Ertugliflozina
O que é
Ertugliflozina é membro de um grupo de medicamentos chamados inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (SGLT2).
A ertugliflozina actua bloqueando a proteína SGLT2 nos rins. Isto faz com que o açúcar do sangue seja removido na urina.
A diabetes tipo 2 é uma doença na qual o organismo não produz insulina em quantidade suficiente ou a insulina que o seu organismo produz não actua tão bem como deveria. O organismo pode também produzir demasiado açúcar. Quando isto acontece, o açúcar (glicose) acumula-se no sangue. Isto pode causar problemas de saúde graves, tais como doenças do coração, dos rins, cegueira e má circulação.
A ertugliflozina actua bloqueando a proteína SGLT2 nos rins. Isto faz com que o açúcar do sangue seja removido na urina.
A diabetes tipo 2 é uma doença na qual o organismo não produz insulina em quantidade suficiente ou a insulina que o seu organismo produz não actua tão bem como deveria. O organismo pode também produzir demasiado açúcar. Quando isto acontece, o açúcar (glicose) acumula-se no sangue. Isto pode causar problemas de saúde graves, tais como doenças do coração, dos rins, cegueira e má circulação.
Usos comuns
Ertugliflozina é indicado em adultos com idade igual ou superior a 18 anos com diabetes mellitus tipo 2 como adjuvante da dieta e do exercício para melhorar o controlo
glicémico:
- em monoterapia em doentes para os quais a administração de metformina é considerada inapropriada devido a intolerância ou contraindicações.
- em associação com outros medicamentos para o tratamento da diabetes.
glicémico:
- em monoterapia em doentes para os quais a administração de metformina é considerada inapropriada devido a intolerância ou contraindicações.
- em associação com outros medicamentos para o tratamento da diabetes.
Tipo
Molécula pequena.
História
A Ertugliflozina nos Estados Unidos, foi aprovado pela Food and Drug Administration para uso como monoterapia e como combinação de dose fixa com sitagliptina ou metformina. Na Europa, foi aprovado em março de 2018, para uso como monoterapia ou terapia combinada. Em setembro de 2020, o The New England Journal of Medicine relatou que a ertugliflozin se mostrou essencialmente não inferior ao placebo.
Indicações
Ertugliflozina baixa os níveis de açúcar no sangue em doentes adultos (com 18 anos de idade ou mais) com diabetes tipo 2.
Ertugliflozina pode ser utilizado isolado ou com alguns outros medicamentos que baixam o açúcar no sangue.
Tem de continuar a seguir o seu plano alimentar e de exercício enquanto estiver a tomar Ertugliflozina.
Ertugliflozina pode ser utilizado isolado ou com alguns outros medicamentos que baixam o açúcar no sangue.
Tem de continuar a seguir o seu plano alimentar e de exercício enquanto estiver a tomar Ertugliflozina.
Classificação CFT
8.4.2 : Antidiabéticos orais
Mecanismo De Acção
O SGLT2 é o transportador predominante responsável pela reabsorção da glicose do filtrado glomerular de volta para a circulação.
A ertugliflozina é um inibidor potente, selectivo e reversível do SGLT2.
Ao inibir o SGLT2, a ertugliflozina reduz a reabsorção renal da glicose filtrada e baixa o limiar renal para a glicose, aumentando desta forma a excreção urinária da glicose.
A ertugliflozina é um inibidor potente, selectivo e reversível do SGLT2.
Ao inibir o SGLT2, a ertugliflozina reduz a reabsorção renal da glicose filtrada e baixa o limiar renal para a glicose, aumentando desta forma a excreção urinária da glicose.
Posologia Orientativa
A dose inicial recomendada de ertugliflozina é de 5 mg uma vez por dia.
Nos doentes que tolerem 5 mg de ertugliflozina uma vez por dia, a dose pode ser aumentada para 15 mg uma vez por dia, se for necessário controlo glicémico adicional.
Quando a ertugliflozina é utilizada em associação com insulina ou um secretagogo de insulina, poderá ser necessária uma dose inferior de insulina ou de secretagogo de insulina para reduzir o risco de hipoglicemia.
Nos doentes que tolerem 5 mg de ertugliflozina uma vez por dia, a dose pode ser aumentada para 15 mg uma vez por dia, se for necessário controlo glicémico adicional.
Quando a ertugliflozina é utilizada em associação com insulina ou um secretagogo de insulina, poderá ser necessária uma dose inferior de insulina ou de secretagogo de insulina para reduzir o risco de hipoglicemia.
