Enoxacina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
A Enoxacina é um antibiótico de uma classe de medicamentos designados por fluoroquinolonas, que combate bactérias no organismo.

A Enoxacina é utilizada para o tratamento de várias infecções bacterianas, tais como infecções do tracto urinário e gonorreia.
Usos comuns
O composto é indicado para o tratamento da gonorreia e infecções do tracto urinário, suportadas por germes sensíveis e em particular a partir de bactérias gram-negativas.
Tipo
Molécula pequena.
História
Sem informação.
Indicações
A Enoxacina está indicada para o tratamento de adultos maiores de 18 anos de idade, com as seguintes infecções causadas por estirpes sensíveis de micro-organismos designados:

– infecção uretral não complicada ou gonorreia cervical devido a Neisseria gonorrhoeae;
– infecções do tracto urinário não complicadas (cistite), devido à Escherichia coli, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus saprophyticus ou
– infecções do tracto urinário complicadas devido a Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis, ou Enterobacter cloacae.
Classificação CFT

1.1.10 : Quinolonas

Mecanismo De Acção
A Enoxacina exerce a sua acção bactericida através da inibição da enzima bacteriana DNA-girase essencial (DNA topoisomerase II).
Posologia Orientativa
Dose adulta usual para infecção gonocócica - não complicada:
– 400 mg por via oral uma vez.

Dose adulta usual para infecção do tracto urinário:
– Não complicada: 200 mg, por via oral, a cada 12 horas durante 7 dias.

– Complicada: 400 mg, por via oral a cada 12 horas durante 14 dias.

Dose adulta usual para Prostatite:
400 mg, por via oral, a cada 12 horas durante 14 a 30 dias.

Dose adulta usual para Pielonefrite:
400 mg, por via oral, a cada 12 horas durante 14 dias.

Dose adulta usual para Epididimite – não específica:
200 mg, por via oral, a cada 12 horas durante 14 dias.
Administração
Via oral.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à enoxacina ou a qualquer outra quinolona.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Se sentir algum dos seguintes efeitos secundários graves, pare de tomar Enoxacina e procurar atendimento médico de emergência ou contacte o médico imediatamente:

– uma reacção alérgica (dificuldade em respirar, fechamento da garganta, inchaço dos lábios, língua, face ou urticária);
– convulsões;
– confusão ou alucinações;
– danos no fígado (amarelecimento da pele ou dos olhos, náuseas, dor ou desconforto abdominal, sangramento anormal ou hematomas, fadiga severa); ou
– dores musculares ou articulares.

Se sentir algum dos seguintes efeitos colaterais menos graves, continue a tomar Enoxacina e fale com o médico:
– náuseas, vómitos ou diarreia;
– dor de cabeça, tontura, sonolência ou;
– zumbido nos ouvidos, ou
– aumento da sensibilidade da pele à luz solar.

Outros efeitos secundários que não os aqui listados também podem ocorrer. Fale com o médico sobre qualquer efeito colateral que pareça invulgar ou que seja demasiadamente incómodo.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:A enoxacina foi atribuída à categoria C. de gravidez. A enoxacina só deve ser administrada durante a gravidez, quando o benefício supera o risco.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não se sabe se a enoxacina é excretada no leite humano. Lesões na cartilagem e artropatias foram relatados em animais imaturos, dando origem à preocupação sobre os efeitos adversos em bebés que amamentam. O uso de enoxacina durante a lactação deve ser evitado até que mais dados estejam disponíveis.
Precauções Gerais
Sua utilização na gonorreia pode ocultar uma infecção sifilítica simultânea.
Informaram-se convulsões e eletroencefalograma anormal em pacientes que consumiram enoxacina, por isso deve ser administrada com cuidado em pacientes com antecedentes de epilepsia, arteriosclerose cerebral severa e transtornos do sistema nervoso central.
Pode ocorrer colite pseudomembranosa.
É necessário alterar o esquema posológico em pacientes com disfunção renal.
Evitar a exposição à luz solar forte pelo risco de fototoxicidade.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de Intoxicações.
Terapêutica Interrompida
Se perder uma dose, tome-a até com 2 horas de atraso. Se já passaram mais de 2 horas desde a última dose esquecida, ignore-a e tome a próxima normalmente agendada.
Não tome uma dose a dobrar dessa medicação salvo indicado pelo médico.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Antiácidos Enoxacina

