Blinatumomab

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
O Blinatumomab pertence a um grupo de medicamentos designados agentes antineoplásicos que têm como alvo as células cancerígenas.

O Blinatumomab é utilizado para tratar adultos com leucemia linfoblástica aguda. A leucemia linfoblástica aguda é um cancro do sangue em que um tipo particular de glóbulos brancos chamados “linfócitos B” cresce de forma descontrolada. O medicamento actua ao permitir que o sistema imunitário ataque e destrua estes glóbulos brancos cancerígenos anormais.
Usos comuns
O Blinatumomab é utilizado para tratar adultos com leucemia linfoblástica aguda.
Tipo
Biológico.
História
Sem informação.
Indicações
O Blinatumomab está indicado para o tratamento de adultos com leucemia linfoblástica aguda (LLA) de células B precursoras, cromossoma Filadélfia negativo, em recaída ou refratária.
Classificação CFT

16.3 : IMUNOMODULADORES

Mecanismo De Acção
O blinatumomab é uma estrutura de anticorpo biespecífico das células T que se liga especificamente ao receptor CD19 expresso na superfície das células com origem na linhagem B e ao receptor CD3 expresso na superfície das células T.

Ativa as células T endógenas ao ligar o CD3 ao complexo de receptores das células T (RCT) com o CD19 nas células B benignas e malignas.

A actividade antitumoral da imunoterapia com blinatumomab não está dependente das células T com um RCT específico nem dos antigénios peptídicos apresentados pelas células cancerígenas, mas é de natureza policlonal e independente das moléculas de antigénio do leucócito humano (HLA) nas células alvo.

O Blinatumomab medeia a formação de uma sinapse citolítica entre a célula T e a célula tumoral, libertando enzimas proteolíticas para eliminação das células alvo em proliferação e em repouso.

O Blinatumomab está associado a uma regulação positiva temporária das moléculas de adesão celular, da produção de proteínas citolíticas, da libertação de citocinas inflamatórias e da proliferação de células T, e resulta na eliminação das células CD19+.
Posologia Orientativa
Primeiro ciclo: A dose inicial recomendada para o primeiro ciclo é de 9 microgramas por dia durante 1 semana.
O médico pode decidir aumentar em seguida a sua dose para 28 microgramas por dia nas semanas 2, 3 e 4 do seu tratamento.

Os ciclos seguintes: Se o médico decidir que deve receber ciclos adicionais de Blinatumomab, a sua bomba será programada para perfusão de uma dose de 28 microgramas por dia.

Medicamentos administrados antes de cada ciclo de Blinatumomab: Antes de iniciar o seu tratamento com Blinatumomab, ser-lhe-ão administrados outros medicamentos (pré-medicação) para ajudar a reduzir as reacções relacionadas com a perfusão e outros efeitos secundários possíveis.
Esses medicamentos podem incluir corticosteróides (p. ex. dexametasona).
Administração
O tratamento deve ser iniciado sob indicação e supervisão de um médico experiente no tratamento de doenças malignas hematológicas. É recomendada a hospitalização do doente para a iniciação do tratamento, pelo menos nos primeiros 9 dias do primeiro ciclo e nos primeiros 2 dias do segundo ciclo.

É recomendada a hospitalização dos doentes com história ou presença de patologia clinicamente relevante do sistema nervoso central (SNC), pelo menos, nos primeiros 14 dias do primeiro ciclo.
No segundo ciclo, é recomendada a hospitalização por um mínimo de 2 dias, e a avaliação clínica deve ser baseada na tolerância ao Blinatumomab durante o primeiro ciclo. Devem ser tomadas precauções dado terem sido observados casos de surgimento tardio dos primeiros eventos neurológicos no segundo ciclo.

Recomenda-se a supervisão por um profissional de saúde ou a hospitalização no início ou reinício (p. ex., se o tratamento tiver sido interrompido por 4 horas ou mais) de todos os ciclos seguintes.

A solução para perfusão de Blinatumomab é administrada sob a forma de perfusão intravenosa contínua, com uma taxa de perfusão constante através de uma bomba de perfusão, ao longo de um período de até 96 horas.

A solução para perfusão de Blinatumomab tem de ser administrada através de uma linha intravenosa contendo um filtro integrado de 0,2 micrómetros, estéril, não pirogénico e com baixa capacidade de ligação às proteínas.