Administração
Ertugliflozina deve ser tomado por via oral uma vez por dia de manhã, com ou sem alimentos.
No caso de dificuldades em engolir, o comprimido pode ser partido ou esmagado uma vez que se trata de uma forma farmacêutica de libertação imediata.
No caso de dificuldades em engolir, o comprimido pode ser partido ou esmagado uma vez que se trata de uma forma farmacêutica de libertação imediata.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Ertugliflozina.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Contacte um médico ou o hospital mais próximo imediatamente se tiver algum dos seguintes efeitos secundários graves:
Cetoacidose diabética (raro, pode afectar até 1 em 1.000 pessoas)
Estes são os sinais de cetoacidose diabética:
• níveis aumentados de “corpos cetónicos” na urina ou sangue
• perda de peso rápida
• enjoos ou vómitos
• dor de estômago
• sede excessiva
• respiração rápida e profunda
• confusão
• sonolência ou cansaço fora do normal
• cheiro adocicado no hálito, paladar doce ou metálico na boca ou odor diferente da urina ou suor
Isto pode ocorrer independentemente do nível de glicose no sangue. O seu médico pode decidir interromper de forma temporária ou permanente o seu tratamento com Ertugliflozina.
Contacte imediatamente um médico ou o hospital mais próximo se tiver algum dos efeitos secundários acima indicados.
Contacte o médico logo que possível se notar os seguintes efeitos secundários:
Desidratação (perda de água em demasia do seu organismo; frequente, pode afectar até 1 em 10 pessoas)
Os sintomas de desidratação incluem:
• boca seca
• sentir-se tonto, atordoado ou fraco, especialmente quando se levanta
• desmaio
Pode ter maior probabilidade de ficar desidratado, se:
• tem problemas dos rins
• toma medicamentos que aumentam a produção de urina (diuréticos) ou que diminuem a pressão arterial
• tem 65 anos de idade ou mais
Açúcar baixo no sangue (hipoglicemia; frequente)
O médico irá dizer-lhe como tratar o açúcar baixo no sangue e o que fazer se tiver alguns dos sinais ou sintomas a seguir indicados. O médico poderá baixar a dose de insulina ou de outro medicamento para a diabetes.
Os sinais e sintomas de nível baixo de açúcar no sangue podem incluir:
• dor de cabeça
• sonolência
• irritabilidade
• fome
• tonturas
• confusão
• transpiração
• sentir-se nervoso
• fraqueza
• batimento cardíaco rápido
Contacte o médico logo que possível se notar algum dos efeitos secundários acima indicados.
Outros efeitos secundários ao tomar:
Muito frequentes
• infecção vaginal por leveduras (sapinhos)
Frequentes
• infecção do pénis por leveduras
• alterações na micção, incluindo necessidade urgente de urinar com mais frequência, em maior quantidade ou de noite
• sede
• comichão vaginal
• análises ao sangue poderão revelar alterações da ureia no sangue
• análises ao sangue poderão revelar alterações na quantidade de colesterol total e mau (chamado LDL - um tipo de gordura no sangue)
• análises ao sangue poderão revelar alterações na quantidade de glóbulos vermelhos no sangue (chamada hemoglobina)
Pouco frequentes (podem afectar até 1 em cada 100 pessoas)
• análises ao sangue poderão revelar alterações relacionadas com a função renal (tais como a “creatinina”)
• dor ao urinar
Cetoacidose diabética (raro, pode afectar até 1 em 1.000 pessoas)
Estes são os sinais de cetoacidose diabética:
• níveis aumentados de “corpos cetónicos” na urina ou sangue
• perda de peso rápida
• enjoos ou vómitos
• dor de estômago
• sede excessiva
• respiração rápida e profunda
• confusão
• sonolência ou cansaço fora do normal
• cheiro adocicado no hálito, paladar doce ou metálico na boca ou odor diferente da urina ou suor
Isto pode ocorrer independentemente do nível de glicose no sangue. O seu médico pode decidir interromper de forma temporária ou permanente o seu tratamento com Ertugliflozina.
Contacte imediatamente um médico ou o hospital mais próximo se tiver algum dos efeitos secundários acima indicados.
