Quinina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Renal
O que é
Quinina é um alcalóide de gosto amargo que tem funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas.
É um Estereoisómero da quinidina.
O sulfato de quinina é o quinino.
É extraída da quina.
A quinina, pó branco, inodoro e de sabor amargo, é uma substância utilizada no tratamento de malária e arritmias cardíacas.
Além de ser um fármaco é utilizada como flavorizante da água tónica.
Usos comuns
O quinino é usada para tratar a malária causada pelo Plasmodium falciparum.
Plasmodium falciparum é um parasita que entra nas células vermelhas do sangue no corpo e provoca a malária.
Quinina funciona matando o parasita ou impedindo-o de crescer.

Quinina pode ser utilizada isoladamente ou administrada em conjunto com um ou mais medicamentos para a malária.

A Quinina não deve ser usada para tratar ou prevenir cãibras nocturnas nas pernas.

Quinina pode causar efeitos indesejáveis ​​muito graves e só deve ser usada em pacientes com malária.
Tipo
Molécula pequena.
História
O quinino foi isolado pela primeira vez em 1820 da casca de uma árvore cinchona, que é nativa do Peru.
Extractos de casca de árvore foram usados para tratar a malária desde pelo menos 1632 e foram introduzidos na Espanha já em 1636 por missionários jesuítas do Novo Mundo.
Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde.
Indicações
Quinina está indicada:
- Tratamento de estirpes sensíveis de Plasmódio, resistentes à cloroquina.
- No tratamento da infecção por Babesia microti (Babesiose) administrada conjuntamente com a clindamicina.
Classificação CFT

1.4.2 : Antimaláricos

Mecanismo De Acção
O mecanismo teorizado de acção para a quinina e medicamentos relacionados contra a malária é que essas substâncias são tóxicas para o parasita da malária.

Especificamente, as substâncias interferem com a capacidade do parasita para quebrar e digerir a hemoglobina.

Consequentemente, o parasita passa fome e/ou aumenta os níveis tóxicos de hemoglobina parcialmente degradada em si mesmo.
Posologia Orientativa
Dose adulta usual para a Malária:
Tratamento da malária Plasmodium falciparum não complicada: 648 mg por via oral, a cada 8 horas por 7 dias.

Diretrizes para Centros Controle de Doenças e Prevenção:
542 mg de base (650 mg de sal de sulfato) por via oral, 3 vezes ao dia durante 3 a 7 dias

Comentários:
O tratamento de infecção de malária não complicada devido a P falciparum resistente à cloroquina (ou resistência desconhecido) (ou espécies não identificado) deve ser em conjunto com um dos seguintes procedimentos: a doxiciclina, a tetraciclina, ou clindamicina.

Em mulheres grávidas, o sulfato de quinina mais clindamicina é recomendado.

- Tratamento da malária não complicada devido à infecção P vivax resistentes à cloroquina devem ser em conjunto com doxiciclina ou de tetraciclina mais fosfato de primaquina.

Em mulheres grávidas, o sulfato de quinina sozinho durante 7 dias é recomendado.

Dose usual pediátrica para a Malária:
O tratamento da malária não complicada P falciparum:
16 anos ou mais: 648 mg por via oral, a cada 8 horas por 7 dias

Por directrizes do CDC:
8.3 base de mg/kg (10 mg de sulfato de sal/kg) por via oral, 3 vezes ao dia por 3 a 7 dias; dose pediátrica nunca deve exceder dose de adulto

Comentários:
Menos de 8 anos:
Tratamento da malária não complicada devido a P falciparum (ou espécie não identificada) cloroquina-resistente (ou resistência desconhecido) deve ser combinada com clindamicina.

- Tratamento da malária não complicada devido à infecção P vivax resistentes à cloroquina deve ser combinado com o fosfato de primaquina.

8 anos ou mais de idade:
O tratamento de infecção de malária não complicada devido a P falciparum (ou espécie não identificada) resistente à cloroquina (ou resistência desconhecido) deve ser em conjunto com um dos seguintes procedimentos: a doxiciclina, a tetraciclina, ou clindamicina.