Deve ser administrada uma dose terapêutica de 9 mcg/dia ou 28 mcg/dia ao doente, através da perfusão de um total de 240 ml de solução para perfusão de Blinatumomab, através de uma das 4 taxas de perfusão constantes e tempos de duração associados:
– Taxa de perfusão de 10 ml/h ao longo de 24 horas
– Taxa de perfusão de 5 ml/h ao longo de 48 horas
– Taxa de perfusão de 3,3 ml/h ao longo de 72 horas
– Taxa de perfusão de 2,5 ml/h ao longo de 96 horas.

A escolha do tempo de duração da perfusão deve ser feita pelo médico tendo em conta a frequência de substituição da bolsa de perfusão. A dose terapêutica alvo administrada de Blinatumomab não sofre alterações.

Substituição da bolsa de perfusão: A bolsa de perfusão deve ser substituída, pelo menos, a cada 96 horas por um profissional de saúde, por motivos de esterilidade.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade ao Blinatumomab.

Amamentação.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Informe imediatamente o médico se sentir algum ou vários dos seguintes efeitos secundários:
– arrepios, tremores, febre, batimento cardíaco rápido, diminuição da pressão arterial, dores nos músculos, sensação de cansaço, tosse, dificuldade em respirar, confusão, vermelhidão, inchaço ou corrimento na zona afectada ou no local da linha de perfusão – estes podem ser sinais de uma infecção;

– eventos neurológicos: tremelico (ou tremor), confusão, perturbações das funções cerebrais (encefalopatia), dificuldade em falar (afasia), convulsão;

– febre, inchaço, arrepios, diminuição ou aumento da pressão arterial e líquido nos pulmões, que se podem agravar – estes podem ser sinais da chamada síndrome de libertação de citocinas.

O tratamento com Blinatumomab pode provocar uma diminuição dos níveis de determinados glóbulos brancos com ou sem febre associada (neutropenia febril ou neutropenia) ou pode conduzir a um aumento dos níveis de potássio, ácido úrico e fosfato no sangue e a uma diminuição dos níveis de cálcio no sangue (síndrome de lise tumoral).

O médico irá realizar análises regulares ao sangue durante o tratamento com o Blinatumomab.

Outros efeitos secundários incluem
Efeitos secundários muito frequentes (podem afectar mais de 1 pessoa em 10):
– infecções no sangue incluindo infecção bacteriana, fúngica, viral ou outros tipos de infecção;

– diminuição dos níveis de determinados glóbulos brancos com ou sem febre associada [neutropenia (febril), leucopenia], diminuição dos níveis de glóbulos vermelhos, diminuição dos níveis de plaquetas;

– febre, inchaço, arrepios, diminuição ou aumento da pressão arterial e líquido nos pulmões, que se podem agravar (síndrome de libertação de citocinas);

– níveis baixos de potássio no sangue, níveis baixos de magnésio no sangue, níveis elevados de açúcar no sangue, diminuição do apetite;

– dificuldade em dormir;

– dores de cabeça, tremelico (ou tremor), tonturas;

– baixa pressão arterial;

– tosse;

– náusea, obstipação, diarreia, dor abdominal, vómitos, erupção cutânea;

– dor nas costas, dor nas extremidades, articulações inchadas e dolorosas, dor nos ossos;

– febre (pirexia), inchaço das mãos, tornozelos ou pés, arrepios, fadiga, dor no peito;

– aumento dos níveis das enzimas hepáticas (ALT, AST);

– reacções relacionadas com a perfusão podem incluir pieira, vermelhidão, inchaço da face, dificuldade em respirar, pressão arterial baixa, pressão arterial alta.