Contacte o médico logo que possível se notar os seguintes efeitos secundários:
Desidratação (perda de água em demasia do seu organismo; frequente, pode afectar até 1 em 10 pessoas)
Os sintomas de desidratação incluem:
• boca seca
• sentir-se tonto, atordoado ou fraco, especialmente quando se levanta
• desmaio
Pode ter maior probabilidade de ficar desidratado, se:
• tem problemas dos rins
• toma medicamentos que aumentam a produção de urina (diuréticos) ou que diminuem a pressão arterial
• tem 65 anos de idade ou mais
Açúcar baixo no sangue (hipoglicemia; frequente)
O médico irá dizer-lhe como tratar o açúcar baixo no sangue e o que fazer se tiver alguns dos sinais ou sintomas a seguir indicados. O médico poderá baixar a dose de insulina ou de outro medicamento para a diabetes.
Os sinais e sintomas de nível baixo de açúcar no sangue podem incluir:
• dor de cabeça
• sonolência
• irritabilidade
• fome
• tonturas
• confusão
• transpiração
• sentir-se nervoso
• fraqueza
• batimento cardíaco rápido
Contacte o médico logo que possível se notar algum dos efeitos secundários acima indicados.
Outros efeitos secundários ao tomar:
Muito frequentes
• infecção vaginal por leveduras (sapinhos)
Frequentes
• infecção do pénis por leveduras
• alterações na micção, incluindo necessidade urgente de urinar com mais frequência, em maior quantidade ou de noite
• sede
• comichão vaginal
• análises ao sangue poderão revelar alterações da ureia no sangue
• análises ao sangue poderão revelar alterações na quantidade de colesterol total e mau (chamado LDL - um tipo de gordura no sangue)
• análises ao sangue poderão revelar alterações na quantidade de glóbulos vermelhos no sangue (chamada hemoglobina)
Pouco frequentes (podem afectar até 1 em cada 100 pessoas)
• análises ao sangue poderão revelar alterações relacionadas com a função renal (tais como a “creatinina”)
• dor ao urinar
Advertências
Gravidez:Ertugliflozina não deve ser utilizado durante a gravidez.
Aleitamento:Ertugliflozina não deve ser utilizado durante a amamentação.
Condução:Os doentes devem ser alertados para o risco de hipoglicemia quando Ertugliflozina é utilizado em associação com insulina ou um secretagogo de insulina e para o risco elevado de reacções adversas relacionadas com a depleção de volume, tais como tonturas posturais.
Precauções Gerais
Ertugliflozina não deve ser utilizado em doentes com diabetes mellitus tipo 1.
A ertugliflozina causa uma diurese osmótica, que pode resultar em contração do volume intravascular. Por conseguinte, pode ocorrer hipotensão sintomática após o início de tratamento com Ertugliflozina, particularmente em doentes com compromisso da função renal (TFGe inferior a 60 ml/min/1,73 m2 ou ClCr inferior a 60 ml/min), em doentes idosos (≥ 65 anos), em doentes a tomar diuréticos ou em doentes em terapêutica anti-hipertensora com antecedentes de hipotensão. Antes de iniciar Ertugliflozina, o estado do volume deve ser avaliado e corrigido, se for indicado. Monitorizar quanto a sinais e sintomas após o início da terapêutica.
Devido ao seu mecanismo de acção, a ertugliflozina induz uma diurese osmótica e aumenta a creatinina sérica e diminui a TFGe. Os aumentos da creatinina sérica e as diminuições da TFGe foram maiores em doentes com compromisso renal moderado.
Em situações que possam resultar em perda de fluidos (p. ex., doença gastrointestinal), recomenda-se monitorização cuidadosa do volume (p. ex., exame físico, medições da pressão arterial, análises clínicas incluindo o hematócrito) e dos electrólitos para os doentes a receber ertugliflozina. Deve ser ponderada a interrupção temporária do tratamento com ertugliflozina até a perda de fluidos ser corrigida.
Foram reportados casos raros de CAD, incluindo casos potencialmente fatais e fatais em ensaios clínicos e no período pós-comercialização em doentes tratados com inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2), e foram reportados casos em ensaios clínicos com ertugliflozina. Em alguns casos, a apresentação da condição era atípica com valores de glicemia apenas moderadamente aumentados, abaixo dos 14 mmol/l (250 mg/dl). Desconhece-se se a probabilidade de ocorrência de CAD é maior com doses mais elevadas de ertugliflozina.
O risco de cetoacidose diabética tem de ser considerado no caso de sintomas não específicos, tais como náuseas, vómitos, anorexia, dor abdominal, sede excessiva, dificuldade em respirar, confusão, fadiga fora do normal ou sonolência. Os doentes devem ser avaliados imediatamente quanto a cetoacidose, caso estes sintomas ocorram, independentemente do valor da glicemia.
