Covid longa: exercício pode ajudar no alívio dos sintomas
Os resultados preliminares de uma investigação ainda em curso no Baker Heart and Diabetes Institute, na Austrália, sugerem que o exercício físico ajuda a melhorar os sintomas da Covid longa.
A actividade física adequada e o desporto constituem um dos pilares para um estilo de vida saudável, juntamente com uma alimentação equilibrada e não existência de hábitos nocivos.
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O objetivo deste estudo piloto, denominado Perceive, era analisar se o exercício podia ajudar a melhorar os sintomas em pessoas que sofrem de Covid longa. Os investigadores descobriram que um programa de exercícios personalizado parece ser eficaz para ajudar pessoas com capacidade reduzida para se exercitar após a Covid-19.
Segundo Tom Marwick, um dos autores do estudo, a maioria das doenças levam à perda de força, bem-estar e da capacidade de fazer exercício, pelo que um programa de exercícios pode ser eficaz.
No estudo, os programas de exercícios foram personalizados para cada um dos indivíduos participantes e estavam focados principalmente em exercícios aeróbicos, como caminhar ou andar de bicicleta. Os participantes foram acompanhados por um fisiologista do exercício, que poderia aumentar a atividade à medida que o teste avançava.
Depois de participarem do regime de exercícios, os indivíduos experimentaram um aumento de cerca de 15% na quantidade de exercícios que eram capazes de fazer inicialmente.
Apesar dos resultados promissores, o especialista deixa um aviso: embora haja pessoas que obtêm benefícios significativos, não é uma cura para todos os sintomas da Covid longa. O que é preciso entender ainda é quem obtém os maiores benefícios e qual a melhor forma de fazer com que os alcancem.
Para o professor Marwick este tipo de tratamento poderá até vir a ser prescrito, como se de um medicamento se tratasse. Isto não quer dizer, contudo, que os pacientes no pós-Covid devam começar logo a fazer exercício sem supervisão médica adequada. A prescrição de exercício na Covid longa deve ser abordada com precaução para minimizar o risco e garantir que os programas de exercício sejam reparadores e não piorem os sintomas.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a reabilitação da Covid longa deve incluir a educação das pessoas sobre como retomar as atividades diárias de forma conservadora, a um ritmo apropriado que seja seguro e gerenciável para níveis de energia dentro dos limites dos sintomas atuais, e o esforço não deve ser levado ao ponto de fadiga ou exacerbação dos sintomas.
