Tem o nome comum de flor da paixão, e é produzido pelas plantas do género Passiflora. A sua família Passifloraceae é constituída por 18 géneros e 630 espécies: Passiflora edulis Sims, conhecida como “maracujá”, e as espécies mais comercializadas incluem o maracujá roxo, P. edulis f. edulis, e o maracujá amarelo, P. edulis f. flavicarpa.
O conceito, que é mais um um estilo de vida do que um padrão alimentar, combina não só ingredientes sazonais frescos, como também receitas e formas de cozinhar.
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É proveniente da região tropical da América, mais especificamente do Brasil, Argentina e Paraguai, estando ainda amplamente distribuído na Índia, China e Sudeste Asiático. Em Portugal é cultivado maioritariamente nos Açores e na Madeira, contudo, são crescentes as explorações em Portugal Continental, nomeadamente em algumas regiões do Sul e do Norte Litoral.
O fruto tem cerca de cinco a sete centímetros de diâmetro, e o seu peso pode variar de 30 a 45 gramas (g) na variedade roxa e entre 60 a 90 g na variedade amarela. Quanto ao peso, 53% corresponde à casca, 33% à polpa e 14% às sementes.
Atraente e muito versátil, o maracujá pode consumir-se em cru, mas também pode transformar-se em sumos, concentrados, licores e doces. 100 g de maracujá têm 52 calorias, quase 75% de água e 5,7 g de hidratos de carbono, segundo a Tabela de Alimentos Portuguesa, e uma porção de maracujás corresponde a 140 g.
É um fruto rico em vitamina C, sendo que uma porção corresponde a praticamente metade das necessidades da vitamina, um poderoso antioxidante, e um dos fatores protetores no desenvolvimento de vários tumores. Também é rica em carotenos, o que em muito beneficia a saúde ocular e a pele.
Quanto aos minerais, tem uma quantidade significativa de magnésio e de potássio. Devido ao alto teor de potássio e ao baixo teor de sódio o maracujá é um alimento altamente eficaz na proteção contra a pressão alta. Já o magnésio é um mineral importante no controlo do stress e da ansiedade.
Tem também uma quantidade considerável de fibra (3,3 g por 100 g), a pectina, fibra solúvel, exercendo um papel preponderante no controlo da saciedade, na regulação do trânsito intestinal e no controlo da glicemia.
Além dos benefícios citados, as espécies de Passiflora têm um ligeiro efeito calmante e antidepressivo devido à presença de alguns alcaloides e flavonoides, depressores do sistema nervoso central, e têm sido usadas como fármacos fitoterápicos desde os tempos antigos, podendo ser consumidos por orientação médica.
A Organização Mundial de Saúde recomenda, no mínimo, a ingestão de 400 g de frutas e hortícolas frescos, diariamente. É muito importante valorizar a sazonalidade da fruta, ou seja, optar pela “fruta da época”, por ser mais nutritiva e saborosa. O maracujá é “fruta da época” nos meses de julho a setembro e podemos, e devemos, incluir esta fruta tão deliciosa e nutritiva no nosso dia alimentar desde o pequeno-almoço às refeições principais ou sobremesa. Aproveite que a sua época está mesmo a chegar!
