CANNABIS

Consumo de canábis pode causar deficiências cognitivas

Um estudo realizado pelo centro de investigação do Instituto Universitário em Saúde Mental de Montreal, no Canadá, permitiu concluir que o consumo de canábis pode provocar deficiências cognitivas agudas, ligeiras ou moderadas, que podem persistir para além do período de intoxicação.

Consumo de canábis pode causar deficiências cognitivas

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CANNABIS, A PLANTA DA DISCÓRDIA


Na investigação, publicada na revista científica Addiction, foi realizada uma revisão de 10 meta-análises com dados sobre o estado de saúde e o consumo de canábis de mais de 43.000 participantes.

Foi possível concluir que o consumo regular de canábis produz défices cognitivos em áreas como a tomada de decisões, supressão de respostas inapropriadas, a aprendizagem através da leitura e da audição, a capacidade de recordar o que se lê ou ouve e o tempo necessário para completar uma tarefa mental. Estes efeitos adversos do consumo de canábis começam quando se consome e persistem ao logo do tempo

Segundo o Dr. Alexandre Dumais, coautor da investigação, os dados permitiram destacar várias áreas de cognição prejudicadas pelo uso de canábis, incluindo problemas de concentração e dificuldades de memorização e aprendizagem, que podem ter um impacto considerável na vida quotidiana dos utilizadores.
Destaca ainda que o uso de canábis entre os jovens pode levar a uma redução do aproveitamento escolar e, nos adultos, a um mau desempenho no trabalho e a uma condução perigosa.

A canábis é a terceira substância psicoativa mais consumida no mundo, depois do álcool e da nicotina, sendo os adolescentes e os adultos jovens os consumidores mais usuais. Importa referir que os fumadores adolescentes têm menos probabilidades de deixar o hábito quando se tornam adultos.

Devido à recente tendência mundial de legalização da canábis, que muda a perceção sobre a segurança da planta, os autores do estudo enfatizam a importância de compreender os riscos cognitivos associados ao consumo de canábis, especialmente entre os adolescentes cujos cérebros experimentam mudanças significativas durante o desenvolvimento.

Fonte: Tupam Editores

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