- Tratamento da malária não complicada devido à infecção P vivax resistentes à cloroquina devem ser em conjunto com doxiciclina ou de tetraciclina mais fosfato de primaquina.
Administração
Vias oral e intravenosa.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à quinina.
Se ocorrerem distúrbios visuais, rash, perda de audição ou zumbido, o fármaco deve ser descontinuado.
O fármaco está também contra-indicado em pacientes com deficiência na enzima glucose -6- fosfato desidrogenase.
Pode ocorrer púrpura trombocitopénica durante a terapia com quinina em pacientes com elevada sensibilidade ao fármaco, pelo que o fármaco está contra-indicado em doentes que tenham apresentado efeitos hematológicos adversos em administrações prévias de quinina.
A quinina está também contra-indicada em pacientes com zumbido ou nevrite óptica ou com história de febre dos pântanos.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Obtenha ajuda médica de emergência se tiver algum destes sinais de reacção alérgica: urticária, dificuldade em respirar, inchaço do rosto, lábios, língua ou garganta.

Contacte o médico imediatamente se tem:
– febre, calafrios, dores no corpo, sintomas de gripe, feridas na boca e garganta;
– fácil nódoas negras, hemorragia invulgar (nariz, boca, vagina ou recto), manchas roxas ou vermelhas puntiformes sob a pele;
– dor de cabeça com dor no peito e tonturas graves, desmaios, batimentos cardíacos rápidos ou batendo;
– dormência súbita ou fraqueza (especialmente em um lado do corpo), dor de cabeça súbita e grave, fala arrastada, problemas de equilíbrio;
– dor no peito, tosse súbita, chiado no peito, respiração rápida, tosse com sangue;
– problemas de visão ou audição;
– dor, inchaço, calor, vermelhidão numa ou ambas as pernas;
– dor no seu lado ou inferior das costas, sangue na urina, pouca ou nenhuma urina;
– baixo nível de açúcar no sangue (mais comum em mulheres grávidas) - dor de cabeça, fome, fraqueza, sudorese, confusão, irritabilidade, tonturas, ritmo cardíaco acelerado, ou sentir-se nervoso;
– perda de apetite, urina escura, fezes cor de barro, icterícia (pele ou olhos amarelados), ou
– reacção cutânea grave - febre, dor de garganta, inchaço no rosto ou língua, ardor nos olhos, dor na pele, seguida por uma erupção vermelha ou roxo da pele que se espalha (especialmente no rosto ou parte superior do corpo) e provoca bolhas e descamação.

Efeitos colaterais comuns incluem:
– dor de cabeça, visão turva, alterações na visão de cores;
– sudorese ou rubor (calor, vermelhidão ou sensação de formigueiro);
– leve tontura, sensação de tontura, zumbido nos ouvidos, ou
– dores de estômago, vómitos, dor de estômago.
Advertências
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Uma vez que a quinina se distribui no leite, o fármaco deve ser usado com precaução em mulheres a amamentar.
Insuf. Renal
Insuf. Renal
Insuf. Renal:Reduzir dose, quando de administração IV no tratamento da malária.
Gravidez
Gravidez
Gravidez:A quinina está contra-indicada na gravidez.
Precauções Gerais
Fale com o médico ou farmacêutico antes de tomar Quinina.
Informe o médico se tiver nascido com ou tiver alguma doença que provoque um ritmo cardíaco anormal.
Os riscos potenciais da quinina no doente idoso são originados da sua interacção com fármacos cardiovasculares.
Doses excessivas repetidas de quinina podem precipitar efeitos tóxicos (cinchonismo).
Os sintomas mais suaves incluem zumbidos, dor de cabeça, náusea e distúrbios ligeiros na visão, que normalmente diminuem rapidamente depois da descontinuação do fármaco.
Quando a quinina é administrada de forma continuada ou depois de uma dose única elevada os sintomas envolvem também o trato gastrointestinal, os sistemas cardiovascular e nervoso e a pele.
A ocorrência de hemólise (destruição de glóbulos vermelhos) tem sido associada com uma deficiência em glucose -6- fosfato desidrogenase em pacientes a tomar quinina e a terapia deve ser interrompida imediatamente se ocorrer hemólise.
A quinina deve ser usada com precaução na presença de arritmias cardíacas; a quinina tem actividade semelhante à quinidina.
No tratamento da malária por Plasmodium vivax e Plasmodium ovale, deve ser instituída terapêutica com primaquina, um derivado das 8-aminoquinolinas.

