Durante o estudo, os investigadores examinaram dados de 726 pessoas com apendicite confirmada por imagiologia que foram tratadas com antibióticos em 25 hospitais entre 1 de maio de 2016 e 28 de fevereiro de 2020.
Dos 726 pacientes que foram selecionados aleatoriamente para receber os antibióticos, 46% tiveram alta dos cuidados intensivos em 24 horas.

O tratamento em ambulatório foi associado a menos de um efeito adverso grave por 100 pacientes na semana após a alta. Este tratamento revelou-se seguro em muitos pacientes e foi levado a cabo em até 90% dos pacientes tratados com antibióticos em todos os locais do estudo. Em comparação com a hospitalização, o tratamento em ambulatório não foi associado a mais apendicectomias subsequentes e os pacientes perderam menos dias de trabalho.

Este estudo é uma análise contínua das descobertas do estudo CODA (Comparison of Outcomes of Antibiotic Drugs and Appendectomy), que descobriu que o tratamento com antibióticos não foi inferior à apendicectomia urgente. Após o estudo, o American College of Surgeons afirmou que as evidências indicavam que a maioria dos pacientes pode ser tratada com antibióticos.

O estudo permitiu concluir que o tratamento da apendicite em ambulatório é seguro para muitas pessoas e pode diminuir os custos da assistência médica.

Uma apendicite é uma inflamação do apêndice, associada a infeção. A apendicite aguda é uma situação frequente, sendo mais comum nos adolescentes e adultos jovens, no entanto, pode ocorrer em qualquer idade. Se não for tratada atempadamente pode ter complicações graves. Na generalidade dos casos, um diagnóstico de apendicite aguda tem indicação para tratamento cirúrgico com remoção do apêndice, procedimento que se designa apendicectomia.