Nos doentes com suspeita ou diagnóstico de CAD, o tratamento com ertugliflozina deve ser descontinuado de imediato.
O tratamento deve ser interrompido em doentes hospitalizados para procedimentos cirúrgicos major ou por doença clínica aguda grave. Em ambos os casos, o tratamento com ertugliflozina pode ser reiniciado assim que a condição do doente estabilizar.
Antes de iniciar a ertugliflozina, devem ser considerados os factores da história do doente que possam predispor para cetoacidose.
Os doentes que podem ter um risco superior de CAD incluem doentes com baixa reserva da função das células beta (p. ex., doentes com diabetes tipo 2 com peptídeo C baixo ou diabetes autoimune latente do adulto [LADA] ou doentes com antecedentes de pancreatite), doentes com condições que levam a restrições do aporte alimentar ou desidratação grave, doentes para os quais as doses de insulina são reduzidas e doentes com necessidades aumentadas de insulina devido a doença clínica aguda, cirurgia ou abuso de álcool. Os inibidores do SGLT2 devem ser utilizados com precaução nestes doentes.
O reinício do tratamento com um inibidor do SGLT2 em doentes com CAD anterior enquanto estavam a fazer tratamento com um inibidor do SGLT2 não é recomendado, a não ser que outro factor desencadeador inequívoco seja identificado e resolvido.
A segurança e a eficácia da ertugliflozina em doentes com diabetes tipo 1 não foram estabelecidas e a ertugliflozina não deve ser utilizada para o tratamento de doentes com diabetes tipo 1. Dados limitados de ensaios clínicos sugerem que a CAD ocorre com frequência quando doentes com diabetes tipo 1 são tratados com inibidores do SGLT2.
Tem sido observado um aumento do número de casos de amputação dos membros inferiores (principalmente do dedo grande do pé) em ensaios clínicos de longo prazo com outro inibidor do SGLT2. Desconhece-se se tal constitui um efeito de classe. Como para todos os doentes diabéticos, é importante aconselhar os doentes sobre cuidados preventivos de rotina com os pés.
A eficácia de ertugliflozina é dependente da função renal, estando reduzida em doentes com compromisso renal moderado e provavelmente ausente em doentes com compromisso renal grave.
Ertugliflozina não deve ser iniciado em doentes com uma TFGe inferior a 60 ml/min/1,73 m2 ou uma ClCr inferior a 60 ml/min. Ertugliflozina deve ser descontinuado quando a TFGe é persistentemente inferior a 45 ml/min/1,73 m2 ou a ClCr é persistentemente inferior a 45 ml/min devido a uma redução da eficácia.
A monitorização da função renal é recomendada da seguinte forma:
- Antes do início da ertugliflozina e periodicamente durante o tratamento.
- Com maior frequência nos doentes com uma TFGe inferior a 60 ml/min/1,73 m2 ou uma ClCr inferior a 60 ml/min.
A ertugliflozina pode aumentar o risco de hipoglicemia quando utilizada em associação com insulina e/ou um secretagogo de insulina, os quais se sabe que causam hipoglicemia. Por conseguinte, poderá ser necessária uma dose inferior de insulina ou de secretagogo de insulina para minimizar o risco de hipoglicemia quando utilizados em associação com a ertugliflozina.
A ertugliflozina aumenta o risco de infecções fúngicas genitais. Em ensaios com inibidores do SGLT2, os doentes com antecedentes de infecções fúngicas genitais e os homens não circuncidados tinham maior probabilidade de desenvolver infecções fúngicas genitais. Os doentes devem ser monitorizados e tratados adequadamente.
A excreção urinária da glicose pode estar associada a um risco aumentado de infecções do tracto urinário. A incidência de infecções do tracto urinário não apresentou uma diferença notória nos grupos de ertugliflozina de 5 mg e 15 mg (4,0% e 4,1%) e no grupo placebo (3,9%). A maioria dos acontecimentos foram ligeiros ou moderados e não foi reportado nenhum caso grave. A interrupção temporária da ertugliflozina deve ser considerada no tratamento da pielonefrite ou urosepsis.
Os doentes idosos poderão ter um risco acrescido de deplecção de volume. Os doentes com idade igual ou superior a 65 anos tratados com ertugliflozina tiveram uma incidência superior de reacções adversas relacionadas com deplecção de volume comparativamente a doentes mais novos. É de esperar que a ertugliflozina tenha uma eficácia diminuída em doentes idosos com compromisso renal.
A experiência com doentes de classe I-II da New York Heart Association (NYHA) é limitada e não existe experiência em estudos clínicos com ertugliflozina em doentes de classe III-IV da NYHA.
