O tramadol é um opiáceo usado principalmente como analgésico de ação central que alivia a dor atuando sobre células nervosas específicas da medula espinal e do cérebro.

O seu uso na medicina veterinária popularizou-se nos últimos anos por apresentar além do potencial analgésico, outras características desejáveis como o desencadeamento de mínimos efeitos cardiovasculares e adversos.

Contudo, de acordo com um estudo realizado na Universidade da Georgia, nos Estados Unidos da América, o tramadol pode, afinal, não ser eficaz no alívio das dores associadas à osteoartrite em cães – uma doença muito frequente nestes animais que aparece como resultado da evolução inevitável de uma articulação que envelhece ou que fica cada vez mais frágil devido a um traumatismo ou malformação.

Trata-se de uma afeção muito dolorosa, que pode afetar qualquer articulação do corpo do animal, tanto as dos membros anteriores e posteriores como as que formam a coluna vertebral, devendo ser tratada de imediato.

Durante o estudo, recentemente publicado na revista científica Journal of the American Veterinary Medical Association, os cientistas compararam a utilização do tramadol com um placebo e com carprofeno, um anti-inflamatório não-esteroide (AINE). Para isso contaram com uma amostra de cães que sofriam de osteoartrite no joelho ou no cotovelo e que foram submetidos aos três tratamentos por ordem aleatória durante dez dias cada um.

Os resultados permitiram descobrir que não se registaram melhorias quando o tramadol foi administrado em comparação com o placebo. Já no caso do carprofeno, contudo, foram observadas melhorias.