Informe o médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou vier a tomar outros medicamentos.
Informe o médico se estiver a tomar:
- Medicamentos conhecidos por causarem perturbações no ritmo cardíaco.
- Barbitúricos ou carbamazepina (medicamentos para tratar a epilepsia).
- Antiácidos, utilizados para neutralizar a acidez no estômago, que contêm alumínio podem atrasar ou diminuir a absorção da quinina administrada concomitantemente.
- Anticoagulantes orais, utilizados para diluir o sangue: a quinina pode deprimir o sistema de enzimas hepáticas que sintetiza a vitamina K dependente de factores coagulantes e deste modo pode aumentar a acção da varfarina e outros anticoagulantes orais.
- Rifampicina, um antibiótico: o uso em simultâneo da quinina e de indutores de enzimas como a Rifampicina pode levar ao aumento do metabolismo da quinina e desse modo dificultar a obtenção de níveis eficazes.
- Digoxina, utilizada no tratamento de problemas cardíacos: as concentrações plasmáticas podem ser aumentadas pela administração concomitante de quinina.
- Mefloquina, um agente antimalárico: não deve ser usada concomitantemente com a quinina.
Se os dois fármacos necessitarem de ser usados no tratamento inicial da malária, a administração de mefloquina deve ser atrasada pelo menos 12 horas após a última dose de quinina.
A coadministração aumenta o risco de anomalias no ECG, paragem cardíaca e convulsões.
- Agentes bloqueadores neuromusculares, utilizados em anestesia: o bloqueio neuromuscular pode ser potenciado pela quinina e pode resultar em dificuldade respiratória.
- Os alcalinizadores da urina como por ex.: a acetazolamida e o bicarbonato de sódio administrados concomitantemente com dicloridrato de quinina podem aumentar os níveis sanguíneos de quinina com potencial para toxicidade.
- Amantidina; utilizada no tratamento da doença de Parkinson: a quinina reduz a clearance renal da amantidina em cerca de 36%, somente em pacientes do sexo masculino.
Cuidados com a Dieta
Não são conhecidas interacções de Quinina com alimentos nem com bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência ou ligar para o Centro de intoxicações.

A sobredosagem por quinina produz sintomas de efeitos tóxicos (cinchonismo) que podem incluir zumbidos, vertigens, rash, efeitos cardiovasculares, dor de cabeça, febre, cólicas intestinais, diarreia, vómitos, apreensão, confusão e convulsões.

Uma sobredosagem grave pode resultar em depressão respiratória ou colapso circulatório.

Perturbações visuais incluindo visão turva ou cegueira foram verificadas ocasionalmente com sobredosagem de quinina; a cegueira é transitória na maioria dos casos, mas pode raramente ser permanente. A dose fatal de quinina nos adultos tem sido referido situar-se entre 2-8 g.

Tratamento: Na sobredosagem aguda de quinina, o estômago deve ser esvaziado por lavagem gástrica ou por emese induzida por ipeca.
A função renal deve ser monitorizada e a pressão sanguínea deve ser assistida; o balanço eletrolítico e de fluídos deve ser mantido com fluídos I.V.
Pode ser necessária respiração artificial.
Se houver evidência de angioedema ou asma, pode estar indicado o uso de epinefrina, corticosteroides ou anti-histamínicos.
Foi feita a acidificação da urina para promover a excreção renal da quinina; na presença de hemoglubinúria a acidificação da urina pode aumentar a toxicidade renal.
A quinina deve ser rapidamente dialisável, por hemodiálise ou hemoperfusão.
Na fase aguda de amaurose causada por quinina, os vasodilatadores administrados por via I.V. podem ter um efeito benéfico.
Terapêutica Interrompida
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Guarde o medicamento num recipiente fechado à temperatura ambiente, longe do calor, humidade e luz directa.
Evite congelamento.
Não guarde medicamentos desactualizados ou medicamento não mais necessários.
Armazenar entre 20° e 25°C.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Actua na fase sanguínea assexuada do Plasmodium sp. (todas as formas) e na babesiose.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Antiarrítmicos Quinina