Devido ao seu mecanismo de acção, os doentes a tomar Ertugliflozina terão resultados positivos para a glicose na urina. Devem usar-se métodos alternativos para monitorizar o controlo glicémico.
Não se recomenda a monitorização do controlo glicémico com o doseamento do 1,5-AG pois as medições do 1,5-AG não são fiáveis para a avaliação do controlo glicémico em doentes a tomar inibidores do SGLT2. Devem usar-se métodos alternativos para monitorizar o controlo glicémico.
A ertugliflozina causa uma diurese osmótica, que pode resultar em contração do volume intravascular. Por conseguinte, pode ocorrer hipotensão sintomática após o início de tratamento com Ertugliflozina, particularmente em doentes com compromisso da função renal (TFGe inferior a 60 ml/min/1,73 m2 ou ClCr inferior a 60 ml/min), em doentes idosos (≥ 65 anos), em doentes a tomar diuréticos ou em doentes em terapêutica anti-hipertensora com antecedentes de hipotensão. Antes de iniciar Ertugliflozina, o estado do volume deve ser avaliado e corrigido, se for indicado. Monitorizar quanto a sinais e sintomas após o início da terapêutica.
Devido ao seu mecanismo de acção, a ertugliflozina induz uma diurese osmótica e aumenta a creatinina sérica e diminui a TFGe. Os aumentos da creatinina sérica e as diminuições da TFGe foram maiores em doentes com compromisso renal moderado.
Em situações que possam resultar em perda de fluidos (p. ex., doença gastrointestinal), recomenda-se monitorização cuidadosa do volume (p. ex., exame físico, medições da pressão arterial, análises clínicas incluindo o hematócrito) e dos electrólitos para os doentes a receber ertugliflozina. Deve ser ponderada a interrupção temporária do tratamento com ertugliflozina até a perda de fluidos ser corrigida.
Foram reportados casos raros de CAD, incluindo casos potencialmente fatais e fatais em ensaios clínicos e no período pós-comercialização em doentes tratados com inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2), e foram reportados casos em ensaios clínicos com ertugliflozina. Em alguns casos, a apresentação da condição era atípica com valores de glicemia apenas moderadamente aumentados, abaixo dos 14 mmol/l (250 mg/dl). Desconhece-se se a probabilidade de ocorrência de CAD é maior com doses mais elevadas de ertugliflozina.
O risco de cetoacidose diabética tem de ser considerado no caso de sintomas não específicos, tais como náuseas, vómitos, anorexia, dor abdominal, sede excessiva, dificuldade em respirar, confusão, fadiga fora do normal ou sonolência. Os doentes devem ser avaliados imediatamente quanto a cetoacidose, caso estes sintomas ocorram, independentemente do valor da glicemia.
Nos doentes com suspeita ou diagnóstico de CAD, o tratamento com ertugliflozina deve ser descontinuado de imediato.
O tratamento deve ser interrompido em doentes hospitalizados para procedimentos cirúrgicos major ou por doença clínica aguda grave. Em ambos os casos, o tratamento com ertugliflozina pode ser reiniciado assim que a condição do doente estabilizar.
Antes de iniciar a ertugliflozina, devem ser considerados os factores da história do doente que possam predispor para cetoacidose.
Os doentes que podem ter um risco superior de CAD incluem doentes com baixa reserva da função das células beta (p. ex., doentes com diabetes tipo 2 com peptídeo C baixo ou diabetes autoimune latente do adulto [LADA] ou doentes com antecedentes de pancreatite), doentes com condições que levam a restrições do aporte alimentar ou desidratação grave, doentes para os quais as doses de insulina são reduzidas e doentes com necessidades aumentadas de insulina devido a doença clínica aguda, cirurgia ou abuso de álcool. Os inibidores do SGLT2 devem ser utilizados com precaução nestes doentes.
O reinício do tratamento com um inibidor do SGLT2 em doentes com CAD anterior enquanto estavam a fazer tratamento com um inibidor do SGLT2 não é recomendado, a não ser que outro factor desencadeador inequívoco seja identificado e resolvido.
A segurança e a eficácia da ertugliflozina em doentes com diabetes tipo 1 não foram estabelecidas e a ertugliflozina não deve ser utilizada para o tratamento de doentes com diabetes tipo 1. Dados limitados de ensaios clínicos sugerem que a CAD ocorre com frequência quando doentes com diabetes tipo 1 são tratados com inibidores do SGLT2.
