Medicamentos para asma e DPOC com menos efeitos secundários
Os broncodilatadores, o tipo mais comum de medicamento de combate à asma, inibem as contrações do músculo liso das vias aéreas que são induzidas por recetores estimulantes na superfície do músculo.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
ASMA - NECESSIDADES NÃO SATISFEITAS NO TRATAMENTO
A asma é, a nível mundial, uma das doenças mais frequentes e afecta, segundo estimativas internacionais, mais de 150 milhões de pessoas no planeta. LER MAIS
Uma investigação realizada por cientistas do Instituto de Tecnologia Dundalk, na Irlanda, e da Queen’s University, na Irlanda do Norte, destaca um novo mecanismo para as substâncias que vai ajudar no desenvolvimento de melhores medicamentos para o tratamento da asma e da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
A asma e a DPOC são distúrbios pulmonares comuns – causados pela constrição excessiva das vias aéreas – que dificultam a respiração.
Os broncodilatadores, também conhecidos como agonistas dos receptores beta-adrenérgicos, relaxam os músculos lisos das vias aéreas e abrem as vias aéreas para facilitar a respiração. Estes medicamentos ligam-se aos beta-adrenoceptores localizados nas células musculares das vias aéreas e fazem-nas relaxar.
A constrição das vias aéreas é regulada nos nervos, que libertam uma substância química denominada acetilcolina. Este produto químico faz com que as vias aéreas se contraiam e se estreitem. Para os pacientes com DPOC, os efeitos constritores da acetilcolina são aumentados.
Há muito se sabe que os agonistas dos receptores beta-adrenérgicos podem reverter os efeitos constritores da acetilcolina no músculo liso das vias aéreas, mas não está totalmente claro como isso acontece.
Segundo os investigadores, é importante entender como esses medicamentos funcionam para auxiliar no desenvolvimento futuro de medicamentos mais eficazes com menos efeitos colaterais.
O estudo foi publicado na revista científica Function.
A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) designa um conjunto de condições pulmonares crónicas, incuráveis, que limitam as vias aéreas e causam dificuldade respiratória, cuja causa mais comum é o consumo de tabaco. É caracterizada por obstrução brônquica irreversível ou parcialmente reversível com tratamento.