Observações: Aumentam a depressão do miocárdio quando são administrados com outros AA. Aumentam o risco de arritmias ventriculares quando são dados com AA que prolongam o intervalo QT
Interacções: Amiodarona: aumento do risco de arritmias ventriculares em uso concomitante com: - Quinina - Quinina
Usar com precaução

Artesunato + Mefloquina Quinina

Observações: À data não são conhecidas nefastas interações medicamentosas com o artesunato.
Interacções: A administração concomitante de mefloquina e substâncias relacionadas (ex.: quinina, quinidina e cloroquina) pode produzir anormalidades electrocardiográficas e aumentar o risco de convulsões. - Quinina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Antiácidos

Observações: n.d.
Interacções: Antiácidos que contém alumínio podem atrasar ou diminuir a absorção da quinina administrada concomitantemente. - Antiácidos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Anticoagulantes orais

Observações: n.d.
Interacções: A quinina pode deprimir o sistema de enzimas hepáticas que sintetiza a vitamina K dependente de factores coagulantes e deste modo pode aumentar a acção da varfarina e outros anticoagulantes orais. - Anticoagulantes orais
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Rifampicina (rifampina)

Observações: n.d.
Interacções: O uso concomitante da quinina e de indutores de enzimas como a Rifampicina pode levar ao aumento do metabolismo da quinina e desse modo dificultar a obtenção de níveis eficazes. - Rifampicina (rifampina)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Digoxina

Observações: n.d.
Interacções: As concentrações plasmáticas podem ser aumentadas pela administração concomitante de quinina. - Digoxina
Contraindicado

Quinina Mefloquina

Observações: n.d.
Interacções: Não deve ser usada concomitantemente com a quinina. Se os dois fármacos necessitarem de ser usados no tratamento inicial da malária, a administração de mefloquina deve ser atrasada pelo menos 12 horas após a última dose de quinina. A co-administração aumenta o risco de anomalias no ECG, paragem cardíaca e convulsões. - Mefloquina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Bloqueadores neuromusculares

Observações: n.d.
Interacções: O bloqueio neuromuscular pode ser potenciado pela quinina e pode resultar em dificuldade respiratória. - Bloqueadores neuromusculares
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Acetazolamida

Observações: n.d.
Interacções: Os alcalinizadores da urina como por ex.: a acetazolamida e o bicarbonato de sódio administrados concomitantemente com dicloridrato de quinina podem aumentar os níveis sanguíneos de quinina com potencial para toxicidade. - Acetazolamida
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Bicarbonato de sódio

Observações: n.d.
Interacções: Os alcalinizadores da urina como por ex.: a acetazolamida e o bicarbonato de sódio administrados concomitantemente com dicloridrato de quinina podem aumentar os níveis sanguíneos de quinina com potencial para toxicidade. - Bicarbonato de sódio
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Amantadina

Observações: n.d.
Interacções: A quinina reduz a clearance renal da amantidina em cerca de 36%, somente em pacientes do sexo masculino. - Amantadina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Anticonvulsivantes

Observações: n.d.
Interacções: A quinina inibe o metabolismo hepático da carbamazepina e do fenobarbital sendo estes eliminados com maior lentidão, o que pode levar a um aumento da sua toxicidade. - Anticonvulsivantes
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Carbamazepina

Observações: n.d.
Interacções: A quinina inibe o metabolismo hepático da carbamazepina e do fenobarbital sendo estes eliminados com maior lentidão, o que pode levar a um aumento da sua toxicidade. - Carbamazepina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinina Fenobarbital

Observações: n.d.
Interacções: A quinina inibe o metabolismo hepático da carbamazepina e do fenobarbital sendo estes eliminados com maior lentidão, o que pode levar a um aumento da sua toxicidade. - Fenobarbital
Sem efeito descrito

Atovaquona Quinina

Observações: Dada a experiência ser limitada, deve tomar-se precaução ao associar outros fármacos com Atovaquona. A atovaquona liga-se fortemente às proteínas plasmáticas, devendo tomar-se precaução ao administrar Atovaquona simultaneamente com outros fármacos com elevada taxa de ligação às proteínas e com baixos índices terapêuticos. A atovaquona não afeta a farmacocinética, metabolismo ou extensão de ligação às proteínas da fenitoína in vivo.
Interacções: In vitro não se verifica interacção de ligação às proteínas plasmáticas entre a atovaquona e quinino, fenitoína, varfarina, sulfametoxazol, indometacina ou diazepam. - Quinina
Usar com precaução

