Investigadores defendem novos métodos em terapias de exposição para tratar fobias
Uma pesquisa publicada na Current Biology sugere que, com alguns ajustes, a terapia de exposição poderia tornarse uma ferramenta eficaz no tratamento e superação de algumas fobias.
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O estudo, feito pela Universidade de Uppsala e pelo Instituto Karolinska, na Suécia, sugere uma nova forma de recorrer à terapia de exposição, um tratamento que faz com que o paciente, de forma gradual, enfrente aquilo de que tem medo, criando uma "memória mais segura", de forma a substituir o "antigo medo". O problema é que a "nova memória" nem sempre é permanente.
Os investigadores suecos têm desenvolvido uma abordagem que parece diminuir o medo de pessoas com fobias ao longo da vida. Estudando indivíduos com aracnofobia, os investigadores expunham imagens de aranhas ao mesmo tempo que mediam o nível de atividade cerebral da amígdala, uma região do cérebro associada ao medo.
Dez minutos depois, os indivíduos eram novamente expostos às imagens, com uma exposição mais extensa. O processo repetia-se no dia a seguir.
Os resultados mostraram que a atividade na amígdala foi significativamente menor no segundo dia, em comparação com um grupo controlo, sugerindo uma redução nos níveis de medo. À medida que o medo diminuía também a aversão dos participantes por aranhas parecia reduzir gradualmente.
Os investigadores concluíram que, mesmo que a memória tenha décadas, é possível enfraquecê-la ao torná-la instável antes da exposição; se a memória for salva na sua forma mais enfraquecida, o medo não voltará tão facilmente.