Observações: Os antiácidos podem reduzir a absorção por adsorção de fármacos no tubo digestivo ou porque os fármacos requerem pH ácido para a absorção. Tendem a acelerar o esvaziamento gástrico, aumentando a absorção intestinal dos fármacos. Alguns (ex.: hidróxido de alumínio ou de magnésio) alcalinizam a urina, alterando a eliminação de fármacos sensíveis ao pH urinário.
Interacções: Quinolonas: redução da absorção da ciprofloxacina, enoxacina e outras, por quelação com catiões bi ou trivalentes - Enoxacina - Enoxacina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Quinolonas Enoxacina

Observações: Susceptíveis à inibição da absorção gastrintestinal; Algumas quinolonas inibem o CYP1A2.
Interacções: Cafeína: ciprofloxacina, enoxacina, ácido pipemídico e, em menor extensão, a norfloxacina inibem o metabolismo da cafeína - Enoxacina - Enoxacina
Usar com precaução

Pomalidomida Enoxacina

Observações: Não se prevê que a pomalidomida cause interações medicamentosas farmacocinéticas clinicamente relevantes devido à inibição ou indução da isoenzima P450 ou inibição de transportadores quando coadministrada com substratos destas enzimas ou transportadores.
Interacções: Se forem co-administrados inibidores potentes da CYP1A2 (por ex., ciprofloxacina, enoxacina e fluvoxamina) com a pomalidomida, os doentes devem ser frequentemente monitorizados quanto à ocorrência de reacções adversas. - Enoxacina
Sem efeito descrito

Anagrelida Enoxacina

Observações: Foram conduzidos estudos farmacocinéticos e/ou farmacodinâmicos limitados para investigar possíveis interações entre o anagrelida e outros medicamentos. Só foram realizados estudos de interacção em adultos.
Interacções: Anagrelida é principalmente metabolizado pelo CYP1A2. Sabe-se que o CYP1A2 é inibido por vários medicamentos, incluindo a fluvoxamina e enoxacina, e os referidos medicamentos poderão, teoricamente, influenciar de forma adversa a depuração do anagrelida. Estudos de interacção in vivo efetuados em seres humanos demonstraram que a digoxina e a varfarina não afectam as propriedades farmacocinéticas do anagrelida. - Enoxacina
Usar com precaução

Tasimelteom Enoxacina

Observações: A CYP1A2 e a CYP3A4 são enzimas que foram identificadas como desempenhando um papel importante no metabolismo do tasimelteom. Foi demonstrado que os medicamentos que inibem a CYP1A2 e a CYP3A4 alteram o metabolismo do tasimelteom in vivo. Não é conhecido o envolvimento de outras enzimas (por exemplo, CYP2C19) no metabolismo do tasimelteom.
Interacções: Recomenda-se precaução ao administrar o tasimelteom em associação com a fluvoxamina ou outros inibidores potentes da CYP1A2, como a ciprofloxacina e a enoxacina, devido a um aumento potencialmente significativo da exposição ao tasimelteom e ao risco mais elevado de reacções adversas: a AUC0-inf e a Cmax do tasimelteom aumentaram 7 vezes e 2 vezes, respectivamente, quando o medicamento foi administrado de forma concomitante com fluvoxamina 50 mg (após 6 dias de fluvoxamina 50 mg/dia). - Enoxacina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Roflumilaste Enoxacina

Observações: Os estudos de interacção foram apenas realizados em adultos.
Interacções: Um passo importante do metabolismo de roflumilaste é a N - oxidação de roflumilaste a N -óxido roflumilaste pelo citocromo (CYP) 3A4 e CYP1A2. Roflumilaste e N- óxido roflumilaste têm actividade inibitória intrínseca da fosfodiesterase 4 (PDE4). Portanto, após administração de roflumilaste, a inibição de PDE4 total é considerada como o efeito combinado de roflumilaste e N-óxido roflumilaste. Estudos de interacção com o inibidor de CYP1A2 /3A4 enoxacina e os inibidores de CYP 1A2/2C19/3A4 cimetidina e fluvoxamina provocaram o aumento da actividade inibitória de PDE4 total de 25%, 47% e 59% respectivamente. A dose testada de fluvoxamina foi de 50 mg. A combinação de roflumilaste com estas substâncias activas pode conduzir a um aumento de exposição e intolerabilidade persistente. Neste caso, deverá ser reavaliado o tratamento com roflumilaste. - Enoxacina
Consultar informação actualizada