Neostigmina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Fármacos que têm o potencial de agravar a Miastenia Gravis (quinino, cloroquina, hidroxicloroquina, quinidina, procainamida, propafenona, lítio e beta-bloqueantes), podem reduzir a eficácia da neostigmina. Nestes casos, pode haver necessidade de aumentar a dose de neostigmina. - Quinina
Contraindicado

Arteméter + Lumefantrina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Um estudo de interacções medicamentosas em voluntários saudáveis do sexo masculino mostrou que as concentrações plasmáticas da lumefantrina e quinino não foram afectadas pela administração de quinino i.v. (10 mg/kg peso corporal durante 2 horas) sequencialmente 2 horas após a última (sexta) dose deste medicamento (de forma a produzir níveis plasmáticos concomitantes de lumefantrina e quinino). A perfusão de quinino isoladamente em 14 outros indivíduos causou um prolongamento transitório do intervalo QTc, o que foi consistente com a cardiotoxicidade conhecida do quinino. Este efeito foi ligeiro, mas significativamente maior, quando o quinino foi perfundido após este medicamento em 14 indivíduos adicionais. Parece, assim, que o risco inerente de prolongamento QTc associado com o quinino i.v. foi aumentado pela administração anterior deste medicamento. interacções com enzimas do CYP450: Estudos em humanos demonstraram que as artemisininas possuem alguma capacidade para induzir a CYP3A4 e CYP2C19 e inibir a CYP2D6 e CYP1A2. Ainda que a magnitude destas alterações tenha sido geralmente baixa, é possível que estes efeitos possam alterar a resposta terapêutica dos compostos que são predominantemente metabolizados por estas enzimas. Descobriu-se que a lumefantrina inibe o CYP2D6 in vitro. Isto pode ter relevância clínica particular para compostos com um baixo índice terapêutico. Está contra-indicada a administração concomitante deste medicamento com fármacos que são metabolizados por esta isoenzima. Estudos in vitro revelaram que o metabolismo da lumefantrina é inibido pela halofantrina e quinina. - Quinina
Usar com precaução

Lidocaína + Tetracaína Quinina

Observações: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Os doentes que estejam a tomar fármacos capazes de induzir metahemoglobinémia como as fonamidas, naftaleno, nitratos e nitritos, nitrofurantoína, nitroglicerina, nitroprussiato, pamaquina e quinina apresentam um maior risco de desenvolver metahemoglobinémia. - Quinina
Usar com precaução

Epirrubicina Quinina

Observações: A Epirrubicina é principalmente utilizada em associação com outros agentes anticancerígenos. Pode ocorrer toxicidade aditiva, especialmente no que respeita a efeitos sobre a medula óssea/hematológicos e gastrointestinais. A Epirrubicina é extensamente metabolizada pelo fígado. As alterações da função hepática induzidas por terapêuticas concomitantes podem afectar o metabolismo, farmacocinética, eficácia terapêutica e/ou toxicidade da Epirrubicina.
Interacções: O quinino pode acelerar a distribuição inicial de Epirrubicina do sangue para os tecidos e pode afectar a distribuição da Epirrubicina nos eritrócitos. - Quinina
Usar com precaução

Fluoresceína Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Deve ter-se precaução ao efetuar a monitorização de fármacos com janela terapêutica estreita, p.e digoxina, quinidina. - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Brometo de pancurónio Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Aumento do efeito: Antibióticos: Aminoglicosídeos, lincosamidas e polimixinas, penicilinas; Diuréticos: Quinidina, quinina, sais de magnésio, inibidores dos canais de cálcio, sais de lítio, anestésicos locais (lidocaína IV, bupivacaína epidural), fenitoína ou agentes bloqueadores β. A recuperação do bloqueio, no pós-operatório, foi observada após a administração de: aminoglicosídeos, lincosamidas, polimixinas e penicilinas, quinidina, quinina e sais de magnésio. - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Brometo de rocurónio Quinina