Efeitos secundários frequentes (podem afectar até 1 pessoa em 10):
– infecção grave que pode causar falência dos órgãos, choque ou pode ser fatal (sépsis)

– infecção pulmonar (pneumonia);

– aumento das contagens de glóbulos brancos, diminuição dos níveis de alguns glóbulos brancos (linfopenia);

– febre, inchaço, arrepios, diminuição ou aumento da pressão arterial e líquido nos pulmões, que podem ser graves e podem ser fatais (cascata de citocinas), reacção alérgica;

– diminuição dos níveis de fosfato no sangue;

– diminuição dos níveis de proteínas no sangue, provocando retenção de água;

– complicações que ocorrem após o tratamento do cancro e que podem conduzir a um aumento dos níveis de potássio, ácido úrico e fosfato no sangue e a uma diminuição dos níveis de cálcio no sangue (síndrome de lise tumoral);

– confusão, desorientação;

– perturbações da função cerebral (encefalopatia) tais como dificuldade em falar (afasia), formigueiro na pele (parestesia), convulsão, dificuldade em pensar ou em processar os pensamentos, dificuldades de memória;

– batimentos cardíacos rápidos (taquicardia);

– inchaço da face, dos lábios, da boca, da língua ou da garganta que pode causar dificuldade em engolir ou respirar;

– níveis baixos de anticorpos chamados “imunoglobulinas” que ajudam o sistema imunitário a combater as infecções (diminuição dos níveis de imunoglobulinas);

– alterações ao nível do sangue, incluindo aumento dos níveis de bilirrubina;

– aumento dos níveis das enzimas hepáticas (GGT).

Efeitos secundários pouco frequentes (podem afectar até 1 pessoa em 100):
– um problema que causa a fuga de líquido dos pequenos vasos sanguíneos para o corpo (síndrome de extravasamento capilar).
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O Blinatumomab não deve ser utilizado durante a gravidez excepto se os potenciais benefícios ultrapassarem os potenciais riscos para o feto.
Condução
Condução
Condução:Devido à possibilidade de eventos neurológicos, os doentes tratados com blinatumomab devem abster-se de conduzir, de realizar tarefas ou actividades perigosas tais como conduzir ou utilizar máquinas pesadas ou potencialmente perigosas durante a aadministração do blinatumomab. Os doentes devem ser alertados de que podem sofrer eventos neurológicos.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Como uma medida de precaução a amamentação é contra-indicada durante a utilização e, pelo menos, durante 48 horas após o tratamento com blinatumomab.
Precauções Gerais
Eventos neurológicos: Foram observados eventos neurológicos, incluindo eventos com um desfecho fatal.

Os eventos neurológicos de Grau 3 (CTCAE versão 4.0) ou superiores (graves ou potencialmente fatais) observados após o início da administração de blinatumomab incluíram encefalopatia, convulsões, alterações do discurso, perturbações da consciência, confusão e desorientação, e perturbações da coordenação e do equilíbrio.

O tempo mediano entre o início da administração de blinatumomab e o aparecimento de um evento neurológico foi de 9 dias. A maioria dos eventos foram resolvidos após a interrupção do tratamento.

Os doentes idosos registaram um número mais elevado de reacções de toxicidade neurológica, incluindo perturbações cognitivas, encefalopatia e confusão.

Os doentes com antecedentes clínicos de sinais e sintomas neurológicos (tais como tonturas, hipoestesia, hiporreflexia, tremores, disestesia, parestesia, problemas de memória) apresentaram um número mais elevado de eventos neurológicos (tais como, tremores, tonturas, estado confusional, encefalopatia e ataxia). O tempo mediano para o aparecimento dos eventos neurológicos nestes doentes foi de 12 dias.

A experiência é limitada em doentes com antecedentes ou presença de patologias do sistema nervoso central (SNC) clinicamente relevantes (p.ex. epilepsia, convulsões, paresia, afasia, acidente vascular cerebral, lesões cerebrais graves, demência, doença de Parkinson, doença cerebelar, síndrome cerebral orgânica, psicose) uma vez que estes doentes foram excluídos dos ensaios clínicos.
Existe a possibilidade de um risco superior de eventos neurológicos nesta população de doentes.

Os possíveis benefícios do tratamento devem ser cuidadosamente ponderados face ao risco de eventos neurológicos e recomenda-se uma precaução acrescida quando o Blinatumomab for administrado a estes doentes.

A experiência com o blinatumomab é limitada em doentes com LLA activa documentada no SNC ou no líquido cefalorraquidiano (LCR). Contudo, têm sido tratados doentes em ensaios clínicos com blinatumomab após a remoção dos blastos no LCR com terapêutica direcionada para o SNC (tal como quimioterapia intratecal).
Assim, quando o LCR estiver livre, pode ser iniciado o tratamento com o Blinatumomab.

