Colistina (Polimixina E)
O que é
A Colistina (Polimixina E) é um antibiótico polipeptídeo cíclico de Bacillus colistinus.
É composto por polimixinas E1 e E2 (ou Colistins A, B, e C), que actuam como detergentes nas membranas celulares.
A Colistina é menos tóxica do que a Polimixina B, mas por outro lado semelhante; o metanossulfonato é usado por via oral.
É composto por polimixinas E1 e E2 (ou Colistins A, B, e C), que actuam como detergentes nas membranas celulares.
A Colistina é menos tóxica do que a Polimixina B, mas por outro lado semelhante; o metanossulfonato é usado por via oral.
Usos comuns
A Colistina (Polimixina E) está indicada para infecções graves por bactérias resistentes a alternativas menos tóxicas.
Tem sido usada principalmente em infecções por P.aeruginosa e Acinetobacter sp. resistentes a todas as alternativas disponíveis.
Também é usada por via inalatória, para tratamento dos pacientes com fibrose cística colonizados por P. aeruginosa.
Tem sido usada principalmente em infecções por P.aeruginosa e Acinetobacter sp. resistentes a todas as alternativas disponíveis.
Também é usada por via inalatória, para tratamento dos pacientes com fibrose cística colonizados por P. aeruginosa.
Tipo
Molécula pequena.
História
A colistina foi descoberta em 1947.
A Colistina foi obtida a partir de um ensaio de fermentacção de bactérias por um cientista japonês em 1949.
A Colistina foi obtida a partir de um ensaio de fermentacção de bactérias por um cientista japonês em 1949.
Indicações
Colistina (Polimixina E) está indicada para o tratamento de infecções agudas ou crónicas devidas a estirpes sensíveis de certos bacilos gram-negativos, em particular Pseudomonas aeruginosa.
Classificação CFT
1.1.11 : Outros antibacterianos
Mecanismo De Acção
A Colistina (Polimixina E) é um agente activo de superfície que penetra e rompe a membrana da célula bacteriana. É policatiónica e tem duas porções hidrófobas e lipófilas.
Interage com a membrana citoplasmática de bactérias, alterando a permeabilidade da mesma. Este efeito é bactericida.
Há também evidência de que as polimixinas entram na célula e precipitam componentes citoplasmáticos, principalmente ribossomas.
Interage com a membrana citoplasmática de bactérias, alterando a permeabilidade da mesma. Este efeito é bactericida.
Há também evidência de que as polimixinas entram na célula e precipitam componentes citoplasmáticos, principalmente ribossomas.
Posologia Orientativa
Crianças, adolescentes e adultos: calcular a dose pelo peso ideal.
IM, EV: 2,5-5 mg/kg/dia, divididos a cada 6-12 h.
Infusão contínua: administrar metade da dose em bolus e, 1-2 h depois, infundir o restante ao longo de 24 h.
Fibrose cística: EV: 5-8 mg/kg/dia, a cada 8 h; máximo de 160 mg/dose.
Inalatória: 75 mg em SF 0,9% (4 mL de volume final), 2x/dia.
IM, EV: 2,5-5 mg/kg/dia, divididos a cada 6-12 h.
Infusão contínua: administrar metade da dose em bolus e, 1-2 h depois, infundir o restante ao longo de 24 h.
Fibrose cística: EV: 5-8 mg/kg/dia, a cada 8 h; máximo de 160 mg/dose.
Inalatória: 75 mg em SF 0,9% (4 mL de volume final), 2x/dia.
Administração
Vias Oral, IV.
Diluir o conteúdo da ampola com 2 mL de água destilada, movimentando suavemente para evitar formação de espuma.
Pode ser administrada IM ou em bólus de 3-10 min por via EV.
Para infusão contínua, diluir em SF 0,9%, SFG ou SG 5%; a concentração dependerá das necessidades hídricas do Paciente.
Para nebulização, diluir em 4 mL de SF 0,9%.
Diluir o conteúdo da ampola com 2 mL de água destilada, movimentando suavemente para evitar formação de espuma.
Pode ser administrada IM ou em bólus de 3-10 min por via EV.