Tem sido observado um aumento do número de casos de amputação dos membros inferiores (principalmente do dedo grande do pé) em ensaios clínicos de longo prazo com outro inibidor do SGLT2. Desconhece-se se tal constitui um efeito de classe. Como para todos os doentes diabéticos, é importante aconselhar os doentes sobre cuidados preventivos de rotina com os pés.
A eficácia de ertugliflozina é dependente da função renal, estando reduzida em doentes com compromisso renal moderado e provavelmente ausente em doentes com compromisso renal grave.
Ertugliflozina não deve ser iniciado em doentes com uma TFGe inferior a 60 ml/min/1,73 m2 ou uma ClCr inferior a 60 ml/min. Ertugliflozina deve ser descontinuado quando a TFGe é persistentemente inferior a 45 ml/min/1,73 m2 ou a ClCr é persistentemente inferior a 45 ml/min devido a uma redução da eficácia.
A monitorização da função renal é recomendada da seguinte forma:
- Antes do início da ertugliflozina e periodicamente durante o tratamento.
- Com maior frequência nos doentes com uma TFGe inferior a 60 ml/min/1,73 m2 ou uma ClCr inferior a 60 ml/min.
A ertugliflozina pode aumentar o risco de hipoglicemia quando utilizada em associação com insulina e/ou um secretagogo de insulina, os quais se sabe que causam hipoglicemia. Por conseguinte, poderá ser necessária uma dose inferior de insulina ou de secretagogo de insulina para minimizar o risco de hipoglicemia quando utilizados em associação com a ertugliflozina.
A ertugliflozina aumenta o risco de infecções fúngicas genitais. Em ensaios com inibidores do SGLT2, os doentes com antecedentes de infecções fúngicas genitais e os homens não circuncidados tinham maior probabilidade de desenvolver infecções fúngicas genitais. Os doentes devem ser monitorizados e tratados adequadamente.
A excreção urinária da glicose pode estar associada a um risco aumentado de infecções do tracto urinário. A incidência de infecções do tracto urinário não apresentou uma diferença notória nos grupos de ertugliflozina de 5 mg e 15 mg (4,0% e 4,1%) e no grupo placebo (3,9%). A maioria dos acontecimentos foram ligeiros ou moderados e não foi reportado nenhum caso grave. A interrupção temporária da ertugliflozina deve ser considerada no tratamento da pielonefrite ou urosepsis.
Os doentes idosos poderão ter um risco acrescido de deplecção de volume. Os doentes com idade igual ou superior a 65 anos tratados com ertugliflozina tiveram uma incidência superior de reacções adversas relacionadas com deplecção de volume comparativamente a doentes mais novos. É de esperar que a ertugliflozina tenha uma eficácia diminuída em doentes idosos com compromisso renal.
A experiência com doentes de classe I-II da New York Heart Association (NYHA) é limitada e não existe experiência em estudos clínicos com ertugliflozina em doentes de classe III-IV da NYHA.
Devido ao seu mecanismo de acção, os doentes a tomar Ertugliflozina terão resultados positivos para a glicose na urina. Devem usar-se métodos alternativos para monitorizar o controlo glicémico.
Não se recomenda a monitorização do controlo glicémico com o doseamento do 1,5-AG pois as medições do 1,5-AG não são fiáveis para a avaliação do controlo glicémico em doentes a tomar inibidores do SGLT2. Devem usar-se métodos alternativos para monitorizar o controlo glicémico.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.
A ertugliflozina não demonstrou qualquer toxicidade em indivíduos saudáveis com doses orais únicas de até 300 mg e doses múltiplas de até 100 mg por dia durante 2 semanas.
Não foram identificados potenciais sinais e sintomas agudos de sobredosagem.
No caso de uma sobredosagem, aplicar as medidas de suporte habituais (p. ex., remover o material não absorvido do tracto gastrointestinal, fazer a monitorização clínica e instituir tratamento de suporte) conforme indicado para o estado clínico do doente.
A remoção da ertugliflozina por hemodiálise não foi estudada.
A ertugliflozina não demonstrou qualquer toxicidade em indivíduos saudáveis com doses orais únicas de até 300 mg e doses múltiplas de até 100 mg por dia durante 2 semanas.
Não foram identificados potenciais sinais e sintomas agudos de sobredosagem.
No caso de uma sobredosagem, aplicar as medidas de suporte habituais (p. ex., remover o material não absorvido do tracto gastrointestinal, fazer a monitorização clínica e instituir tratamento de suporte) conforme indicado para o estado clínico do doente.