Observações: Não foram realizados estudos de interacção formais. As interações mencionadas anteriormente para os doentes adultos e as suas advertências e precauções especiais de utilização devem ser igualmente tidas em conta no caso de doentes pediátricos.
Interacções: Aumento de Efeito: Diuréticos, quinidina e o seu isómero quinina, protamina, agentes bloqueadores adrenérgicos, sais de magnésio, bloqueadores dos canais de cálcio e sais de lítio e anestésicos locais (lidocaína i.v. e bupivacaína epidural) e administração aguda de fenitoína ou de agentes beta-bloqueadores. Após a administração pós-operatória de aminoglicosídeos, lincosamida, antibióticos polipeptídicos, acilaminopenicilinas, quinidina, quinina e sais de magnésio, foram relatados fenómenos de recurarização. - Quinina
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Dalteparina sódica Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Uma vez que a heparina tem demonstrado interacção com a nitroglicerina intravenosa, penicilina em doses elevadas, sulfinpirazona, probenecida, ácido etacrínico, agentes citostáticos, quinina, anti-histamínicos, digitálicos, tetraciclinas, fumo de tabaco e ácido ascórbico, não pode ser excluída uma possível interacção com a dalteparina. - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cloreto de suxametónio Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Certos fármacos podem aumentar ou prolongar os efeitos neuromusculares do suxametónio por mecanismos não relacionados com a actividade das colinesterases plasmáticas, nomeadamente sais de magnésio, lítio, quinina, cloroquina, aminoglicosídeos, clindamicina, fármacos antiarrítmicos. - Quinina
Usar com precaução

Pirimetamina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: A elevada ligação às proteínas exibida pela pirimetamina pode prevenir a ligação proteica por outros compostos (ex.: quinina ou varfarina). Isto pode afectar a eficácia ou toxicidade do fármaco concomitante dependendo dos níveis de fármaco não ligado. - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Mefloquina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: A administração simultânea de Mefloquina com outras substâncias relacionadas (como por exemplo quinina, quinidina e cloroquina) pode causar alterações electrocardiográficas e aumentar o risco de convulsões. - Quinina
Usar com precaução

Memantina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Devido aos efeitos farmacológicos e ao mecanismo de acção da memantina, poderão ocorrer as seguintes interacções: Outras substâncias activas, como a cimetidina, ranitidina, procaínamida, quinidina, quinina e nicotina, que utilizam o mesmo sistema de transporte renal de catiões que a amantadina, também poderão interagir com a memantina, conduzindo a um risco potencial de aumento dos seus níveis séricos. - Quinina
Não recomendado/Evitar

Eribulina Quinina

Observações: A eribulina é excretada principalmente (até 70%) por excreção biliar. Desconhece-se qual a proteína de transporte envolvida neste processo. A inibição completa do transporte poderá, em teoria, dar origem a um aumento três vezes superior das concentrações plasmáticas.
Interacções: Não se recomenda a utilização de substâncias inibidoras das proteínas de transporte hepático como, por exemplo, proteínas transportadoras de aniões orgânicos (OATPs-organic anion-transporting proteins) e proteínas resistentes a múltiplos medicamentos (MRPs-multidrug resistant proteins), etc., em concomitância com a eribulina. Os inibidores destes transportadores incluem, mas não se limitam a: Ciclosporina, ritonavir, saquinavir, lopinavir e certos outros inibidores das proteases, efavirenz e, emtricitabina, quinina, quinidina, disopiramida, etc. - Quinina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Heparina sódica Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Influência da heparina no efeito de outros fármacos: Fármacos alcalinos (agentes psicotrópicos tricíclicos, anti-histamínicos ou quinina): A heparina forma sais com estes, provocando uma redução mútua dos seus efeitos. - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Digoxina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: As concentrações séricas da digoxina podem AUMENTAR com administração concomitante dos seguintes fármacos: amiodarona, flecainida, prazosina, propafenona, quinidina, espironolactona, antibióticos macrólidos por ex.: eritromicina e claritromicina, tetraciclina (e possivelmente outros antibióticos), gentamicina, itraconazol, quinina, trimetoprim, alprazolam, indometacina, propantelina, nefazodona, atorvastatina, ciclosporina, epoprostenol (transitório) e carvedilol. - Quinina
Usar com precaução

