Assinalou-se a 18 de novembro o European Antibiotic Awareness Day (EAAD), uma campanha conjunta de vários países europeus para alertar para a problemática do uso excessivo e indevido de antibióticos em seres humanos e animais.

Aliás, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou recentemente um conjunto de diretrizes para a utilização de antibióticos na produção de animais. De acordo com a organização, a indústria alimentar e os produtores de animais devem parar de utilizar antibióticos que promovam o crescimento.

Além de uma redução na utilização de todas as classes de antibióticos na produção de animais para consumo humano, a organização pede uma restrição completa de todos os antibióticos que promovam o crescimento e que são usados para a prevenção de doenças em animais sem qualquer tipo de diagnóstico.

As diretrizes defendem que os animais saudáveis devem receber antibióticos para prevenir doenças apenas se outros animais da mesma exploração tiverem sido diagnosticados com a patologia. Pretende-se com estas medidas melhorar a eficácia dos antibióticos na saúde humana.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, a falta de antibióticos eficazes é um problema tão sério como uma ameaça de segurança e como uma epidemia repentina e mortal. Assim, para ultrapassar o problema da resistência aos antibióticos e manter o mundo seguro, é vital uma ação forte e sustentada em todos os sectores.

Se nada for feito, até 2050 pelo menos 10 milhões de pessoas morrerão devido às superbactérias, refere a OMS.