A remoção da ertugliflozina por hemodiálise não foi estudada.
Terapêutica Interrompida
Caso uma dose seja esquecida, esta deve ser tomada logo que o doente se lembre. Os doentes não devem tomar duas doses de Ertugliflozina ao mesmo tempo.
Cuidados no Armazenamento
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Ertugliflozina Diuréticos
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacodinâmicas Diuréticos A ertugliflozina pode contribuir para o efeito diurético dos diuréticos e pode aumentar o risco de desidratação e hipotensão. - Diuréticos
Ertugliflozina Insulinas
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacodinâmicas Insulina e secretagogos de insulina A insulina e os secretagogos de insulina, tais como as sulfonilureias, causam hipoglicemia. A ertugliflozina pode aumentar o risco de hipoglicemia quando utilizada em associação com insulina e/ou um secretagogo de insulina. Por conseguinte, poderá ser necessária uma dose inferior de insulina ou de secretagogo de insulina para reduzir o risco de hipoglicemia quando utilizados em associação com a ertugliflozina. - Insulinas
Ertugliflozina Sulfonilureias
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacodinâmicas Insulina e secretagogos de insulina A insulina e os secretagogos de insulina, tais como as sulfonilureias, causam hipoglicemia. A ertugliflozina pode aumentar o risco de hipoglicemia quando utilizada em associação com insulina e/ou um secretagogo de insulina. Por conseguinte, poderá ser necessária uma dose inferior de insulina ou de secretagogo de insulina para reduzir o risco de hipoglicemia quando utilizados em associação com a ertugliflozina. - Sulfonilureias
Ertugliflozina Sitagliptina
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas Efeitos de outros medicamentos na farmacocinética da ertugliflozina O metabolismo pela UGT1A9 e UGT2B7 é o principal mecanismo de depuração para a ertugliflozina. Estudos de interacção efetuados em indivíduos saudáveis, utilizando uma conceção de dose única, sugerem que a farmacocinética da ertugliflozina não é alterada pela sitagliptina, metformina, glimepirida ou sinvastatina. Efeitos da ertugliflozina na farmacocinética de outros medicamentos Estudos de interacção efetuados em voluntários saudáveis sugerem que a ertugliflozina não tem qualquer efeito clinicamente relevante na farmacocinética da sitagliptina, metformina e glimepirida. - Sitagliptina
Ertugliflozina Metformina
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas Efeitos de outros medicamentos na farmacocinética da ertugliflozina O metabolismo pela UGT1A9 e UGT2B7 é o principal mecanismo de depuração para a ertugliflozina. Estudos de interacção efetuados em indivíduos saudáveis, utilizando uma conceção de dose única, sugerem que a farmacocinética da ertugliflozina não é alterada pela sitagliptina, metformina, glimepirida ou sinvastatina. Efeitos da ertugliflozina na farmacocinética de outros medicamentos Estudos de interacção efetuados em voluntários saudáveis sugerem que a ertugliflozina não tem qualquer efeito clinicamente relevante na farmacocinética da sitagliptina, metformina e glimepirida. - Metformina
Ertugliflozina Glimepirida
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas Efeitos de outros medicamentos na farmacocinética da ertugliflozina O metabolismo pela UGT1A9 e UGT2B7 é o principal mecanismo de depuração para a ertugliflozina. Estudos de interacção efetuados em indivíduos saudáveis, utilizando uma conceção de dose única, sugerem que a farmacocinética da ertugliflozina não é alterada pela sitagliptina, metformina, glimepirida ou sinvastatina. Efeitos da ertugliflozina na farmacocinética de outros medicamentos Estudos de interacção efetuados em voluntários saudáveis sugerem que a ertugliflozina não tem qualquer efeito clinicamente relevante na farmacocinética da sitagliptina, metformina e glimepirida. - Glimepirida
Ertugliflozina Sinvastatina
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas Efeitos de outros medicamentos na farmacocinética da ertugliflozina O metabolismo pela UGT1A9 e UGT2B7 é o principal mecanismo de depuração para a ertugliflozina. Estudos de interacção efetuados em indivíduos saudáveis, utilizando uma conceção de dose única, sugerem que a farmacocinética da ertugliflozina não é alterada pela sitagliptina, metformina, glimepirida ou sinvastatina. A co-administração de sinvastatina e ertugliflozina resultou num aumento de 24% e 19% na AUC e Cmax da sinvastatina, respectivamente, e num aumento de 30% e 16% na AUC e Cmax do ácido de sinvastatina, respectivamente. O mecanismo para os pequenos aumentos da sinvastatina e do ácido de sinvastatina é desconhecido e não é causado pela inibição da OATP pela ertugliflozina. Estes aumentos não são considerados clinicamente relevantes. - Sinvastatina