Risperidona Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Como com outros antipsicóticos, aconselha-se precaução quando a risperidona é prescrita com medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT, por exemplo antiarrítmicos de classe Ia (ex., quinidina, disopiramida, procainamida), antiarrítmicos de classe III (ex., amiodarona, sotalol), antidepressores tricíclicos (ou seja, a amitriptilina), antidepressores tetracíclicos (ou seja, a maprotilina), alguns anti-histamínicos, outros antipsicóticos, alguns antimaláricos (ex., quinina e mefloquina), e com medicamentos que causam desequilíbrios eletrolíticos (hipocaliemia, hipomagnesiemia), bradicardia, ou com medicamentos que inibem o metabolismo hepático da risperidona. - Quinina
Usar com precaução

Ramipril + Hidroclorotiazida Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Precauções de utilização: Quinina: A hidroclorotiazida reduz a excreção da quinina. - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Varfarina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Os compostos que reconhecidamente potenciam a acção da varfarina ou que habitualmente são referidos como exercendo esse efeito são: Ácido etacrínico, ácido mefenâmico, ácido tielínico, álcool (ingestão aguda), alopurinol, amiodarona, Ácido Acetilsalicílico, azapropazona, cefamandol, ciprofloxacina, claritromicina, cloranfenicol, cimetidina, clofibrato, cotrimoxazol, danazol, dextropropoxifeno, dipiramidol, dissulfiram, eritromicina, estanozolol, etiloestrenol, fenilbutazona, fibratos, fluconazol, glucagão, halofenato, hormonas tiroideias, cetoconazol, latamofex, meclofenamato de sódio, metronidazol, miconazol, noretandrolona, omeprazol, oxifenbutazona, oximetolona, paracetamol, piroxicam, propafenona, quetoquenazol, quinidina, quinina, sinvastatina, ISRS antidepressivos, sulfinpirazona, sulfonamidas, sulindac, tetraciclina, valproato, vitamina E. - Quinina
Contraindicado

Saquinavir Quinina

Observações: A maioria dos estudos de interacção medicamentosa com saquinavir foi desenvolvida com saquinavir não potenciado ou com saquinavir cápsulas moles não potenciado. Um número reduzido de estudos foi desenvolvido com saquinavir potenciado com ritonavir ou com saquinavir cápsulas moles potenciado com ritonavir. Os dados obtidos a partir dos estudos de interacção medicamentosa realizados com saquinavir não potenciado podem não ser representativos dos efeitos observados com a terapêutica de saquinavir/ritonavir. Adicionalmente, os resultados observados com saquinavir cápsulas moles podem não ser preditivos relativamente à magnitude destas interações com saquinavir/ritonavir.
Interacções: Medicamentos que são substrato do CYP3A4: Por exemplo dapsona, disopiramida, quinina, fentanilo e alfentanilo (saquinavir não potenciado). Apesar de não se terem realizado estudos específicos, a co-administração de saquinavir/ritonavir com medicamentos principalmente metabolizados pela via CYP3A4 pode originar concentrações plasmáticas aumentadas destes medicamentos. contra-indicados em combinação com saquinavir/ritonavir devido ao risco de arritmia cardíaca potencialmente fatal. - Quinina
Usar com precaução

Lamivudina + Nevirapina + Zidovudina Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Quinina: A nevirapina pode diminuir a concentração sérica de Quinina. Monitorizar a terapia - Quinina
Usar com precaução