Recomenda-se a realização de um exame neurológico dos doentes antes do início do tratamento com o Blinatumomab e que os doentes sejam sujeitos a monitorização clínica para os sinais e sintomas de eventos neurológicos (p. ex. teste escrito).

O tratamento destes sinais e sintomas até resolução pode requerer a interrupção temporária ou descontinuação permanente de Blinatumomab. No caso de convulsões, recomenda-se profilaxia secundária com medicamentos anticonvulsivantes adequados (p.ex. levetiracetam).

Infeções: Em doentes tratados com o blinatumomab foram observadas infecções graves incluindo sépsis, pneumonia, bacteremia, infecções oportunistas e infecções no local do cateter, algumas das quais potencialmente fatais ou fatais.

Os doentes com um estado funcional ECOG (Eastern Cooperative Oncology Group) de base igual a 2, apresentaram uma maior incidência de infecções graves em comparação com os doentes com um estado funcional ECOG < 2.

A experiência de utilização de Blinatumomab em doentes com infecções activas não controladas é limitada.

Os doentes tratados com Blinatumomab devem ser sujeitos a monitorização clínica para os sinais e sintomas de infecção e tratados adequadamente. O tratamento das infecções pode requerer a interrupção temporária ou a descontinuação permanente da administração de Blinatumomab.

Síndrome de libertação de citocinas e reacções relacionadas com a perfusão:
Foi notificada síndrome de libertação de citocinas (SLC) a qual pode ser potencialmente fatal ou fatal (grau ≥ 4) em doentes tratados com Blinatumomab.

Acontecimentos adversos graves que podem ser sinais e sintomas de SLC incluíram pirexia, astenia, cefaleias, hipotensão, aumento da bilirrubina total, e náuseas; raramente, estes eventos conduziram à descontinuação de Blinatumomab.

O tempo mediano até ao aparecimento de SLC foi de 2 dias. Os doentes devem ser atentamente monitorizados relativamente a sinais e sintomas destes eventos.

A coagulação intravascular disseminada (CID) e a síndrome de extravasamento capilar (SEC, p.ex. hipotensão, hipoalbuminemia, edema e hemoconcentração) estiveram frequentemente associadas à SLC.
Os doentes que apresentem síndrome de extravasamento capilar devem ser tratados de imediato.

A linfo-histiocitose hemofagocítica/síndrome de activação macrofágica (LHH/SAM) foi raramente notificada no quadro clínico de SLC. As reacções relacionadas com a perfusão podem ser clinicamente indistinguíveis das manifestações de SLC.

De um modo geral, as reacções relacionadas com a perfusão foram rápidas, ocorrendo nas primeiras 48 horas após o início da perfusão. Contudo, alguns doentes comunicaram o aparecimento tardio de reacções relacionadas com a perfusão ou em ciclos posteriores.

Os doentes devem ser atentamente observados relativamente a reacções relacionadas com a perfusão, especialmente durante o início do primeiro e segundo ciclos de tratamento, e tratados de forma adequada.
Recomenda-se a utilização de antipiréticos (p. ex. paracetamol) para ajudar a diminuir a pirexia durante as primeiras 48 horas de cada ciclo.

O tratamento destes eventos pode requerer a interrupção temporária ou a descontinuação permanente da administração de Blinatumomab.

Síndrome de lise tumoral:
Foi notificada síndrome de lise tumoral (SLT) que pode ser potencialmente fatal ou fatal (grau ≥ 4) em doentes tratados com Blinatumomab.

Devem ser utilizadas medidas profilácticas adequadas, incluindo hidratação intensa e terapêutica com agentes redutores do ácido úrico (tais como o alopurinol ou rasburicase), para a prevenção e o tratamento da SLT durante o tratamento com o Blinatumomab, especialmente em doentes com maiores níveis de leucocitose ou com uma maior carga tumoral.

Os doentes devem ser monitorizados de perto relativamente a sinais e sintomas de SLT, incluindo a função renal e o equilíbrio de fluidos nas primeiras 48 horas após a primeira perfusão.

Nos ensaios clínicos, os doentes com compromisso renal moderado apresentaram uma incidência superior de SLT em comparação com os doentes com compromisso renal ligeiro ou função renal normal.
O tratamento destes eventos pode requerer a interrupção temporária ou a descontinuação permanente de Blinatumomab.

