Crómio

O que é
O crómio ou cromo do grego χρώμα, pronunciado como "chróma", significando cor, é um elemento químico de símbolo Cr, número atómico 24 (24 protões e 24 electrões) e massa atómica 52 u, sólido em temperatura ambiente.

É um metal encontrado no grupo 6 (anteriormente denominado como 6B) da Classificação Periódica dos Elementos, empregado especialmente em metalurgia em processos denominados eletrodeposição. Alguns de seus óxidos e cromatos são usados como corantes.

Onde podemos encontrar este mineral?
As principais fontes de crómio incluem:
- carne e gordura animal;
- peixe;
- açúcar mascavado;
- café e chá;
- fígado de vitela;
- pão de trigo e centeio;
- levedura de cerveja;
- alimentos enlatados, devido à libertação de crómio da lata.

Embora alguns estudos sugiram que os níveis de crómio presentes no nosso organismo podem diminuir com a idade, as quantidades de crómio necessárias ao funcionamento do organismo são muito reduzidas.

Quais os sinais e sintomas de falta de crómio?
A deficiência de crómio é rara, no entanto, quando ocorre, deve-se a:
- malnutrição;
- gravidez;
- stress;
- nutrição parenteral total (NPT) efectuada por tempo prolongado (nutrição feita por via diferente da gastrointestinal que se destina a substituir a alimentação normal de certos doentes).
Usos comuns
O crómio ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue.
O crómio é um mineral essencial ao organismo, que tem a capacidade de manter estáveis os níveis de açúcar na corrente sanguínea. Actua sobre os receptores de insulina, potenciando o seu efeito, e estimula a captação de glicose e aminoácidos pelas células.

Está presente em alguns alimentos, como levedura de cerveja, ostras, cereais integrais, carne, frutos secos, vegetais (cogumelos e espinafre) e frutas (banana e maça).
Tipo
Molécula pequena.
História
Em 1761, Johann Gottlob Lehmann encontrou nos Urais (Rússia) um mineral de cor laranja avermelhada que denominou de "chumbo vermelho da Sibéria". Esse mineral era a crocoíta (PbCrO4), e acreditou-se, na época, que era um composto de chumbo com selénio e ferro.

Em 1770, Peter Simon Pallas escavou no mesmo lugar e encontrou o mineral, verificando ser muito útil, devido às suas propriedades, como pigmento, em pinturas. Essa aplicação como pigmento difundiu-se rapidamente.

Em 1797, Louis Nicolas Vauquelin recebeu amostras desse material. Foi capaz de, a partir dele, produzir o óxido de crómio (CrO3) misturando crocoíta com ácido clorídrico (HCl).

Em 1798, descobriu que se podia isolar o crómio aquecendo o óxido em um forno de carvão. Também se pode detectar traços de crómio em pedras preciosas, como por exemplo, em rubis e esmeraldas. Denominou o elemento de crómio (do grego "chroma", que significa "cor") devido às diferentes colorações que apresentam os compostos desse elemento.

O crómio foi empregado principalmente como corante em pinturas. No final do século XIX começou a ser utilizado como aditivo em aço. Actualmente, em torno de 85% do crómio consumido é utilizado em ligas metálicas.
Indicações
Os suplementos alimentares existentes com este mineral são, essencialmente, utilizados no controlo da diabetes tipo 1 e 2, devido à contribuição do crómio na manutenção dos níveis normais de glicemia e no normal metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas e gorduras. É, por isso, muitas vezes indicado, por exemplo, no controlo da obesidade.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
O cromo é um nutriente essencial envolvido no metabolismo da glicose, insulina e lipídios no sangue.
Seu papel na potencialização de cascatas de sinalização de insulina tem sido implicado em vários estudos.
O Crómio regula positivamente a transdução do sinal de insulina estimulada pela insulina, afectando as moléculas efectoras a jusante do receptor de insulina (IR).
A via de sinalização mediada por IR envolve fosforilação de múltiplos domínios intracelulares e proteínas cinases e moléculas efetoras a jusante.
Após a activação de ligantes, a subunidade β intracelular dos autofosforilados IR e activa o domínio tirosina cinase da IR, seguido pela activação e fosforilação das proteínas reguladoras e efetores de sinalização a jusante, incluindo fosfatidilinositol 2-cinase (PI3K). O PI3K activa outras cascatas de reacção a jusante para activar a proteína quinase B (Akt) para finalmente promover a translocação das veias transportadoras de glicose-4 (Glut4) do citoplasma para a superfície celular e regular a captação de glicose.
O Crómio aumenta a actividade de quinase do receptor de insulina β e aumenta a actividade dos efectores a jusante, pI3-quinase e Akt.

Sob condições resistentes à insulina, o cromo também promove a translocação do transportador GLUT-4, independente da actividade de IR, IRS-1, PI3-quinase ou Akt; o cromo medeia o efluxo de colesterol das membranas através do aumento da fluidez da membrana, diminuindo o colesterol da membrana e a regulação positiva da proteína de ligação ao elemento regulador de esterol. Como resultado, os transportadores intracelulares de GLUT-4 são estimulados a translocar da membrana intracelular para a plasma, levando para aumentar a captação de glicose nas células musculares 8. O cromo atenua a actividade do PTP-1B in vitro, que é um regulador negativo da sinalização da insulina. Também alivia o estresse do ER que é observado como sendo elevado, a supressão da sinalização de insulina. Pensa-se que o estresse do ER ative a c-Jun N-terminal kinase (JNK), que subsequentemente induz a fosforilação da serina do IRS e a aberração da sinalização da insulina. A regulação positiva transitória da AMPK pelo cromo também leva ao aumento da captação de glicose.
Posologia Orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Via oral.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade ao crómio.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Os efeitos colaterais podem ser dor de cabeça, insónia, diarreia, vómitos, problemas de fígado, anemia ou insuficiência hepática.
Advertências

Sem informação.

Precauções Gerais
Geralmente, não se considera que o crómio metálico e os compostos de crómio (III) sejam, especialmente, um risco para a saúde. Trata-se de um elemento essencial para o ser humano, porém em altas concentrações é toxico.

Os compostos de crómio (VI) são tóxicos quando ingeridos, sendo a dose letal de alguns gramas. Em níveis não letais, o crómio (VI) (crómio hexavalente) é altamente carcinógeno. A maioria dos compostos de crómio (VI) irritam os olhos, a pele e as mucosas. A exposição crónica a compostos de crómio (VI) pode provocar danos permanentes nos olhos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda desde 1958 uma concentração máxima de 0,05 mg/litro de crómio(VI) na água de consumo. Este valor está sendo revisto, havendo novos estudos sobre os seus efeitos a saúde.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.
Terapêutica Interrompida
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Sem Resultados
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024