Parkinson: composto minimiza movimentos erráticos dos doentes
Cientistas da Texas Biomed, nos EUA, identificaram um candidato a medicamento que pode minimizar a discinesia associada à doença de Parkinson, cujas características incluem movimentos rápidos, involuntários e incontroláveis, excepto os tremores típicos da patologia.
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A discinesia não é um sintoma próprio da doença mas um efeito colateral do uso da levodopa. Normalmente, há um lapso de tempo de cerca de 4 a 10 anos desde o início do tratamento com a medicação até ao surgimento da discinesia, variando a gravidade entre os diferentes indivíduos. A sua causa subjacente é complexa e não é completamente conhecida.
O composto identificado, denominado PD13R, só se liga ao receptor de dopamina D3, o que levou os cientistas a considerá-lo como um provável candidato para o tratamento da discinesia.
Esse composto foi administrado a modelos animais da doença de Parkinson.
Na investigação foram utilizados monitores de atividade nos animais tendo-se verificado que com o PD13R, a sua atividade baixou durante o sono, no entanto, quando lhe administraram um medicamento diferente atualmente utilizado para a discinesia, a sua atividade noturna foi significativamente elevada.
Os cientistas revelaram que o PD13R reduziu a discinesia em mais de 85% no modelo animal da doença de Parkinson, e os animais dormiram muito melhor ao tomar este composto em comparação com outro medicamento frequentemente prescrito para a condição.
Segundo Marcel Daadi, autor do estudo, a equipa de investigação vai continuar a testar a segurança e eficácia do composto e esperam passar à primeira fase de ensaios clínicos dentro de dois anos. A descoberta foi publicada na revista Experimental Neurology.