CÉREBRO, DESCUBRA COMO ALIMENTAR OS NEURÓNIOS

CÉREBRO, DESCUBRA COMO ALIMENTAR OS NEURÓNIOS

DIETA E NUTRIÇÃO

  Tupam Editores

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O cérebro é uma substância branca e cinzenta situada no interior da caixa craniana do ser humano, que forma a parte anterior e superior do encéfalo, um dos constituintes do sistema nervoso central.

Assemelha-se ao miolo de uma noz e apesar de constituir apenas 2 por cento da massa do corpo humano, é responsável por todas as suas funções e recebe cerca de 25 por cento de todo o sangue que é bombeado pelo coração, sendo considerado o núcleo de inteligência e aprendizagem. Cerca de 75 por cento da massa total do cérebro é composta por água possui mais conexões do que o número de estrelas da nossa galáxia.

Cérebro

À medida que envelhece o cérebro vai necessitando de diferentes nutrientes, todavia o momento particularmente importante para o seu crescimento, desenvolvimento e saúde é durante a infância.

Muito provavelmente a maioria das pessoas já ouviu dizer que comer cenoura faz bem aos olhos ou que o leite é rico em cálcio e por isso fortalece os ossos e dentes, mas na verdade raramente se fala do cérebro! Contudo, os neurocientistas referem-se aos alimentos como sendo fundamentais para a boa saúde cerebral, porque o cérebro humano funciona literalmente com nutrientes.

Referem-nos os investigadores que mesmo nos primeiros anos de vida o cérebro de um bebé já é povoado por mais células nervosas do que as estrelas existentes na via láctea, sendo geradas à velocidade da luz.

Investigações levadas a cabo, revelaram um conjunto de cerca de 45 nutrientes considerados essenciais para a boa saúde do cérebro, incluindo proteínas, ácido fólico, ferro, zinco, colina, iodo, ácidos gordos ómega-3 e vitaminas A, D, B6 e B12.

Considerando que a nutrição durante a infância constitui o momento mais importante para o crescimento e desenvolvimento do cérebro e não só, é necessário conhecer os alimentos que são naturalmente ricos em nutrientes, sais minerais e vitaminas que contenham aqueles elementos benéficos e que se tornem apelativos para as crianças. Além disso, deverão sempre acrescentar-se ao menu, outros alimentos como, aveia, citrinos, feijão, nozes e vegetais de cores diversas, por forma a habituar a criança ao seu consumo.

Há cada vez mais evidências de que o estilo de vida, aliado a uma alimentação equilibrada, exercem um papel importantíssimo na melhoria das funções cerebrais e na prevenção de algumas doenças neurodegenerativas, pelo que começar cedo é o segredo para que as crianças de habituem a comer alimentos que, além de saudáveis, pela habituação ou rotina, podem evitar birras durante as refeições.

Uma dieta equilibrada, com os nutrientes adequados é extremamente bem-vinda ao cérebro, pelo que a fim de facilitar uma boa escolha à mesa ou no mercado, aqui deixamos algumas recomendações que poderão ser integradas numa rotina saudável.

Frutos vermelhos
As bagas mais comuns e por isso mais baratas, como amoras, mirtilos, morangos, uvas e framboesa, estão repletas de vitamina C e outros compostos de ação antioxidante e anti-inflamatória, protegendo o cérebro contra os danos provocados pelo envelhecimento, quando consumidos regularmente.

Frutos vermelhos

Apesar de a maioria das pessoas associar estes nutrientes ao sistema imunitário, o cérebro também precisa deles, porque sendo poderosos antioxidantes, desempenham um papel crucial na neutralização de radicais livres que danificam o nosso ADN e o sistema celular.

São igualmente importantes para a formação de neurotransmissores, os químicos usados na comunicação do sistema nervoso e, por conterem uma equilibrada mistura de açúcares e fibras naturais, são também elementos muito importantes para o sistema digestivo.

Esta classe de alimentos é provavelmente é a mais fácil para convencer as crianças a comer; no entanto se ainda assim for difícil, as bagas poderão ser mergulhadas em iogurte ou chocolate negro, que também tem os seus próprios benefícios cerebrais graças à presença de triptofano, um aminoácido essencial ao organismo. Outra alternativa, poderá ser a mistura das bagas com gelado, adicionando um pouco de limão e xarope de ácer.

Amendoim
As pessoas que não sejam alérgicas a este alimento, podem consumi-lo com frequência pois é rico em gorduras saudáveis, vitaminas e sais minerais muito benéficas para o que o cérebro. Além disso a sua casca contém resveratrol, a mesma substância protetora encontrada no vinho e no sumo de uva e pode ser uma alternativa mais acessível que outros alimentos.

Segundo estudos recentes, o resveratrol é particularmente benéfico para o cérebro, estando associado à proteção contra Alzheimer, Parkinson e até alguns tipos de tumores cerebrais.

