Dia Mundial da Trombose: doença silenciosa que pode ser fatal
Considerada uma causa de morte global, a trombose contribui para a mortalidade de uma a cada quatro pessoas no mundo, por complicações da doença, ou mais especificamente relacionadas ao tromboembolismo venoso (TEV).
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A relevância do tema no contexto da saúde pública, levou a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) a definir o dia 13 de outubro como o Dia Mundial da Trombose, que em Portugal conta com o apoio do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT).
Porque conhecer é a melhor maneira de prevenir, a celebração do dia tem o intuito de destacar toda a problemática associada a esta condição de saúde urgente mas, acima de tudo, aumentar a consciencialização da população e dos profissionais de saúde para as causas, fatores de risco e sintomatologia, além de fomentar o conhecimento e compreensão sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.
Ainda pouco conhecida e de difícil diagnóstico clínico, a trombose é uma doença silenciosa, repentina e grave causada pela formação de um coágulo sanguíneo numa veia, que provoca uma obstrução, total ou parcial, dos vasos. Os membros inferiores são os locais mais comuns de trombose e os principais sintomas são o inchaço, a dor, o calor e a vermelhidão local.
Perante a sintomatologia, é preciso agir rapidamente ou o problema pode ser fatal.
Segundo o Dr. Sérgio Barroso, Médico Oncologista e Presidente do GESCAT, é fundamental manter os “olhos abertos para a Trombose” de forma a evitar o aumento da prevalência desta doença que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), causa uma morte a cada 37 segundos por complicações de um coágulo sanguíneo.
A OMS aponta que a Trombose ocorre nas três maiores causas de morte por doenças cardiovasculares no mundo: Enfarte, AVC e TEV.
O problema é mais comum do que se pensa, estimando-se que afete, atualmente, duas a cada mil pessoas por ano, com uma taxa de ocorrência de 25%, o que a torna a principal causa de morte cardiovascular evitável.
É por este motivo que o GESCAT defende que a trombose deve ser considerada um problema de saúde urgente.
A boa notícia é que a trombose pode ser prevenida. A falta de conhecimento de grande parte da população sobre a patologia atrasa frequentemente o seu diagnóstico e consequentemente o tratamento. Para que a situação mude é importante prestar atenção aos sinais do corpo.
O primeiro passo para a prevenção da trombose é entender como é que a doença se manifesta no corpo. Se surgirem alguns dos sintomas associados à doença, é fundamental procurar a ajuda do médico assistente.
No próximo dia 6 de novembro, pelas 14h30, no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa, o GESCAT vai realizar uma reunião de doentes, subordinada ao tema “Impacto da Trombose Associado ao Cancro”. Toda a informação sobre as inscrições para a reunião vai estar disponível na Página de Facebook e no site do GESCAT.