Para infusão contínua, diluir em SF 0,9%, SFG ou SG 5%; a concentração dependerá das necessidades hídricas do Paciente.
Para nebulização, diluir em 4 mL de SF 0,9%.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Colistina.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Neurotóxica e nefrotóxica; a colistina pode causar fala lenta, tonturas, vertigens, febre, ataxia, confusão mental, convulsões, prurido, urticária e outras erupções cutâneas, desconforto gastrintestinal, parestesias, fraqueza muscular, neuropatia periférica, redução da função renal, IR, hematúria, albuminúria, apneia; broncoespasmo e tosse podem ocorrer com a administração inalatória.
Advertências
Gravidez:O uso deste medicamentona gravidez só é aceito na ausência de alternativas terapêuticas mais seguras.
Aleitamento:Os possíveis efeitos no recém-nascido são desconhecidos, por isso é recomendável interromper a amamentação ou evitar a administração desse medicamento.
Precauções Gerais
– Rim: embora improvável, existe o risco de ocorrer absorção sistémica da Colistina. Dada a sua nefrotoxicidade, podem produzir uma deterioração do estado patológico do Paciente.
Portanto, recomenda-se uma monitorização clínica rigorosa do Paciente.
– Superinfecção: o tratamento prolongado pode suprimir a flora intestinal, e pode suportar o crescimento de outros micro-organismos, tais como Proteus.
– Miastenia Gravis: embora a absorção oral seja mínima, considerar que a Colistina reduz a libertação pré-sináptica de Acetilcolina na junção neuromuscular que pode agravar a miastenia gravis.
– Porfiria.
Portanto, recomenda-se uma monitorização clínica rigorosa do Paciente.
– Superinfecção: o tratamento prolongado pode suprimir a flora intestinal, e pode suportar o crescimento de outros micro-organismos, tais como Proteus.
– Miastenia Gravis: embora a absorção oral seja mínima, considerar que a Colistina reduz a libertação pré-sináptica de Acetilcolina na junção neuromuscular que pode agravar a miastenia gravis.
– Porfiria.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de Intoxicações.
Terapêutica Interrompida
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Enterobacter sp., Klebsiella sp., Escherichia sp., Salmonella sp., Shigella sp., Haemophilus sp., Pasteurella sp., Vibrio sp., Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter sp..
Não age contra Proteus sp., Serratia sp., Neisseria sp. e Brucella sp.
Não age contra Proteus sp., Serratia sp., Neisseria sp. e Brucella sp.
Cefadroxil Colistina (Polimixina E)
Observações: A ocorrência de diarreia pode prejudicar a absorção de outros medicamentos ficando assim a sua eficácia comprometida. Uma diurese forçada leva a uma diminuição dos níveis sanguíneos de cefadroxil.Interacções: O tratamento com cefadroxil em combinação com antibacterianos aminoglicosídeos, polimixina B, vancomicina, colistina ou doses elevadas de diuréticos da ansa deve ser evitado porque estas combinações podem potenciar efeitos nefrotóxicos. - Colistina (Polimixina E)
Cefatrizina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Existe um maior risco de nefrotoxicidade quando se associa a Cefatrizina com medicamentos como por exemplo aminoglicosidos, colistina, polimixina B ou vancomicina, que por si só possuem já potencial nefrotóxico. Existe a possibilidade de adição ou sinergia dos efeitos, por associação da Cefatrizina com outros medicamentos anti-infecciosos nomeadamente aminoglicosidos, penicilinas ou cloranfenicol. - Colistina (Polimixina E)
Cefodizima sódica Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: A administração concomitante de Cefodizima sódica e Aminoglicosídeos, polimixina B ou colistina pode levar a perturbação da função renal. - Colistina (Polimixina E)
Cefoxitina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: A administração concomitante de cefalosporinas e aminoglicósidos, colistina, polimixina B ou vancomicina aumenta o risco de nefrotoxicidade associada a estes agentes nefrotóxicos. - Colistina (Polimixina E)
Neostigmina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Fármacos capazes de induzir bloqueio neuromuscular (aminoglicosidos, clindamicina, colistina, ciclopropano e anestésicos halogenados inalados) podem antagonizar os efeitos da neostigmina. - Colistina (Polimixina E)