Vegetais verde-escuros

Vegetais

Couves e outros vegetais folhosos verde-escuros devem ser incluídos na rotina alimentar, uma vez que ajudam a manter níveis adequados de vitamina K. Pesquisa científica publicada no periódico Frontiers in Neurology, que elenca seis estudos diferentes, revela que há uma ligação entre a deficiência deste nutriente e a redução da capacidade cognitiva em pessoas com mais de 65 anos.

A corroborar este estudo, um outro realizado no Canadá, demonstrou que idosos com altos níveis de vitamina K no sangue apresentavam melhor performance em testes de memória verbal. Contudo, como a vitamina K afeta a coagulação sanguínea, é necessária alguma prudência nas pessoas que estejam a ser medicadas.

Ameixas
Fresca ou desidratada, esta fruta é uma excelente fonte de triptofano, que está ligado a um transmissor chamado serotonina, que pode ajudar a regular o humor. Manter o cérebro de nossas crianças alimentado com o aminoácido triptofano também os ajuda a dormir durante a noite, quando o cérebro descansa e regenera. O cacau cru, ingrediente do chocolate negro, e as sementes de chia, também contêm triptofano.

Através de uma combinação agridoce de sabores, as ameixas podem constituir um dos primeiros alimentos sólidos do bebé e à medida que as crianças vão crescendo as ameixas podem ser uma boa alternativa às maçãs, para elas menos apelativas. Também se pode ir mais além e cortar as ameixas ao meio e barrá-las com manteiga de amendoim para fazer um lanche saudável repleto em proteínas e fibras.

Açafrão
Com menos radicais livres e inflamação, o cérebro fica menos sujeito a processos degenerativos mais comuns com o avançar da idade, o que pode ser combatido com a toma de açafrão, uma especiaria que tem na sua composição curcumina, um polifenol com comprovados efeitos antioxidante e anti-inflamatório.

Estudos divulgados pela Nutritional Neuroscience indicam que o consumo frequente de polifenóis, além de ajudar a combater a depressão, efeito que se prolonga até ao stress crónico e suas repercussões cerebrais, pode também induzir o desenvolvimento de novos neurónios, tendo sido comprovado haver uma relação entre o consumo regular de caril indiano e uma melhor atividade cognitiva.

Batata doce

Batata doce

Como a generalidade das crianças não gosta de comer verduras, podemos usar em sua substituição batata-doce um tubérculo que além de naturalmente doce, é muito versátil e que contém vitamina A, outro antioxidante essencial à saúde geral do cérebro.

A batata-doce pode ser confecionada em puré, cozida, frita ou assada, além de podermos fazer bolos, pastéis, tartes, tortas, panquecas ou sopa.

Peixe
Mais de metade do cérebro humano é composto por gordura, lípidos que desempenham um papel importante na saúde neurológica, dependendo do tipo de gordura que comenos. Gorduras do tipo ómega-3, conhecido por DHA (ácido docosahexaenóico), são extremamente importantes para a construção de células nervosas, que além de serem responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento saudáveis do cérebro, também ajudam na aquisição de competências.

Alguns dos peixes gordurosos de águas frias mais ricos em DHA são o salmão, a cavala, anchova, sardinha e o arenque.

A maioria das crianças acha que não gosta de peixe, até se habituar. Por isso, se queremos que os nossos filhos comam alimentos saudáveis e indispensáveis para o cérebro, como o peixe, temos de dar o exemplo, comendo-os também.

O segredo para as convencer está na forma como são cozinhados, quer sob a forma de filetes salteados com coco ou amêndoas ou com os clássicos rissóis de bacalhau, que também têm ácidos gordos saudáveis, e “douradinhos” congelados, por exemplo.

Nozes
É sabido que as oleaginosas têm um papel relevante no bem-estar do nosso cérebro, porém as nozes merecem um destaque particular, pois são muito ricas em ómega-3, uma gordura especialmente importante para os neurónios, além de possuir várias substâncias com ação antioxidante e anti-inflamatória.

Nozes

Acresce que, segundo estudo divulgado no The Journal of Nutrition, o consumo de nozes não só favorece a formação de novos neurónios como ainda contribui para melhorar a comunicação entre os já existentes. Além disso, a sua ingestão regular otimiza a eliminação de toxinas que possam deambular pelo cérebro e parece melhorar consideravelmente a memória verbal.

Se incluirmos todos estes alimentos num cardápio de estilo mediterrânico, então poderemos prever uma redução em cerca de 46 por cento no risco de sofrer um AVC.

Todos os alimentos que aqui referimos, ajudam a completar qualquer dieta saudável, porém não funcionam como medicamento. Por isso, se sofrer de algum problema do foro neurológico ou psiquiátrico, mantenha a medicação prescrita e siga rigorosamente as orientações de seu médico.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
03 de Setembro de 2024

Referências Externas:

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