Neutropenia e neutropenia febril:
Foi observada neutropenia e neutropenia febril, incluindo casos potencialmente fatais, em doentes tratados com Blinatumomab.

Os parâmetros laboratoriais (incluindo, entre outros, a contagem de leucócitos e a contagem absoluta de neutrófilos) devem ser monitorizados de perto durante a perfusão com Blinatumomab, especialmente durante os primeiros 9 dias do primeiro ciclo, e tratados de forma adequada.

Aumento das enzimas hepáticas:
O tratamento com Blinatumomab foi associado a um aumento transitório das enzimas hepáticas. A maioria dos eventos foi observada durante a primeira semana após o início do tratamento e não houve necessidade de interrupção ou descontinuação de Blinatumomab.

Deve ser realizada a monitorização dos níveis de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), gama-glutamil transferase (GGT) e de bilirrubina total no sangue antes do início e durante o tratamento com o linatumomab, especialmente durante as primeiras 48 horas dos primeiros 2 ciclos de tratamento.
O tratamento destes eventos pode requerer a interrupção temporária ou a descontinuação permanente de Blinatumomab.

Leucoencefalopatia incluindo leucoencefalopatia multifocal progressiva:
Foram observadas alterações nos exames de ressonância magnética (RM) cerebral revelando leucoencefalopatia em doentes tratados com Blinatumomab, especialmente em doentes previamente tratados com irradiação cerebral e quimioterapia para o tratamento da leucemia (incluindo elevadas doses sistémicas de metotrexato ou de citarabina intratecal).
Desconhece-se o significado clínico destas alterações imagiológicas.

Devido à possibilidade de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), os doentes devem ser monitorizados relativamente a sinais e sintomas. Em caso de eventos suspeitos, considerar uma consulta com um neurologista, uma RM cerebral e análises ao líquido cefalorraquidiano (LCR).

Vacinas: Não foi estudada a segurança da administração de vacinas de vírus vivos durante ou após o tratamento com Blinatumomab.
A vacinação com vacinas com vírus vivos não é recomendada durante, pelo menos, 2 semanas antes do início do tratamento com o linatumomab, durante o tratamento, e até à recuperação de níveis normais de linfócitos B após o último ciclo de tratamento.

Dada a potencial deplecção de células B nos recém-nascidos após exposição ao blinatumomab durante a gravidez, os recém-nascidos devem ser monitorizados para a deplecção de células B e as vacinações com vacinas de vírus vivos devem ser adiadas até que a contagem das células B dos lactentes tenha recuperado.

contracepção: As mulheres com potencial para engravidar têm que utilizar métodos contraceptivos eficazes durante e por, pelo menos, 48 horas após o tratamento com Blinatumomab.

Erros de medicação: Foram observados erros de medicação durante o tratamento com o blinatumomab.

É muito importante seguir rigorosamente as instruções de preparação (incluindo a reconstituição e diluição) e de administração de forma a minimizar os erros de medicação (incluindo subdosagem e sobredosagem).

Excipientes com efeito conhecido: Este medicamento contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio ao longo de 24 horas de perfusão, ou seja, “essencialmente isento de sódio”.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.

Foram observados casos de sobredosagem, incluindo um doente que recebeu uma dose 133 vezes superior à dose terapêutica recomendada de Blinatumomab durante um curto período de tempo.

Os casos de sobredosagem causaram reacções adversas compatíveis com as reacções observadas com a dose terapêutica recomendada e incluíram febre, tremores e cefaleias.
Em caso de sobredosagem, a perfusão deve ser temporariamente interrompida e os doentes devem ser monitorizados.

Deve ser considerado o reinício da administração de Blinatumomab na dose terapêutica correta quando todas as reacções de toxicidade tiverem sido resolvidas e não antes de 12 horas após a interrupção da perfusão.
Terapêutica Interrompida
Não aplicável.
Cuidados no Armazenamento
Frascos para injectáveis fechados:
– Conservar e transportar refrigerado (2ºC – 8ºC).
– Não congelar.
– Conservar na embalagem de origem de modo a proteger da luz.

Solução reconstituída:
Quando refrigerado, a solução reconstituída tem de ser usada dentro de 24 horas. Em alternativa, conserve os frascos para injectáveis a temperatura ambiente (até 27ºC) até 4 horas.