Gentamicina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Devido ao aumento do risco de aparecimento de efeitos indesejáveis, é necessário uma monitorização cuidadosa dos doentes tratados concorrentemente ou sequencialmente com fármacos potencialmente nefrotóxicos ou ototóxicos como por exemplo: Anfotericina B, colistina, ciclosporina, cisplatina, vancomicina, estreptomicina, viomicina, aminoglicosídeos, algumas cefalosporinas e diuréticos da ansa tais como o ácido etacrínico e furosemida. - Colistina (Polimixina E)
Amicacina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Produtos neurotóxicos ou nefrotóxicos: Deve-se evitar o uso simultâneo ou sequencial, por via sistémica, oral ou tópica, em particular de bacitracina, cisplatina, anfotericina B, gentamicina, tobramicina, Canamicina, neomicina, estreptomicina, cefaloridina, paramomicina, viomicina, polimixina B, colistina, vancomicina ou outros aminoglicosídeos, cidofovir e cefalosporinas; a indometacina provoca aumento da toxicidade sobretudo no período neonatal; em doentes com função renal diminuída pode haver redução da actividade dos aminoglicosídeos com o uso concomitante de penicilinas. - Colistina (Polimixina E)
Teicoplanina Colistina (Polimixina E)
Observações: Não foram realizados estudos de interacção específicos. Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.Interacções: A teicoplanina deve ser utilizada com precaução quando conjugada ou quando utilizada sequencialmente com outros medicamentos conhecidos por terem potencial nefrotóxico ou ototóxico. Estes incluem aminoglicosídeos, colistina, anfotericina B, ciclosporina, cisplatina, furosemida e ácido etacrínico. No entanto, não há evidência de toxicidade sinérgica em combinações com a teicoplanina. - Colistina (Polimixina E)
Cefazolina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Agentes nefrotóxicos: Não pode ser excluído que a nefrotoxicidade de antibióticos (por ex. aminoglicosídeos, colistina e polimixina B), agentes de contraste iodados, organoplasticos, metotrexato usado em elevadas doses, alguns fármacos antivirais, pentamidina, ciclosporina, tacrólimus e diuréticos (por ex. Furosemida) é aumentada. Quando administrados com cefazolina, a função renal deve ser cuidadosamente monitorizada. - Colistina (Polimixina E)
Neomicina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: A Neomicina potencia a nefrotoxicidade de alguns fármacos, a exemplo de outros aminoglicosídeos, diuréticos da ansa, cefalosporinas, anfotericina B, ciclosporina, polimixinas (B e colistina), compostos de platina (cisplatina), glicopeptídeos, bacitracina, pelo que se devem evitar estas associações. - Colistina (Polimixina E)
Netilmicina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Tal como para outros aminoglicosídeos, deve evitar-se o uso sistémico ou tópico concomitante e/ou sequencial de outros fármacos potencialmente neurotóxicos e/ou nefrotóxicos. A utilização concomitante de Netilmicina com outros fármacos potencialmente nefrotóxicos aumenta o risco de nefrotoxicidade. Estes fármacos incluem aminoglicosídeos, vancomicina, polimixina B, colistina, organoplatinas, metotrexato em doses elevadas, “ifosfamida pentamidina”, foscarnet, alguns agentes antivíricos (aciclovir, ganciclovir, adefovir, ciclovir, terovir), anfotericina B, imunossupressores, tais como a ciclosporina ou tacrolimus, e meios de contraste com iodo. Se a utilização de tal associação for necessária, a função renal deve ser rigorosamente monitorizada com testes laboratoriais apropriados. Deve ser evitado o uso concomitante e/ou sequencial, sistémico ou tópico, de outros fármacos potencialmente neurotóxicos e/ou nefrotóxicos, tais como a cisplatina, bacitracina, polimixina B, colistina, cefaloridina, anfotericina B, canamicina, aciclovir, gentamicina, amicacina, sisomicina, tobramicina, neomicina, estreptomicina, paromomicina, viomicina e vancomicina. - Colistina (Polimixina E)