Rifampicina + Trimetoprim Quinina

Observações: n.d.
Interacções: interacção com a enzima citocromo P-450: levando em consideração que a rifampicina possui propriedades indutoras de certas enzimas do citocromo P-450, a administração concomitante de Rifampicina / Trimetoprim com outros medicamentos que são metabolizados por essas enzimas do citocromo P-450 pode acelerar o metabolismo e reduzir a actividade desses medicamentos. Portanto, deve ser usado com cautela quando Rifampicina / Trimetoprim é prescrito com medicamentos metabolizados pelo citocromo P-450. Para manter níveis terapêuticos adequados no sangue, a dosagem do medicamento metabolizado por essas enzimas pode exigir um ajuste da dose, tanto no início quanto no final do tratamento concomitante com Rifampicina / Trimetoprim. Exemplos de drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P-450 são: anticonvulsivantes (por exemplo, fenitoína), antiarrítmicos (por exemplo, disopiramida, mexiletina, quinidina, propafenona, tocainida), estrógenos (por exemplo, tamoxifeno, toremifeno), antipsicóticos (por por exemplo, haloperidol), anticoagulantes orais (por exemplo, varfarina), antifúngicos (por exemplo, fluconazol, itraconazol, cetoconazol), medicamentos antirretrovirais (por exemplo, zidovudina, saquinavir, indinavir, efavirenz), barbitúricos, bloqueadores beta-adrenérgicos, benzodiazepínicos por exemplo, diazepam), medicamentos relacionados à benzodiazepina (por exemplo, zopiclona, zolpidem), bloqueadores dos canais de cálcio (por exemplo, diltiazem, nifedipina, verapamil), cloranfenicol, claritromicina, corticosteróides, glicosídeos cardíacos, clofibrato, contraceptivos hormonais, dapsona, doxiciclina, estrogénios, fluoroquinolonas, gestrinona, agentes hipoglicémicos orais (sulfonilureias), agentes imunossupressores (por exemplo, ciclosporina, tacrolimus), irinotecano, levotiroxina, losartan, analgésicos narcóticos, metadona, praziquantel, progestinas, quinina, riluzol, receptor antagonista seletivo de 5-HT3 (por exemplo, ondansetrona) estatinas metabolizadas pelo CYP 3A4, telitromicina, teofilina, tiazolidonas (por exemplo, rosiglitazona), antidepressivos tricíclicos (por exemplo, amitriptilina, nortriptilina). - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Labetalol Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Ter em consideração: Antimaláricos como mefloquina ou quinina podem aumentar o risco de bradicardia. - Quinina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Tirotricina + Cloreto de benzalcónio + Benzocaína Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Os pacientes que recebem anestésicos locais podem ter risco aumentado de desenvolver metahemoglobinemia quando expostos concomitantemente aos seguintes agentes oxidantes: - Nitratos/nitritos (por exemplo, nitroglicerina, nitroprussiato, óxido nítrico, óxido nitroso) - Anestésicos locais (por exemplo, lidocaína, bupivacaína, mepivacaína, tetracaína, prilocaína, procaína, articaína) - Agentes antineoplásicos (por exemplo, ciclofosfamida, flutamida, rasburicase, isofamida, hidroxiureia) - Antibióticos (por exemplo, dapsona, sulfonamidas, nitrofurantoína, ácido para-aminossalicílico) - Antimaláricos (por exemplo, cloroquina, primaquina) - Anticonvulsivantes (por exemplo, fenitoína, valproato de sódio, fenobarbital) - Outros medicamentos (por exemplo, acetaminofeno, metoclopramida, medicamentos à base de sulfa [ou seja, sulfassalazina], quinina) - Quinina
Usar com precaução

Lidocaína + Glucose Quinina

Observações: n.d.
Interacções: Os pacientes que recebem anestésicos locais têm maior risco de desenvolver metemoglobinemia quando expostos simultaneamente a: Outros fármacos: paracetamol, metoclopramida, quinina, sulfassalazina. - Quinina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Quinina
Informe o Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

A quinina pode provocar dano no feto quando administrada a mulheres grávidas.
Nados-mortos nos quais não houve causa óbvia para as mortes fetais, foram referidos em mães a receber quinina.
Em relação a estudos em animais, há referência a efeitos teratogénicos em coelhos e porquinhos-da-índia, mas não em outras espécies testadas.
Uma vez que os riscos ultrapassam claramente os possíveis efeitos benéficos na mulher que está ou pode ficar grávida, a quinina está contra-indicada nessas mulheres.
Se o fármaco for administrado durante a gravidez ou se a mulher ficar grávida enquanto está a receber o fármaco, ela deve ser informada do potencial risco para o feto.

Uma vez que a quinina se distribui no leite, o fármaco deve ser usado com precaução em mulheres a amamentar.

Não foram encontradas referências relativamente aos efeitos de Quinina na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024