O estudo fornece a primeira evidência de que o consumo de álcool aumenta substancialmente a probabilidade de distúrbios do ritmo cardíaco em poucas horas - as descobertas vão contra a crença recente de que o álcool pode ter efeitos cardioprotetores.

Publicada na revista Annals of Internal Medicine, a pesquisa centrou-se em 100 pacientes com a doença que consumiram, pelo menos, uma bebida alcoólica por mês - pessoas com histórico de transtorno por uso de álcool ou substâncias foram excluídas.

Cada participante usou um monitor de eletrocardiograma (ECG) durante aproximadamente quatro semanas, pressionando um botão sempre que ingeria uma bebida alcoólica de tamanho padrão; os participantes também foram equipados com um sensor de álcool de registo contínuo.

Em média, cada pessoa consumiu uma bebida por dia durante todo o período de estudo.

Os cientistas descobriram que um episódio de fibrilação atrial estava associado a uma probabilidade duas vezes maior depois da ingestão de uma bebida alcoólica e três vezes maior com duas, ou mais doses ingeridas, nas últimas quatro horas.

Episódios de fibrilação atrial também foram associados a um aumento da concentração de álcool no sangue.