfatos. - Flúor
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Colecalciferol + Vitamina K2 Flúor

Observações: n.d.
Interacções: Flúor: pode aumentar a toxicidade da vitamina D3. - Flúor
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Flúor
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Pode ser utilizado durante a gravidez e amamentação sob orientação médica, e nas doses terapêuticas recomendadas.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 28 de Janeiro de 2022