Vancomicina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Outros medicamentos possivelmente nefrotóxicos ou ototóxicos: A utilização simultânea e/ou subsequente, de outros fármacos potencialmente neurotóxicos e/ou nefrotóxicos, como gentamicina, anfotericina B, estreptomicina, neomicina, canamicina, amicacina, tobramicina, viomicina, bacitracina, polimixina B, colistina ou cisplatina, pode potenciar a nefrotoxicidade e/ou ototoxicidade da vancomicina e, consequentemente, requer uma monitorização cuidadosa. Devido à acção sinérgica (por exemplo, com gentamicina) nestes casos a dose máxima de vancomicina tem de ficar restrita a 0,5 g a cada 8 horas. - Colistina (Polimixina E)
Metoxiflurano Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Deve ser evitada a utilização concomitante de metoxiflurano com medicamentos (por exemplo, agentes de contraste e alguns antibióticos) com reconhecido efeito nefrotóxico, pois poderá verificar-se um efeito aditivo na nefrotoxicidade. Os antibióticos com conhecido potencial nefrotóxico incluem a tetraciclina, a gentamicina, a colistina, a polimixina B e a anfotericina B. É aconselhável evitar a utilização de uma anestesia com sevoflurano após uma analgesia com metoxiflurano, pois o sevoflurano aumenta os níveis séricos de fluoreto e a nefrotoxicidade do metoxiflurano está associada com o aumento do fluoreto sérico. - Colistina (Polimixina E)
Dexametasona + Netilmicina Colistina (Polimixina E)
Observações: Não foram realizados estudos de interacção com Dexametasona / Netilmicina. A informação é sobre cada um dos componentes.Interacções: Netilmicina: Não foram notificadas interacções medicamentosas significativas com a utilização de netilmicina colírio. A administração concomitante de outros antibióticos potencialmente nefrotóxicos e ototóxicos (mesmo de aplicação tópica, em particular intracavitária) poderá aumentar o risco destes efeitos. Foi comunicado um aumento potencial da nefrotoxicidade de alguns aminoglicósidos após a administração concomitante ou subsequente de outras substâncias potencialmente nefrotóxicas, tais como a cisplatina, polimixina B, colistina, viomicina, estreptomicina, vancomicina, outros aminoglicósidos e algumas cefalosporinas (cefaloridina) ou diuréticos potentes, tais como o ácido etacrínico e a furosemida, devido aos efeitos no rim. Deve evitar-se a administração concomitante ou subsequente destes fármacos com a netilmicina. - Colistina (Polimixina E)
Cloreto de doxacúrio Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: Outros medicamentos que podem aumentar a acção bloqueadora neuromuscular de agentes não despolarizantes, como Cloreto de doxacúrio, incluem certos antibióticos (por exemplo, aminoglicosídeos, tetraciclinas, bacitracina, polimixinas, lincomicina, clindamicina, colistina e colistimetato de sódio), sais de magnésio, lítio, anestésicos locais, procainamida, e quinidina. - Colistina (Polimixina E)
Trietiodeto de galamina Colistina (Polimixina E)
Observações: n.d.Interacções: O uso simultâneo com aminoglicosídeos e polimixina pode aumentar a acção do Trietiodeto de galamina. - Colistina (Polimixina E)
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Não existem estudos adequados e bem controlados em humanos. A colistina é pouco absorvida por via oral, dificultando o alcance de concentrações significativas no sangue. O uso deste medicamentona gravidez só é aceito na ausência de alternativas terapêuticas mais seguras.
A colistina é excretada em quantidades desprezíveis no leite humano, uma vez que é pouco absorvida por via oral. Os possíveis efeitos no recém-nascido são desconhecidos, por isso é recomendável interromper a amamentação ou evitar a administração desse medicamento.
Não existem estudos adequados e bem controlados em humanos. A colistina é pouco absorvida por via oral, dificultando o alcance de concentrações significativas no sangue. O uso deste medicamentona gravidez só é aceito na ausência de alternativas terapêuticas mais seguras.
A colistina é excretada em quantidades desprezíveis no leite humano, uma vez que é pouco absorvida por via oral. Os possíveis efeitos no recém-nascido são desconhecidos, por isso é recomendável interromper a amamentação ou evitar a administração desse medicamento.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024