Ropinirol Enoxacina

Observações: O ropinirol é metabolizado principalmente pelo isoenzima CYP1A2 do citocromo P450. O tabagismo é conhecido por induzir o metabolismo pela CYP1A2, consequentemente se os doentes deixarem de ou começarem a fumar durante o tratamento com ropinirol, poderá ser necessário um ajuste da dose.
Interacções: Nos doentes que já se encontram a efetuar tratamento com ropinirol, poderá ser necessário ajustar a dose de ropinirol quando são introduzidos ou retirados medicamentos conhecidos por inibirem a CYP1A2, p. ex. ciprofloxacina, enoxacina ou fluvoxamina. - Enoxacina
Usar com precaução

Ácido acetilsalicílico + Paracetamol + Cafeína Enoxacina

Observações: Não existem interações de segurança relevantes entre o ácido acetilsalicílico e o paracetamol.
Interacções: Cafeína e Antibióticos do tipo das quinolonas (ciprofloxacina, enoxacina e ácido pipemídico), terbinafina, cimetidina, fluvoxamina e contraceptivos orais: Aumento do tempo de semi-vida da cafeína devido à inibição da via do citocromo P-450. Assim, doentes com problemas do fígado, arritmias cardíacas ou epilepsia latente devem evitar tomar cafeína. - Enoxacina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Pirfenidona Enoxacina

Observações: Os doentes devem ser monitorizados rigorosamente para o surgimento de reações adversas associadas à terapêutica com Pirfenidona. Descontinuar Pirfenidona se necessário.
Interacções: Extrapolações in vitro e in vivo indicam que os inibidores fortes e seletivos da CYP1A2 (por exemplo, enoxacina) têm o potencial de aumentar a exposição à pirfenidona em cerca de 2 a 4 vezes. - Enoxacina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cloropromazina Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: A administração de cloropromazina com inibidores do CYP1A2, nomeadamente inibidores potentes (como por exemplo a ciprofloxacina, enoxacina, fluvoxamina, clinafloxacina, idrocilamida, oltipraz, ácido pipemídico, rofecoxib, etintidina, zafirlucaste) ou inibidores moderados (como por exemplo metoxsaleno, mexiletina, Contraceptivos orais, fenilpropanolamina, tiabendazol, vemurafenib, zileuton) aumentam as concentrações plasmáticas da cloropromazina. Por esse motivo, os doentes podem ter reacções adversas dose-dependentes. - Enoxacina
Usar com precaução

Agomelatina Enoxacina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A associação da agomelatina com estrogénios (inibidores moderados do CYP1A2) resulta num aumento múltiplo da exposição à agomelatina. Embora não tenha havido nenhum sinal específico de segurança em 800 doentes tratados em associação com estrogénios, deve ter-se cuidado na prescrição de agomelatina com outros inibidores moderados do CYP1A2 (ex. propranolol, enoxacina) até se ter adquirido mais experiência. - Enoxacina
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Teofilina Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: A depuração da teofilina poderá ser retardada e/ou a sua concentração plasmática poderá ser aumentada – com risco acrescido de sobredosagem e efeitos adversos – em casos de administração simultânea das substâncias seguintes: - Contraceptivos orais, - Antibióticos macrólidos (especialmente eritromicina e troleandomicina), - Quinolonas (inibidores da girase, especialmente ciprofloxacina, enoxacina e pefloxacina - Imipenem, especialmente efeitos secundários do SNC, tal como convulsões. - Isoniazida, - Tiabendazol, - Bloqueadores dos canais de cálcio (ex. verapamil ou diltiazem), - Propranolol, - Metilxantina, - Propafenona, - Ticlopidina, - Cimetidina, ranitidina, - Alopurinol, febuxostate, - Fluvoxamina, - Alfa-interferão e peginterferão alfa-2, - Zafirlucaste, - Vacinas da gripe, - Etintidina, - Idrocilamida e - Zileuton Nestes casos poderá ser necessária uma redução da dose. Quando a teofilina é administrada simultaneamente com a ciprofloxacina e com a enoxacina, a dose de teofilina deve ser reduzida para no máximo 60% e 30% da dose recomendada, respectivamente. Outras quinolonas (ex: peploxacina ou ácido pipemidico) podem também potenciar a acção de medicamentos contendo teofilina. Consequentemente, recomenda-se fortemente o controlo frequente das concentrações de teofilina durante a terapêutica concomitante com quinolonas. - Enoxacina
Usar com precaução