Solução diluída (bolsa de perfusão preparada) – Se a substituição da sua bolsa de perfusão for feita em casa:
– As bolsas de perfusão contendo a solução para perfusão Blinatumomab são entregues numa embalagem especial com barras refrigeradas.

– Não abrir a embalagem.

– Conservar a embalagem à temperatura ambiente (até 27°C).

– Não refrigerar nem congelar a embalagem.

– A embalagem será aberta pelo enfermeiro e as bolsas de perfusão serão conservadas num frigorífico até à perfusão.

– Quando refrigeradas, as bolsas de perfusão preparadas têm de ser utilizadas num prazo de 10 dias da preparação.

– Quando estiver à temperatura ambiente (até 27°C) a perfusão da solução será num prazo de 96 horas.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Consultar informação actualizada

Blinatumomab Varfarina

Observações: Não foram realizados estudos de interações medicamentosas. Os resultados de um teste in vitro realizado em hepatócitos humanos sugerem que o blinatumomab não afeta a atividade das enzimas do CYP450. O início do tratamento com Blinatumomab provoca a libertação temporária de citocinas durante os primeiros dias de tratamento, as quais podem suprimir as enzimas do CYP450. A dose do medicamento concomitante deve ser ajustada em conformidade.
Interacções: Os doentes tratados com medicamentos substratos do CYP450 ou do transportador e que apresentem um índice terapêutico estreito devem ser monitorizados relativamente a efeitos adversos (p.ex. varfarina) ou às concentrações do medicamento (p.ex. ciclosporina) durante esse período. - Varfarina
Consultar informação actualizada

Blinatumomab Ciclosporina

Observações: Não foram realizados estudos de interações medicamentosas. Os resultados de um teste in vitro realizado em hepatócitos humanos sugerem que o blinatumomab não afeta a atividade das enzimas do CYP450. O início do tratamento com Blinatumomab provoca a libertação temporária de citocinas durante os primeiros dias de tratamento, as quais podem suprimir as enzimas do CYP450. A dose do medicamento concomitante deve ser ajustada em conformidade.
Interacções: Os doentes tratados com medicamentos substratos do CYP450 ou do transportador e que apresentem um índice terapêutico estreito devem ser monitorizados relativamente a efeitos adversos (p.ex. varfarina) ou às concentrações do medicamento (p.ex. ciclosporina) durante esse período. - Ciclosporina
Consultar informação actualizada

Blinatumomab Substratos do CYP450

Observações: Não foram realizados estudos de interações medicamentosas. Os resultados de um teste in vitro realizado em hepatócitos humanos sugerem que o blinatumomab não afeta a atividade das enzimas do CYP450. O início do tratamento com Blinatumomab provoca a libertação temporária de citocinas durante os primeiros dias de tratamento, as quais podem suprimir as enzimas do CYP450. A dose do medicamento concomitante deve ser ajustada em conformidade.
Interacções: Os doentes tratados com medicamentos substratos do CYP450 ou do transportador e que apresentem um índice terapêutico estreito devem ser monitorizados relativamente a efeitos adversos (p.ex. varfarina) ou às concentrações do medicamento (p.ex. ciclosporina) durante esse período. - Substratos do CYP450
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Blinatumomab
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

O Blinatumomab não deve ser utilizado durante a gravidez excepto se os potenciais benefícios ultrapassarem os potenciais riscos para o feto.
As mulheres com potencial para engravidar têm que utilizar métodos contraceptivos eficazes durante e por, pelo menos, 48 horas após o tratamento com blinatumomab.

Como uma medida de precaução a amamentação é contra-indicada durante a utilização e, pelo menos, durante 48 horas após o tratamento com blinatumomab.

O Blinatumomab tem grande influência sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Pode ocorrer confusão e desorientação, perturbações da coordenação e do equilíbrio, risco de convulsões e perturbações da consciência.

Devido à possibilidade de eventos neurológicos, os doentes tratados com blinatumomab devem abster-se de conduzir, de realizar tarefas ou actividades perigosas tais como conduzir ou utilizar máquinas pesadas ou potencialmente perigosas durante a aadministração do blinatumomab.

Os doentes devem ser alertados de que podem sofrer eventos neurológicos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 29 de Outubro de 2024