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Grávidas estão em maior risco de desenvolver Covid longa

Um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Utah Health permitiu concluir que uma em cada 10 grávidas infetadas com Covid-19 acaba por desenvolver Covid longa.

Grávidas estão em maior risco de desenvolver Covid longa

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A Covid longa pode incluir uma ampla gama de sintomas que se mantêm durante, pelo menos, três meses após a infeção pelo vírus, mas podem durar até anos, surgindo ou persistindo por diferentes períodos de tempo. Os sintomas comummente relatados incluem fadiga, confusão mental, problemas respiratórios, problemas digestivos, dores articulares ou musculares e muitos outros.

Durante a investigação, publicada na revista Obstetrics & Gynecology, os especialistas analisaram os registos médicos de mais de 1.500 mulheres que contraíram Covid-19 durante a gravidez e verificaram os sintomas relatados pelas próprias pacientes pelo menos 6 meses após a infeção.

Descobriu-se que 9,3% dessas pessoas relataram sintomas prolongados de Covid, como fadiga e problemas intestinais. Para ter a certeza de que esses sintomas não eram apenas sintomas da gravidez, a equipa fez uma segunda análise a pessoas que relataram sintomas mais de 12 semanas após o parto. Verificou-se, então, que o risco de Covid longa foi quase o mesmo da primeira análise.

Este foi o primeiro estudo a analisar os riscos de Covid a longo prazo em grávidas. Investigações anteriores descobriram outros perigos para as grávidas que contraem Covid, como maior probabilidades de hospitalização ou morte, ou outras complicações, como parto prematuro.

Na população em geral, este estudo revelou que 10% a 20% das pessoas que contraem Covid desenvolvem Covid longa. Segundo Torri Metz, os prestadores de cuidados de saúde devem estar atentos à Covid longa, inclusive em mulheres grávidas. Isto para poderem ser encaminhadas para especialistas que tratam a Covid longa.

No estudo, os investigadores apuraram que pessoas com ansiedade ou depressão antes da infeção, obesidade e dificuldades financeiras auto-relatadas tinham maior risco de desenvolver Covid longa, mas não se conseguiu determinar se isso era uma causa ou consequência dos sintomas.

Fonte: Tupam Editores

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