A apiterapia consiste na mistura dos vários produtos, colhidos, transformados e segregados pelas abelhas, no tratamento de disfunções orgânicas e emocionais dos seres humanos. Entre esses poderosos produtos, o destaque vai para o mel, pólen, própolis, geleia real, cera e até veneno de abelhas.

Não se trata de uma prática terapêutica recente. Esta forma de Medicina Verde é das mais antigas da história da humanidade – mais antiga, por sinal, que qualquer medicamento industrial.

A colmeia representa para o homem uma mina inesgotável de substâncias úteis, e as propriedades dessas substâncias permitem tratamentos eficazes em numerosas patologias, agudas e crónicas, frequentemente em associação com outras medicinas específicas e essenciais.

Vários estudos comprovam que a apiterapia é eficaz no tratamento de doenças de pele, das articulações, do sistema imunológico, gripes e constipações, entre outros.

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É indicada para auxiliar em todo o tipo de dores musculoesqueleticas e osteoarticulares como: tendinites, artroses, lombalgias, lombo ciáticas, túnel cárpico, hérnia discal, gota, entorses, contraturas, bursite, varizes, má circulação, pernas cansadas, cansaço geral, stress, depressão, e doenças autoimunes, como, artrite reumatoide, esclerose múltipla, lupus, psoríase, vitiligo, esclerodermia, fibromialgia, etc.

Devido ao valor nutricional de alguns produtos apícolas (mel, pólen, geleia real) e aos efeitos fisiológicos e terapêuticos de outros produtos (própolis, veneno ou cera de abelha), a apiterapia pode beneficiar adultos e crianças. Fique a par de alguns desses benefícios.

O mel adquire a sua cor, sabor e perfume consoante a predominância da florada. É um alimento de alto potencial energético e de conhecidas propriedades medicinais, podendo ser considerado o único produto natural doce que contém açúcares, enzimas e diversos sais minerais e vitaminas essenciais à saúde humana.

O seu consumo tem grande influência sobre a longevidade humana, dada a presença das diversas enzimas, vitaminas e ainda oligoelementos químicos, importantes para o bom funcionamento do organismo humano.

O mel mostrou-se eficaz na cicatrização de feridas, com mais rapidez, mais eficácia na resolução de infeções e menos dor, em comparação com outro tipo de tratamentos. Isto porque é rico em compostos fenólicos, enzimas, como catalase, peroxidase e glicose oxidase, com propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e antioxidantes.

Revelou-se ainda eficaz no tratamento da tosse, em comparação com outros antitússicos.

As propriedades terapêuticas da própolis também são conhecidas pelo homem há séculos. Com uma composição química que também varia de acordo com a vegetação presente na região onde as abelhas produzem, a própolis possui propriedades desinfetantes, bactericidas, fungicidas e antioxidantes.

Cerca de 50% a 60% da própolis é composta por resinas e bálsamos, enquanto de 30% a 40% é composta por cera. Contém ainda aproximadamente 5% a 10% de óleos essenciais, cerca de 5% de grãos de pólen e pequenas quantidades de microelementos como zinco, cálcio, estrôncio, ferro, cobre, manganês, assim como vitaminas B1, B2, B6, C e E.

Já a geleia real contém diversas hormonas na sua composição, como estradiol, progesterona e testosterona, em pequenas quantidades (nanogramas por 100 g), porém suficientes para proporcionar efeitos positivos ao organismo humano. É rica em nutrientes e contém uma variedade de substâncias ativas.

Esses componentes desempenham um papel importante ao ativar e regular o sistema venoso e endócrino do organismo, auxiliando na recuperação e coordenação das funções metabólicas em diferentes partes do corpo. A geleia real age como um estimulante biológico e energético das diversas funções orgânicas, melhorando o estado geral do organismo, aumentando a capacidade física e mental daqueles que a consomem.

A cera das abelhas é rica em vitamina A: 100 g contêm 4.096 U.I.. Atualmente, é muito utilizada na indústria cosmética e farmacêutica, em pomadas, cremes e comprimidos. No campo da medicina alternativa, a cera de abelha é usada devido às sua propriedades antibióticas, e também no tratamento da artrite e da inflamação nasal.

Ele possui todos os ingredientes corretos, contendo cerca de 30% de proteína e incluindo todos os aminoácidos essenciais para dietas humanas, um espectro completo de vitaminas e minerais, lípidos, enzimas, oligoelementos, precursores de hormonas, carboidratos, ácidos gordos, flavonoides, carotenoides e muitos outros elementos menores, dependendo das plantas em que as abelhas fizerem a colheita.

Vários estudos demonstraram que o pólen possui propriedades energéticas no combate ao cansaço e depressão e aumento da resistência à gripe e constipação. Além disso, também provou apresentar benefícios para o tratamento da hiperplasia benigna da próstata.

O veneno das abelhas, também chamado de apitoxina, é uma substância química que elas utilizam como mecanismo de defesa contra predadores. Este é produzido por glândulas existentes no abdómen dos insetos e introduzido no organismo das vítimas através de um canal existente no ferrão. Trata-se de uma mistura complexa de proteínas, aminoácidos, enzimas, açúcares e lípidos.

Em pequenas quantidades, os componentes ativos do veneno de abelha podem ser muito benéficos para a saúde humana quando administrados por profissionais de cuidados de saúde de forma personalizada. Administrado incorretamente, o veneno de abelha pode causar reações alérgicas em algumas pessoas e irritação. Assim, é essencial que antes da sua utilização para fins terapêuticos se tomem todas as medidas para proteger os pacientes.

O veneno de abelha pode ser administrado isoladamente ou, de preferência, em combinação com outros métodos de tratamento. Uma simples picada não irá gerar qualquer benefício para a saúde quando usado uma vez. Atualmente é utilizado para tratar um número significativo de doenças autoimunes, incluindo artrite reumatoide, lúpus, esclerodermia e esclerose múltipla.

Como todas as terapêuticas, a apiterapia também apresenta alguns riscos, como reações alérgicas ou anafilaxia, especialmente em pessoas que têm alergia à picada de abelha ou a outros derivados das abelhas. Assim, antes de experimentar qualquer tratamento certifique-se de que não é o seu caso.