Aminofilina Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: Durante a medicação com ciprofloxacina, a Aminofilina (Teofilina Etilenodiamina) não deve exceder 60% da dose normal, e durante a medicação com enoxacina, a Aminofilina (Teofilina Etilenodiamina) não deve exceder 30% da dose normal. O nível plasmático de Aminofilina (Teofilina Etilenodiamina) deve ser verificado frequentemente. - Enoxacina
Usar com precaução

Fluindiona Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: Associações que requerem precauções de utilização: Fluoroquinolonas (ofloxacina, pefloxacina, enoxacina, lomefloxacina, a moxifloxacina, ciprofloxacina, levofloxacina, norfloxacina): Efeito aumentado de anticoagulantes orais e risco de hemorragia. Monitorização mais frequente do INR. Se ajustar a dosagem de anticoagulante oral durante o tratamento com fluoroquinolonas e após a sua interrupção. - Enoxacina
Não recomendado/Evitar

Ropivacaína Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: O citocromo P450 (CYP) 1A2 está envolvido na formação da 3-hidroxi-ropivacaína, o metabólito “major”. In vivo a eliminação plasmática da ropivacaína foi reduzida em 77% com a co-administração de fluvoxamina, um potente inibidor seletivo do CYP1A2. Assim, inibidores potentes do CYP1A2, tais como a fluvoxamina ou enoxacina, administrados concomitantemente durante administração prolongada de ropivacaína, podem interagir com este. A administração prolongada de ropivacaína deve ser evitada em doentes em tratamento concomitante com potentes inibidores do CYP1A2. - Enoxacina
Não recomendado/Evitar

Loxapina Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: Potencial para outros medicamentos afetarem a loxapina: Se possível, deve ser evitada a utilização con comitante de inibidores de CYP1A2 (por exemplo, fluvoxamina, ciprofloxacina, enoxacina, propranolol e refecoxib). - Enoxacina
Não recomendado/Evitar

Tizanidina Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: Inibidores CYP: A co-administração de tizanidina com outros inibidores do CYP1A2 tais como alguns antiarritmicos (amiodarona, mexiletina, propafenona), cimetidina, algumas fluoroquinolonas (enoxacina, pefloxacina, norfloxacina), rofecoxib, Contraceptivos orais e ticlopidina não são recomendados. - Enoxacina
Não recomendado/Evitar

Paracetamol + Ópio + Cafeína Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: CAFEÍNA RELACIONADA Associações não recomendadas Enoxacina: Aumento das concentrações plasmáticas de cafeína, que podem levar a excitação e alucinações, diminuindo o metabolismo hepático. - Enoxacina
Usar com precaução

Metamizol + Cafeína + Drotaverina Enoxacina

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante com inibidores da girase do tipo quinolona com função carboxílica (por exemplo, enoxacina, ciprofloxacina) pode atrasar a eliminação da cafeína e do seu produto de degradação, a paraxantina. - Enoxacina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Enoxacina
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

A enoxacina foi atribuída à categoria C. de gravidez.
A enoxacina só deve ser administrada durante a gravidez, quando o benefício supera o risco.

Não se sabe se a enoxacina é excretada no leite humano. Lesões na cartilagem e artropatias foram relatados em animais imaturos, dando origem à preocupação sobre os efeitos adversos em bebés que amamentam.
O uso de enoxacina durante a lactação deve ser evitado até que mais dados estejam disponíveis.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021