Há um novo aparelho para monitorização da glicose
Cientistas norte-americanos desenvolveram um novo dispositivo capaz de monitorizar a glicose de uma forma menos intrusiva, em comparação com os métodos atuais, destaca um artigo publicado na revista Biosensors and Bioelectronics.
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Em causa está um sensor não invasivo e de baixo custo que pode detetar glicose no suor. O sensor contém grafeno induzido por laser (LIG, na sigla em inglês), um material constituído por camadas de carbono com várias formas de átomos espessos, com uma elevada condutividade elétrica.
Para criar o dispositivo, foi também utlizado o níquel, devido à sua sensibilidade à glicose, tendo este sido combinado com o ouro para reduzir os riscos de uma potencial reação alérgica. O LIG foi então equipado com uma liga de níquel e ouro capaz de detetar baixas concentrações de glicose em suor.
Os testes realizados mostraram que a sensibilidade da liga de níquel e ouro permitiu a exclusão de enzimas, uma vez que estas podem degradar-se rapidamente com o tempo e com as mudanças de temperatura.
Um sensor de glicose não enzimático é vantajoso em termos de desempenho estável e sensibilidade, independentemente destas alterações. Para impedir que estes danificassem a pele, foi também anexada uma câmara de micro fluidos à liga LIG, ligada a uma entrada de recolha que passa o suor para a solução sem que a solução toque na pele.
A solução de base interage com as moléculas de glicose para produzir um composto que reage com a liga, sendo que esta reação desencadeia um sinal elétrico, indicando a concentração de glicose no suor, explicaram os cientistas.
O objetivo agora é melhorar o protótipo para aplicações futuras de tratamento dos doentes e também de administração de insulina.