Ertugliflozina Rifampicina (rifampina)
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas A administração de doses múltiplas de rifampicina (um indutor da UGT e do CYP) diminui a AUC e a Cmax da ertugliflozina em 39% e 15%, respectivamente. Esta diminuição na exposição não é considerada clinicamente relevante e, por conseguinte, não é recomendado qualquer ajuste posológico. Não é de esperar um efeito clinicamente relevante com outros indutores (p. ex., carbamazepina, fenitoína, fenobarbital). O impacto dos inibidores da UGT na farmacocinética da ertugliflozina não foi estudado clinicamente, mas não é esperado que qualquer potencial aumento à exposição de ertugliflozina devido à inibição da UGT, seja clinicamente relevante. - Rifampicina (rifampina)
Ertugliflozina Carbamazepina
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas A administração de doses múltiplas de rifampicina (um indutor da UGT e do CYP) diminui a AUC e a Cmax da ertugliflozina em 39% e 15%, respectivamente. Esta diminuição na exposição não é considerada clinicamente relevante e, por conseguinte, não é recomendado qualquer ajuste posológico. Não é de esperar um efeito clinicamente relevante com outros indutores (p. ex., carbamazepina, fenitoína, fenobarbital). O impacto dos inibidores da UGT na farmacocinética da ertugliflozina não foi estudado clinicamente, mas não é esperado que qualquer potencial aumento à exposição de ertugliflozina devido à inibição da UGT, seja clinicamente relevante. - Carbamazepina
Ertugliflozina Fenitoína
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas A administração de doses múltiplas de rifampicina (um indutor da UGT e do CYP) diminui a AUC e a Cmax da ertugliflozina em 39% e 15%, respectivamente. Esta diminuição na exposição não é considerada clinicamente relevante e, por conseguinte, não é recomendado qualquer ajuste posológico. Não é de esperar um efeito clinicamente relevante com outros indutores (p. ex., carbamazepina, fenitoína, fenobarbital). O impacto dos inibidores da UGT na farmacocinética da ertugliflozina não foi estudado clinicamente, mas não é esperado que qualquer potencial aumento à exposição de ertugliflozina devido à inibição da UGT, seja clinicamente relevante. - Fenitoína
Ertugliflozina Fenobarbital
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas A administração de doses múltiplas de rifampicina (um indutor da UGT e do CYP) diminui a AUC e a Cmax da ertugliflozina em 39% e 15%, respectivamente. Esta diminuição na exposição não é considerada clinicamente relevante e, por conseguinte, não é recomendado qualquer ajuste posológico. Não é de esperar um efeito clinicamente relevante com outros indutores (p. ex., carbamazepina, fenitoína, fenobarbital). O impacto dos inibidores da UGT na farmacocinética da ertugliflozina não foi estudado clinicamente, mas não é esperado que qualquer potencial aumento à exposição de ertugliflozina devido à inibição da UGT, seja clinicamente relevante. - Fenobarbital
Ertugliflozina Inibidores da UGT
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacocinéticas A administração de doses múltiplas de rifampicina (um indutor da UGT e do CYP) diminui a AUC e a Cmax da ertugliflozina em 39% e 15%, respectivamente. Esta diminuição na exposição não é considerada clinicamente relevante e, por conseguinte, não é recomendado qualquer ajuste posológico. Não é de esperar um efeito clinicamente relevante com outros indutores (p. ex., carbamazepina, fenitoína, fenobarbital). O impacto dos inibidores da UGT na farmacocinética da ertugliflozina não foi estudado clinicamente, mas não é esperado que qualquer potencial aumento à exposição de ertugliflozina devido à inibição da UGT, seja clinicamente relevante. - Inibidores da UGT
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Ertugliflozina não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação.
Os doentes devem ser alertados para o risco de hipoglicemia quando Ertugliflozina é utilizado em associação com insulina ou um secretagogo de insulina e para o risco elevado de reacções adversas relacionadas com a deplecção de volume, tais como tonturas posturais.
Ertugliflozina não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação.
Os doentes devem ser alertados para o risco de hipoglicemia quando Ertugliflozina é utilizado em associação com insulina ou um secretagogo de insulina e para o risco elevado de reacções adversas relacionadas com a deplecção de volume, tais como tonturas posturais.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 29 de Outubro de 2024